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Kawanishi N1K Kyofu (Rex) / N1K-J Shiden (George)

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O Kawanishi N1K Kyofu (“Strong Wind”) denominado de "Rex" pelos aliados foi um caça da marinha imperial japonesas equipado com flutuadores, destinado a ser usado na ofensiva japonesa a partir de ilhas do Pacifico onde não existissem aeródromos.
O Kawanishi N1K-J Shiden ("Violet Lightning") foi a versão terrestre do N1K designado de "George", pelos aliado que seria considerado um dos melhores caças japoneses de toda a Guerra na opinião quer dos seus pilotos quer dos seus oponentes.
O Shiden desenvolvia uma alta velocidade, dispunha de um pesado armamento e de uma surpreendente capacidade de manobra, em parte devido a um inovador interruptor de mercúrio que estendia automaticamente os flaps durante a viragem. Estes “flaps de combate” criavam maior arrasto permitindo ao caça efectuar curvas mais apertadas.
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Ano
1942
Pais de Origem
Japão
Função
Caça
Variante
N1K1-J
Tripulação
1
Motor
1 x  Nakajima HK9H Homare-21 radial
Peso (Kg)
Vazio
2656
Máximo
4860

Dimensões (m)
Comprimento
9,30
Envergadura
12,00
Altura
3,90

Performance (Km)
Velocidade Máxima
658
Teto Máximo
10800
Raio de ação
1716 ou 2395 (com tanques de queda)
Armamento
2 x canhões de 20 mm canhão Tipo 99
2 x duas metralhadoras de 7,7 mm sincronizadas
500kg de bombas
Países operadores
Japão
Fontes
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GALERIA

N1K1 Kyofu
N1K1 Kyofu em voo

N1K1 J Shiden Kai


N1K1 J Shiden Kai
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N1K1 J Shiden Kai,TAIU, pós-guerra

N1K2 J Shiden Kai
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HISTÓRIA
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Kawanishi N1K1 Kyofu
Ao contrario do A6M Zero, o Shiden foi capaz de combater de igual para igual com os melhores caças americanos do final da Guerra como o F6F Hellcat, o F4U Corsair e o P-51 Mustang. Porém apesar das suas excelentes capacidades, esta aeronave ao entrar em reduzido número e tardiamente em combate e não foi capaz de afetar significativamente o rumo da Guerra.

O primeiro protótipo do N1K1 equipado com um par de hélices contra-rotativas fez o seu vôo inaugural em 6 de maio de 1942. Os elevados problemas das hélices contra-rotativas, fez com que a solução fosse abandonada no segundo protótipo, que teria uma única hélice impulsionada pelo motor  Mitsubishi Kasei, mais poderoso. Como esperado o poderoso motor produzia um elevado torque na água, tornando a aeronave difícil controlar nas descolagens e aterragens. Em contrapartida o comportamento do N1K em voo era bastante bom, pelo que foi ordenada a produção como hidroavião de caça para a marinha, designado por N1K1 Kyofu.

A produção foi iniciada na primavera de 1943, mas por esta altura os japoneses estavam já na defensiva, pelo que a necessidade de uma aeronave como o N1K1 deixara de existir. Somente 97 aeronaves seriam construídas até março de 1944. O N1K2 a equipar com o motor mais poderoso Mitsubishi Kasei MK4R 23 de 1900cv nunca foi construído.

O N1K1 apenas foi usado em combate no Bornéu, onde estava baseado em Balikpapan, e durante a defesa do Japão, onde serviu no Otsu Kokutai juntamente com os Nakajima A6M2-N a partir de uma base no Lago Biwa. 

N1K1 Kyofu Desmantelados numa base naval
Japonesa após a Guerra
Numa reviravolta irónica o excelente desempenho do N1K1, apesar do seu flutuador volumoso e pesado, foi reconhecido pela marinha japonesa, que solicitou uma versão terrestre da aeronave. 

A primeira versão terrestre voou em 27 de dezembro de 1942, equipado com um motor radial Nakajima NK9A Homare 21 pais poderoso que o Mitsubishi MK4C Kasei 13 do N1K1. A aeronave mantinha a asa em posição média e a grande hélice características dos hidroaviões, o que exigiu um trem de aterragem particularmente longo.

Uma das suas características únicas e inovadoras foi a adopção de “flaps de combate” automáticos que se ajustavam automaticamente em função da aceleração e da viragem, libertando o piloto de ter que efetuar estes ajustes manualmente. Porém, o avião nas mão de pilotos pouco experientes poderia ser traiçoeiro, pois uma exigência excessiva da capacidade de manobra da aeronave poderia faze-la entrar num parafuso irrecuperável. Por outo lado o motor Nakajima Homare, tinha entrado em produção antes estar suficientemente desenvolvido, tornando-se problemático. Outro problema foi que, a fraca resistência térmica das rodas, conduzia com frequência à falha total do trem de aterragem. Apesar destes problemas o programa de testes de vôo mostrou que a aeronave era promissora.

N1K2 J Shiden Kai
A avaliação dos protótipos pela marinha, demonstraram que a aeronave era superior ao Mitsubishi A6M Zero e ao Mitsubishi J2M Raiden, em velocidade em alcance de combate. Como resultado  foi ordenada a produção da aeronave identificada como N1K1-J (o J indicava tratar-se de uma modificação de um hidroavião, para uma aeronave baseada em terra).

O N1K1-J Shiden Model 11 foi o primeiro modelo de produção, era equipado com um motor Homare 21 de 1990cv e armado com duas metralhadoras frontais de 7.7 mm Type 97 e dois canhões de 20 mm Type 99 nas asas.

O N1K1-Ja Shiden Model 11A estava armado apenas com quarto canhões de 20 mm Type nas asas, sendo os N1K1-Jb e N1K1-Jc as versões caça bombardeiros que podiam transportar bombas de 250Kg (a versão “b” podia transportar duas e a “c” quatro). 

O N1K1-J foi usado muito eficazmente sobre a Formosa, Filipinas e mais tarde em Okinawa. 

Apenas seriam produzidos 1007 aeronaves antes que a produção fosse transferida para o melhor N1K2-J.

Pormenor dos instrumentos do N1K2-J
Apenas quatro dias após o primeiro teste de voo do Shiden, foi iniciada uma completa revisão ao projeto, de que resultaria o N1K2-J. A revisão incidiu fundamentalmente na eliminação das deficiências do N1K1-J, principalmente ao nível da asa e trem de pouso. As asas foram movidas para uma posição baixa, que permitiu o uso do trem de pouso convencional, mais curto, a fuselagem foi alongada, e a cauda redesenhada. A aeronave resultante mantinha pouco mais de um terço das partes do N1K1-J, mas a sua produção foi simplificada, como forma de aumentar a velocidade de produção e possibilitar o uso de materiais não-críticos. O N1K2-J era também mais leve em cerca de 250 Kg, mais rápido e mais confiável do que a versão anterior do N1K1. O motor Homare foi mantido, por falta de alternativas, apesar de seus problemas de confiabilidade não terem sido totalmente corrigidos.

O protótipo voou pela primeira vez em 1 de janeiro de 1944 e, depois de completar os testes de ensaios da marinha, foi ordenada a produção do N1K2-J designado de "Shiden-Kai" (Kai de modificação permanente).
A aeronave desenvolvia uma elevada velocidade, e tinha uma excelente agilidade, característica dos caças japoneses. Estava armado com quatro canhões de 20 mm nas asas que demonstraram ser bastante eficazes.

O N1K2-J Shiden KAI Model 21 foi a versão caça, de produção baseado no N1K1-Jb, com motor Nakajima Homare 21.

N1K4 J Shiden Kai (Presumivelmente)
O N1K2-Ja Shiden KAI Model 21A foi a versão caça bombardeiro, com capacidade para transportar quarto bombas de 250Kg.

Alguns N1K-J foram convertidos numa versão de instrução de dois lugares designado por N1K2-K Shiden Kai Rensen.

Outra variantes foram desenvolvidas algumas das quais com protótipos, mas nenhuma chegou a fase de produção.

O N1K2-J entrou ao serviço no inicio de 1944 e provou ser altamente eficaz contra os caças americanos contemporâneos tornando-se um dos poucos caças japoneses capazes de enfrentar os melhores caças americanos, incluindo F6F Hellcat e F4U Corsair. Como um intercetor de bombardeiros, o N1K2-J foi menos bem sucedido, prejudicado por uma baixa taxa de subida e um menor desempenho do motor em altitude.

N1K2 J Shiden Kai do às Naoshi Kanno, no
aerodromo de Omura, maio de 1945
Porém dificuldades de produção motivadas pela organização inadequada e os danos causados por ataques de B-29 Superfortress às fábricas japonesas reduziram a produção do N1K2-J a apenas 406 unidades. Por conseguinte, as poucas unidades de N1K2-J foram distribuídas por unidades de elite como o 301º esquadrão de caças do 343º Grupo Aéro Naval (343º Kokutai), baseado no aeródromo de Matsuyama, e composto pelos mais experientes pilotos japoneses sobreviventes.

Nos inúmeros confrontos com as aeronaves americanas do final da Guerra o Shiden, especialmente a versão Kai, provou ser um caça capaz, com uma grande combinação de poder de fogo, agilidade e uma estrutura robusta. O 343º Kokutai equipado com o Shiden Kai, manteve-se operacional até que as perdas esmagadoras na unidade levaram a sua extinção em 14 de agosto de 1945, quando o Imperador ordenou a rendição.

N1K2 J Shiden Kai restaurado no
National Museum of the USAF
Atualmente existem pelo menos três N1K2-J Shiden Kai em museus americanos, um no National Museum of Naval Aviation em Pensacola,Florida, um segundo N1K2-Ja versão caça-bombardeiro no National Museum of the USAF, na base aérea de Wright-Patterson em Dayton, Ohio e o terceiro, amplamente restaurado com partes de três outras aeronaves, em exposição no National Air and Space Museum's Steven F. Udvar-Hazy Center.

Um autêntico Shiden-Kai do 343º Kokutai está em exibição num museu local em Shikoku, no Japão. A aeronave danificada foi recuperada do fundo do mar, na década de 1970, sendo identificada como pertencente ao 343º Kokutai, desaparecida a 24 de julho de 1945 após ter sido danificada em combate, e o seu piloto (nunca encontrado), te conseguido fazer uma amaragem nas águas do canal de Bungo.
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DESENHOS
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PERFIL
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FONTES
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