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Potez 63

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Potez 63 foi uma serie aeronaves bimotor introduzidas na força aérea francesa (Armée de l'Air) no final da década de 1930, imediatamente antes do inicio da segunda Guerra Mundial. O seu surgimento acompanhou, em França, as tendências da aeronáutica militar na época, que na Alemanha proporcionaram o desenvolvimento do Messerschmitt Bf 110 e na Grã-Bretanha do Bristol BlenheimO surgimento destes caças bimotor resulta do conceito, á época emergente, de caça pesado, uma aeronave de longo alcance capaz de escoltar bombardeiros nas incursões sobre território inimigo, realizar patrulhas de longa duração, e ser capaz em certa medida de realizar interceções durante o dia e a noite. Este conceito levou a que as aeronaves projetadas para estas funções evoluíssem de forma diversa dos tradicionais caças, para aeronaves bimotor de dois ou mais tripulantes com uma alcance elevado e armamento pesado, características conseguidas com sacrifício da agilidade presente nos caças comuns. Os caças pesados que emergiram no final da década de 1930 não foram nunca, por isso, totalmente satisfatórios, e o Potez 63 não foi exceção, no entanto em 1936 quando foi apresentado, estava tão perto de atingir os objetivos para o qual fora projetado como qualquer um dos seus contemporâneos.
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GALERIA

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Potez 630

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Potez 631

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Potez 633

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Potez 637

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Potez 63.11

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Potez 63.11

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HISTÓRIA

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  • A origem
Potez foi a designação das aeronaves desenvolvidas e produzidas pela empresa Société des aéroplanes Henry Potez fundada em 1919 por Henry Potez, um jovem engenheiro aeronáutico, que durante a guerra de 1914-1918, em conjunto com Marcel Bloch (mais tarde Marcel Dassault) desenvolveu a revolucionária hélice "Eclair" que, produzida pela Société des Hélices Éclair, da qual Marcel Bloch e Henry Potez se tornariam diretores técnicos, equiparia a partir ded 1917 a generalidade dos aviões aliados.

Potez 630
Em 1919, Henry-Potez, fundou a Société des aéroplanes Henry Potez com sede em Aubervilliers que se viria a tornar no principal fabricante de aeronaves francesas do período de entre as guerras, chegando a empregar 10000 pessoas, para produzir mais de 7000 aeronaves para a força aérea francesa e países estrangeiros. 

Em outubro de 1934 o Service Technique de l'Aeronautique francês emitiu um requisito para uma aeronave C3 (Triplace de Chasse) bimotor que deveria ser projetada em torno dos novos motores radiais refrigerados a ar Hispano-Suiza e Gnome-Rhône de pequeno diâmetro. O armamento fixo de disparo dianteiro deveria incluir um canhão de 20 mm, e a aeronave deveria ser equipada com equipamento rádio para comunicação com outras aeronaves para poder operar como controlador de formações de caças.

Enquanto que a Société des aéroplanes Henry Potez apresentava o Potez 63, a restante industria aeronáutica francesa respondia com outros projetos, incluindo o Hamiot H.220 (posteriormente SNCAC NC-600), o Loire-Nieuport 20, o Romano R.110, e o Breguet Bre.690

Pormenor do nariz e motor HS 14Hb do Potez 630
O Potez 63 projetado por Louis Coroller e André Delaruelle para atender ao requisito, acabaria por ser selecionado e os trabalhos de construção do primeiro protótipo foram iniciados em logo em abril de 1935 na fabrica da empresa em Méaulte. Um ano depois em abril de 1936 o protótipo fez o seu primeiro voo equipado com um conjunto de cauda provisório de madeira destinado a testar a melhor configuração para a empenagem definitiva a usar. Os testes prosseguiram satisfatoriamente até 6 de maio quando um incidente com um dos grupos motopropulsores obrigou a uma aterragem forçada da aeronave.

Após ter sido reparado, o protótipo retomou os testes de voo. A empenagem metálica com a configuração definitiva foi instalada em agosto juntamento com um novo trem de aterragem e em dezembro os testes de voo oficiais foram iniciados no CEMA (Centre d'Essais du Materiel Aerien). Em janeiro do ano seguinte foram feitas alterações adicionais aos motores Hispano-Suiza 14Hb de 580cv, ao trem de aterragem e ao conjunto da cauda, mas no início da primavera foram concluídos revelando apenas a necessidade de correções adicionais menores relacionadas com a necessidade de melhorar o equilíbrio de controle e a estabilidade longitudinal a baixa velocidade. Enquanto este primeiro protótipo com motores Hispano-Suiza se tornaria no Potez 630 C3 Nº 01, um segundo, construído com motores alternativos Gnome-Rhône 14M, cujo primeiro voo ocorreria em março de 1937 tornar-se-ia no Potez 631 C3 Nº 01.

Potez 630, em construção na fabrica de Méaulte
Os motores originais do Potez 630 Nº01 foram substituídos progressivamente por modelos aprimorados do motor Hispano-Suiza, aumentando gradualmente o empuxo para atingir 700cv á decolagem. Com um peso máximo de 3.850 kg na decolagem, o protótipo foi capaz de atingir uma velocidade máxima de 460 km/h e um alcance máximo de 1300 km à velocidade de cruzeiro de 300 km/h. O Potez 631 Nº01, danificado após uma aterragem durante os primeiros testes, foi reparado e entregue à CEMA para os ensaios oficiais em novembro de 1937.

Em maio de 1937, os dois projetistas tinham prontos projetos de aeronaves especializadas derivadas do projeto base Potez 63, como resposta ao contrato do Ministere de l'Air recebido pela empresa para a construção de 10 aeronaves de avaliação, incluindo os dois protótipos já construídos, quatro Potez 630 (três caças de três lugares e um caça noturno de dois lugares), três Potez 631 (dois caças três lugares e um avião de instrução com controlos duplos), um Potez 633 (bombardeiro ligeiro de dois lugares), um Potez 637 (aeronave de três lugares para reconhecimento, observação e cooperação com o exército) e um Potez 639, (bombardeiro de ataque de dois lugares).

Em simultâneo os preparativos para a produção da série Potez 63 foram iniciados na fabrica em Méaulte. 

Potez 630 do primeiro lote de produção
Decorrera entretanto o processo de reestruturação do sector aeronáutico francês, durante o qual em 1936 a Société des aéroplanes Henry Potez fora nacionalizada, para em 1937 ser fundida com Chantiers aéronavals Étienne Romano , Lioré et Olivier , CAMS (Chantiers Aéro-Maritimes de la Seine) e SPCA (Société Provençale de Constructions Aéronautiques) , e formar a SNCASE (Société Nationale des Constructions Aéronautiques du Sud-Est).

Após a Segunda Guerra Mundial, Henry Potez restabeleceu a Société des Avions et Moteurs Henry Potez em Argenteuil, mas a empresa não voltaria a ter o destaque que a sua antecessora desfrutava antes da nacionalização, mesmo depois de em 1958 adquirir a Air Fouga, para formar a Potez Air-Fouga. Quando projeto do Potez 840 (um pequeno avião turboélice) não conseguiu atrair clientes, a empresa foi forçada a fechar e os seus ativos foram vendidos à à Sud-Aviation em 1967.

  • Os caças Potez 630 e 631
O Potez 631, distinguia-se do 630 pela ausencia da entrada
de ar no motor na parte superior da nacela
O Potez 63 é amplamente considerado resultado de uma tendência da sua época na aeronáutica militar, de onde resultaria também o caça pesado alemão Messerschmitt Bf 110, cujo design é, por alguns franceses, considerado ter sido inspirado na aeronave francesa. É verdade que tanto o avião francês como o alemão eram bimotores, monoplanos cantilever de asa baixa, construção totalmente metálica, estrutura semi-monocoque, de revestimento rebitado com superfície exterior nivelada, trem de aterragem retrátil, e empenagem com estabilizadores verticais gémeos. Mas o facto é que o desenvolvimento de design do Potez 63 e do Bf 110 decorreu virtualmente em simultâneo em Méaulte e Augsburg respetivamente, e os protótipos realizaram o primeiro voo com apenas 18 dias de diferença entre ambos.

O Potez 63 possuía uma fuselagem simples e limpa, onde encaixava um cockpit de três lugares em tandem coberto por uma canópia tipo estufa, com uma seção traseira afunilada que terminava numa empenagem de estabilizadores verticais gémeos. Nas asas, montadas em posição baixa na metade dianteira da fuselagem, estavam montados os dois motores, em nacelas alongadas para a frente, para onde retraiam os elementos principais do trem de aterragem. Os motores eram dois Hispano-Suiza 14Hb radiais com uma potência de 580 cv cada (Potez 630) ou Gnome-Rhône 14M-04/-05 de 700cv (Potez 631).

Potez 630 do primeiro lote de produção, em voo
O piloto sentava-se á frente e o artilheiro no lugar mais recuado, enquanto o lugar entre os dois podia ser ocupado por um especialista de missão sempre que tal fosse necessário pela natureza da missão. O artilheiro operava uma metralhadora MAC 1934 de 7,5 mm em montagem flexível à retaguarda do cockpit.

Na sua configuração original, o armamento fixo dos modelos de caça, 630 e 631, consistia em dois canhões Hispano-Suiza HS-404 de 20 mm montadas sob a fuselagem, um dos quais era por vezes substituído por uma metralhadora MAC 1934. Mais tarde já em tempo de guerra, o Potez 631 recebeu quatro metralhadoras leves sob cada uma das asas externas, sendo até teoricamente possível colocar seis.

Não sendo uma aeronave de características excecionais a sua avaliação foi ainda assim positiva e por isso rapidamente foi considerada apta para o serviço pelo Armée de l'Air, que com a pressão para o rearmamento em curso à época emitiu em junho de 1937 uma primeira encomenda de 80 aeronaves Potez 630, 48 deles com motores Hispano-Suiza HS 14Ab 02/04 (um para a esquerda e outro para rotação à direita), e os demais eram Hispano-Suiza HS 14Ab 10/11. Seguiu-se outra, de 90 aeronaves Potez 631 com motores Gnome-Rhône 14M-04/-05 que se seguiria outra de mais 50 já em 1938 quando a França já se preparava para a guerra que parecia cada vez mais eminente e inevitável.

Potez 632, unidade unica construida para a Suiça
 com motores HS 14Ab e uma gondola ventral
com 4 metralhadoras
No início, a produção do Potez 630 sofreu atrasos consideráveis, causados ​​pela falta de motores, hélices e canhões, tendo as aeronaves do primeiro lote sido armadas com quatro metralhadoras em vez dos dois canhões Hispano-Suiza de 20 mm. O primeiro Potez 631 apenas foi formalmente entregue em agosto de 1938.

Em setembro de 1938, o Potez 630 começara a substituir o obsoleto Bloch MB.200 na função de direção e controlo dos grupos de caças, no entanto, os motores Hispano-Suiza HS 14Ab mostraram-se demasiado problemáticos e pouco confiáveis devido a problemas de arrefecimento, forçando a rápida substituição das unidades Potez 630 por Potez 631 com motores Gnome-Rhône 14M que demonstraram ser mais confiáveis e dar à aeronave melhores características de voo.

Ao contrário de muitas aeronaves francesas suas contemporâneas, a produção do Potez serie 63 era relativamente rápida (caso não houvesse falhas na cadeia logística), pois o projeto foi elaborado tendo em vista a produção massiva da aeronave. Um Potez serie 63 era produzido mais rapidamente e era mais barato que o caça monolugar Morane-Saulnier MS406, e também por isso, à medida que o ritmo de produção aumentava, foram desenvolvidas várias versões derivadas.

Potez 671, prototipo de uma variante proposta, equipada
 com motores Hispano-Suiza 14AC de 800cv, não produzida
Ao todo seriam entregues às unidades operacionais do Armée de l'Air 87 caças Potez 630 e 215 Potez 631 (98 dos quais já após o inicio do conflito). Enquanto os Potez 630 foram retirados da frente de combate antes do inicio da Batalha de França, o Potez 631 entrou no conflito desde o seu inicio embora sem grande sucesso (o numero de aeronaves inimigas abatidas foi apenas de 17) e com grandes perdas. Foi penalizado, pela sua clara submotorização que impedia de cumprir a função para a qual fora concebido (a sua velocidade máxima era claramente mais baixa que a dos bombardeiros alemães), pela sua semelhança com o Messerschmitt Bf 110, que levaria a que cerca de 30 caças fossem abatidos por fogo amigo, mas, acima de tudo, pelo conceito básico de caça pesado que esteve na sua origem que no inicio da guerra estava completamente obsoleto, ultrapassado pelas novas táticas de guerra aérea e pelos modernos caças monolugares que tornavam qualquer caça pesado extremamente vulnerável. Outras aeronaves suas contemporâneas, desenvolvidas seguindo o mesmo conceito (Messerschmitt Bf 110 ou o Bristol Blenheim), tiveram durante a guerra desempenhos sofríveis ou medíocres.

Após o Armistício os poucos Potez 630 e 631 sobreviventes (6 e 64 respetivamente) são entregues à Roménia, Itália ou ficam na Luftwaffe para se tornarem aeronaves de instrução ou rebocadores de alvos.

  • Outras variantes Potez 633, 634 e 637
Potez 633 com a baia interna visivel dentro da canópia
 entre os dois tripulantes
Uma das primeiras variantes a emergir das linhas de produção foi o Potez 633 B2, desenvolvido como um bombardeiro ligeiro de voo nivelado com dois lugares. O Potez 633 era externamente idêntico ao caça Potez 631 C3, mas internamente o lugar do terceiro tripulante ao centro foi removido e substituído por uma baía com capacidade para 8 bombas de 50 Kg. O armamento ventral foi removido sendo substituído por uma única metralhadora MAC 1934 de 7,5 mm. O artilheiro desempenhava também a função de bombardeador com o auxilio de um periscópio. Esta opção demonstrou ser pouco eficiente e por isso mais tarde o lugar do terceiro tripulante seria restaurado, mas aparentemente a modificação não chegou a entrar em produção pois em meados de 1938 a encomenda de bombardeiros foi substituída por adicionais caças Potez 631. A maioria dos 74 bombardeiros produzidos até aí foram exportados para a Grécia, Roménia e China, permanecendo apenas 4 no CEAM para testes de voo e instrução. Três destas aeronaves participaram na única missão operacional levada a cabo por bombardeiros Potez 633 durante a Batalha de França em maio de 1940.

Gôndola do observador num Potez 637
O Potez 634 foi a versão de instrução que não era mais do que as células Potez 630 retiradas das unidades operacionais, com os problemáticos motores Hispano-Suiza 14Hb substituídos por Gnome-Rhône 14M.

O Potez 637 A3 foi a versão de reconhecimento cujo protótipo voara em outubro de 1938. Com o design idêntico ao do Potez 631, e o mesmo armamento do Potez 633, diferenciava-se pela gôndola ventral envidraçada onde se posicionava o observador (uma terceira metralhadora MAC 1934 seria mais tarde adicionada na retaguarda da gôndola). Em agosto de 1938 houvera uma encomenda para 60 aeronaves para substituir os envelhecidos Potez 542, mas eles operariam apenas interinamente até serem substituídos pelos Potez 63.11. Em novembro de 1939, o Potez 637 já estava a ser gradualmente substituído pelo Potez 63.11 e, no início do ataque alemão, em 10 de maio de 1940, já não havia nenhum em operação nas unidades de reconhecimento da linha da frente.

  • O Potez 63.11 
Potez 63.11, aqui é bem visivel a excelente visibilidade
de que dispunha o observador
Insatisfeito com as suas aeronaves de reconhecimento e de cooperação com o exército, como o Bloch MB.131, o Armée de l’Air ordenara o desenvolvimento do Potez 637, que no entanto fora sempre considerado como uma solução provisória e que revelara a necessidade de uma solução mais convencional para o lugar do observador. Foi pedido à Potez uma nova variante, que mantivesse as asas, os motores e a fuselagem traseira do Potez 631 mas com uma nova configuração para as posições da tripulação, mais adequadas a função de reconhecimento.

O resultado foi uma fuselagem mais alta à frente que colocava o observador num nariz largamente envidraçado, e o piloto e o artilheiro num cockpit elevado. 

Como também foi solicitada capacidade para realizar bombardeamentos ligeiros (que raramente seria usado), a fuselagem possuía um pequeno compartimento de bombas, no qual poderia transportar até oito bombas de 10kg e dois suportes de fixação na raiz das asas onde poderia transportar duas ou quatro bombas de 50Kg. O armamento fixo era inicialmente composto por uma única metralhadora MAC 1934 sob o nariz e outra numa gondola com disparo à retaguarda. 

Potez 63.11
Nas aeronaves posteriores a baia de bombas interna foi substituída por um tanque de combustível adicional e o armamento foi reforçado para 3 metralhadoras com disparo frontal sob a fuselagem, 4 sob as asas externas e 3 numa gondola ventral com disparo á retaguarda enquanto o artilheiro passou a operar duas metralhadoras gémeas.

Estas aeronaves possuíam motores Gnome-Rhone 14M 4/5 com 700cv de potência cada mas a fuselagem mais alta reduziu a sua velocidade máxima, bem como a sua capacidade de manobra tornando a aeronave mais vulnerável, apesar de possuir uma blindagem adicional e os tanques de combustível possuírem capacidade auto-selante ainda que rudimentar.

O protótipo do Potez 63.11 fez o seu primeiro voo em 31 de dezembro de 1938, tornando-se a ultima versão a entrar em produção e também a mais numerosa, com um total de 843 aeronaves produzidas (120 entregues após o armistício, algumas das quais entregues à Roménia).

  • Atividade operacional 
 Alguns Potez 63.11 possuiram um armamento reforçado,
 por duas metralhadoras adicionais em cada asa
No momento da eclosão da Segunda Guerra Mundial, mais de 350 aeronaves Potez 63 tinham sido entregues às unidades operacionais do Armée de l'Air, mas quando ocorreram os primeiros contactos com a Luftwaffe durante a ofensiva alemã o tipo sofreu pesadas baixas (algo não muito diferente do que aconteceu com os restantes tipos de aeronaves francesas).

As aeronaves possuíam uma construção sólida, eram capazes de suportar significativos danos em combate e possuíam boas características de voo, no entanto a fraca potência dos seus motores restringia largamente o seu desempenho em situações de combate, tornando-a incapaz de enfrentar os caças monolugar da Luftwaffe nomeadamente os Messerschmitt Bf 109.

Um Potez 63.11 capturado pela Luftwaffe
Como caças pesados, demonstraram, tal como a generalidade dos seus congêneres, ser demasiado lentos para intercetar formações inimigas de bombardeiros e incapazes de enfrentar as escoltas de caças monolugares quando existiam. O seu verdadeiro valor foi demonstrado, ainda que de uma forma limitada, como plataforma de reconhecimento, com a versão Potez 63.11, a mais evoluída e bem armada da serie e que seria também a mais largamente produzida.

Sendo uma aeronave relativamente fácil e barata de produzir em serie, em junho de 1940, já mais de 700 unidades haviam sido enviadas para as unidades da frente de combate, mas o implacável e rápido avanço alemão (Blitzkrieg), e a desorganização que provocou nas forças francesas levaram a que muitas das aeronaves fossem destruídas sem nunca terem sido utilizadas numa única missão.

Até à capitulação francesa o Potez 630 foi um dos aviões franceses mais produzidos (1395 unidades no total), mas também foi a aeronave que mais perdas sofreu, contra um pequeno numero de vitórias em combate. Como caça pesado, caça noturno e bombardeiro o Potez 630 era quase completamente ineficaz.

Potez 63.11 usado pela Luftwaffe como rebocador de alvos
Após o armistício em junho de 1940, o regime de Vichy recebeu autorização dos alemães para utilizar um pequeno numero de aeronaves implantadas nas possessões francesas do Norte de Africa (algumas também na Indochina francesa) que acabaria por ser usadas durante a Guerra contra os aliados.

Algumas das aeronaves sobreviventes à derrota francesa escapariam para Inglaterra onde acabariam por ser integradas nas Forças da França Livre lideradas por Charles de Gaulle.

As aeronaves capturadas pelos alemães e produzidas após o armistício nas fabricas francesas ocupadas foram utilizadas pela Luftwaffe em unidades de instrução ou entregues às forças dos países seus aliados, Hungria (40 Potez 63.11), Roménia e Itália. 
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FICHA DA AERONAVE
GERAL:
  • ANO DO PRIMEIRO VOO: 1936
  • PAÍS DE ORIGEM:  França
  • PRODUÇÃO:  1395 unidades
  • PAÍSES OPERADORES: França, Alemanha, Grecia, Hungria, Polónia, Roménia e Italia
ESPECIFICAÇÕES 
  • VARIANTE: Potez 63.11
  • FUNÇÃO:  Reconhecimento e ataque
  • TRIPULAÇÃO:  3
  • MOTOR:  2 x Gnome-Rhône 14M-04/-05
  • PESO VAZIO: xxxx (kg)
  • PESO MÁXIMO NA DESCOLAGEM:  xxxx (kg)
  • COMPRIMENTO: 10,93 (m)
  • ENVERGADURA: 16,00 (m)
  • ALTURA: 3,08 (m)
PERFORMANCE
  • VELOCIDADE MÁXIMA:  425 (km/h)
  • RAIO DE COMBATE: 1500 (km)
  • TETO MÁXIMO:  8500  (m)
ARMAMENTO
  • FIXO: 
Até 12 metralhadoras MAC 1934 de 7,5mm

  • CARGA BÉLICA:
Até 4 bombas de 50 Kg

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PERFIL
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DESENHOS
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FONTES
REVISÕES E RECURSOS ADICIONAIS
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  • Publicação e Revisões
# Publicado em 2020-02-20 #
  • Recursos Adicionais
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