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Caproni Campini C.C.2

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O Caproni Campini C.C.2 (às vezes incorretamente referido como N.1)  foi um dos  primeiros aviões de asas fixas com motor  termojato a voar, em  27 de agosto de 1940 
A aproveitando o secretismo com que o desenvolvimento dos projetos de aeronaves com motores a jato era realizado na Alemanha e no Reino Unido, o regime fascista de Mussolini fez uma grande propaganda em torno do feito, o que levou a Fédération Aéronautique Internationale a reconhecer, o feito na época, como o primeiro voo de uma avião a jato.
Porém o primeiro avião com verdadeiro motor a jato a voar fora o  Heinkel  He 178, que tinha realizado o voo inaugural exatamente um ano antes em 27 de agosto de 1939.

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Ano
1940
Pais de Origem
Itália
Função
Avião experimental
Variante
C.C.2
Tripulação
2
Motor
1 x Isotta Fraschini L.121 / RC. 40
Peso (Kg)
Vazio
3640
Máximo
4195

Dimensões (m)
Comprimento
13,10
Envergadura
15,85
Altura
4,70

Performance (Km)
Velocidade Máxima
375
Teto Máximo
4000
Raio de ação
100
Armamento



Países operadores
Itália, Reino Unido
Fontes
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GALERIA
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Caproni Campini C.C.1
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Caproni Campini C.C.2 
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Caproni Campini C.C.2 
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Caproni Campini C.C.2 
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Caproni Campini C.C.2 
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Caproni Campini C.C.2 
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HISTÓRIA
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Em 1931, o engenheiro Secondo Campini escreveu uma proposta para o Ministério da Aeronáutica Italiano, acerca do valor da propulsão a jato. Neste mesmo ano, fundou a V.E.N.A.R. - Velivoli E Natanti A Reazzione (Aeronaves e Embarcações a Reação) e, em conjunto com a "Costruzuine Mecchaniche Riva" de Milão, construiu em 1932, um barco de demonstração, movido a jato, que foi testado no trajeto Milão - Veneza, onde atingiu a velocidade de 28 nós (cerca de 50 km/h). 

O barco impressionou os representantes do Ministério da Aeronáutica, e em 05 de fevereiro de 1934, o Ministério da Aeronáutica, contratou com Secondo Campini, a construção de dois protótipos e de um outro para testes estáticos.

Construção das fuselagem pela Caproni

Como a V.E.N.A.R. não dispunha das condições técnicas para tal desenvolvimento, a tarefa de construir as aeronaves foi entregue à "Societá Aeroplani Caproni" de Taliedo. 

O avião projetado por Campini não possuía um motor a jato tal como concebemos atualmente. Especificamente, um motor convencional de combustão interna, o Isotta Fraschini L. 121/R.C. 40 de 900 cavalos, foi usado para movimentar um compressor a gás, que aspirava o ar pelo nariz, comprimia-o e enviava-o a alta velocidade pelo ducto da fuselagem até ao exautor na cauda, criando assim força e empuxo. 
Fuselagem estática para testes

Esta configuração designada por Termojato era um tipo rudimentar de motor a jato, proposta em 1908 pelo inventor francês René Lorin, e com patente registada no Reino Unido com o nome "motorjet" por J.H. Harris de Esher, em 1917. 

A inovação do Campini foi a adição ao processo de uma câmara de pós combustão. O ar comprimido e a alta velocidade, antes de ser expulso, entrava para uma câmara de combustão onde era pulverizado com combustível e dada a ignição e combustão. A alta temperatura gerada pela combustão causava a expansão dos gases, fazendo com que estes fossem expelidos a uma velocidade muito maior pelo exaustor. 

O primeiro voo ocorreu em 27 de agosto de 1940 como o piloto de testes Mário di Bernardi, num teste que durou 10 minutos. 

Teste do pós combustor
A aeronave, toda em metal, tinha dois cockpits pressurizados, cada um deles equipado com controles de voo. A fuselagem, formava um túnel de quase cilíndrico do nariz à cauda, ​​constituído por quatro seções principais. Uma seção do nariz, formando a entrada de ar, seguido de uma secção que alojava uma hélice de três estágios e múltiplas lâminas de passo variável , a que se seguia o motor de pistão com 900cv Isotta-Fraschini de 14 cilindros em linha com um radiador circular para arrefeciomento na unidade principal e finalmente a secção de cauda equipada com um cone central ajustável que podia ser movido para fora para variar o tamanho da abertura de escape. 

O motor de pistão movimentava a hélice do ventilador, que sugava o ar através do nariz, comprimia-o e forçava-o através do ducto da fuselagem para a área de pós combustão onde o ar comprimido e a alta velocidade era pulverizado com combustível e de seguida inflamado aumentando a compressão do fluxo que era expulso pela secção da cauda gerando o empuxo que movimentava a aeronave. 

Secondo Campini  e Mário di Bernardi (à esquerda)
O regime fascista de Mussolini fez grande propaganda sobre o feito, tendo a Fédération Aéronautique Internationale reconhecido, na época, como o primeiro voo de uma avião a jato, muito embora estas honras tenham sido dadas uma ano após o primeiro voo do Heinkel He 178, usando um motor turbojato real. 

Porém e apesar de toda a propaganda, por volta de agosto de 1941, os testes de voo tinham demonstrado que a aeronave experimental era um fracasso. Os caças a hélice com motor de pistão convencionais em serviço eram já capazes de atingir velocidades na ordem dos 640 Km/h , equanto que o C.C.2 não conseguia ultrapassar os 375 Km/h com a pós-combustão em funcionamento (que aumentava o consumo de combustível para valores alarmantes). 

Consequentemente o projeto foi abandonado. 

Em exibição no Museo storico dell'Aeronautica Militare
Depois da Segunda Guerra Mundial, um dos protótipos foi enviado ao Reino Unido para estudos, desaparecendo posteriormente, provavelmente destruído. O outro protótipo está em exibição no “Museo storico dell'Aeronautica Militare” em Vigna de Valle, Roma e o protótipo de solo está no Museu de Ciência e Tecnologia em Milão. 

Apesar do fracasso do o Caproni-Campini C.C.2 teve a sua contribuição para a história da aviação, sendo de facto a primeira aeronave a utilizar uma camara de pós combustão, tecnologia largamente utilizada na aviação militar após a decada de 1950.

DESENHOS
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PERFIL
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FONTES
VER TAMBÉM
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