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Messerschmitt Bf 110 Zerstörer

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O Messerschmitt Bf 110 Zerstörer foi caça bimotor alemão desenvolvido antes do inicio da Segunda Guerra Mundial e que permaneceria ao serviço da Luftwaffe até ao seu final. Tratou-se de uma aeronave de sucesso paradoxal, porque, embora tenha fracassado, durante a Batalha da Inglaterra, na função para a qual fora originalmente concebida, (caça pesado de escolta de longo alcance). A sua principal fraqueza, a falta de agilidade no ar, embora pudesse ser mitigado com as táticas corretas, foi explorada pelos caças britânicos  disso resultando inumeras perdas em aeronaves e tripulações alemãs. Este fracasso do Bf 110, quase ditou o seu afastamento das operações de combate, no entanto ele viria a renascer para desempenhar de forma invejável outras missões para as quais seria convertido, caça-bombardeiro, avião de reconhecimento, apoio aéreo próximo e caça noturno.
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Ano
1936
Pais de Origem
Alemanha
Função
Caça nocturno
Variante
Bf 110G-4C R/3
Tripulação
3
Motor
2 x Daimler-Benz DB 605B-1
Peso (Kg)
Vazio
5100
Máximo
9900

Dimensões (m)
Comprimento
13
Envergadura
16,2
Altura
4,2

Performance (Km)
Velocidade Máxima
550
Teto Máximo
11000
Raio de ação
900 (até 2100 com tanques de queda)
Armamento
2 canhões de 30mm MK108,
2 canhões de 20mm MG151,
1 metralhadora de 7,9mm MG81Z no cockpit traseiro
Países operadores
Alemanha
Fontes
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GALERIA
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Bf 110A-0
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Bf 110B-0
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Bf 110-C4, Budapest, 1941
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Bf 110-C4, Russia, 1942
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Bf 110-D3 Norte Africa,1942
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Bf 110G-4
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HISTÓRIA

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Focke-Wulf  Fw 57
Em 1934, o Ministério do Ar Alemão (ReichsLuftMinisterium / RLM) liderado por Hermann Göring emitiu uma especificação para um caça pesado de longo alcance, bimotor, com capacidade para três tripulantes e pesadamente armado, a ser usado principalmente para escolta de bombardeiros de longo alcance, mas genericamente descrito como um "Zerstoerer (destruidor), capaz de realizar missões de interdição aérea em território inimigo, apoio a forças terrestres, e missões de reconhecimento. 

O RLM contratou três protótipos, um a cada um dos concorrentes, Focke-Wulf, Henschel e Bayersiche FlugzeugWerke/BFW (futuramente Messerschmitt AG). 

O caça de escolta multiposto de longo alcance é, possivelmente, a aeronave mais difícil de projetar e prova disso é que nenhum avião terá satisfatoriamente preenchido esta lacuna durante o último conflito mundial. Por isso quando Wilhelm "Willy" Messerschmitt começou a desenvolver um projeto nessa direção, no fim de 1934, para a Bayerische Flugzeugwerke localizada em Augsburg, as suas dificuldades teriam parecido insuperáveis se ele não tivesse conhecimento de outros projetos que estavam em curso. A necessidade de um tanque de combustível de grande capacidade representava um acréscimo de peso nada desprezível e a consequente necessidade de dois motores, tornavam a tarefa de fazer a aeronave manobrável e rápida o suficiente para ser capaz de enfrentar os caças inimigos, um trabalho complicado. 

Henschel Hs124
Messerschmitt não tinha qualquer experiência anterior no projeto de aeronaves militares bimotores quando começou a trabalhar no Bf 110 e na verdade, seu primeiro avião de guerra, o caça Bf 109, havia sido concebido apenas no verão anterior. 

Por outro lado, na época, o mais potente motor alemão disponível era o Junkers Jumo 210A de 610cv e era óbvio que um par destes motores seria insuficiente para fornecer a potência necessária para um caça relativamente grande e pesado . No entanto, a Daimler-Benz estava ativamente empenhada no desenvolvimento de um novo motor de 12 cilindros em V invertido, de refrigeração líquida, o DB600, que previam desenvolver uma potência de 1000cv e prometiam estar já disponíveis para instalação nos protótipos. 

Porém o primeiro protótipo, o Bf 110V-1 faria o seu voo inicial em 12 de maio de 1936, com motor Junkers Jumo 210D com uma potência de 610cv e uma hélice de duas pás de passo variável uma vez que o motor da Daimler-Benz não estava ainda disponivel. 

Bf 110V-1 e V-2 (Os dois primeiros prótotipos)
Os testes do Bf 110V-1 decorreram durante o ano de 1937 no Centro de Avaliação da Luftwaffe em Rechlin, onde provou ser bastante rápido (503 Km/h) apesar dos motores de fraca potência, embora relativamente pouco manobrável. Os restantes concorrentes o Focke-Wulf Fw 57, e o Henschel Hs 124, demonstraram ser inferiores e por isso foram preteridos. 

O segundo protótipo, Bf 110V-2, realizou o voo inicial em 24 de outubro, e o terceiro, Bf 110V-3, já armado com quatro metralhadoras de MG 17 de 7,92mm no nariz, em 24 de dezembro. Os três primeiros protótipos demonstraram desempenho satisfatório e uma boa manipulação exceto durante as descolagens (problema que nunca viria a ser resolvido). 

Como resultado o RLM encomendou quatro aeronaves de pré-produção, Bf 110A-0, para dar início aos testes operacionais, ao que se seguiu uma nova encomenda de 10 Bf 110B-0 desarmados e com um nariz redesenhado, mais afilado. No verão de 1938 foi iniciada a produção do Bf 110B-1 armado com dois canhões MG FF de 20mm (variante alemão do suíço Oerlikon) no nariz complementados com quatro metralhadoras MG 17. No cockpit da retaguarda mantinha-se a metralhadora MG15 para autodefesa. 

A Daimler-Benz tinha abandonado o motor DB 600, avançando para uma nova versão, o BD 601A de injeção de combustível e com um compressor, porém o motor não estava ainda disponível e por isso todos os Bf 110 A e B foram equipados com o Junkers Jumo 210D e 210G respetivamente, estes últimos com 720cv, uma potência ainda insuficiente.
Bf 110B-1

Devido a insuficiente potência dos motores Junkers Jumo, apenas 45 Bf 110B foram produzidos, incluindo alguns Bf 110B-2, caças de reconhecimento com os canhões substituídos por câmaras. Todas estas aeronaves seriam mais tarde convertidas em Bf 110B-3, desarmados para instrução ou utilizados como plataformas de ensaio. 

Enquanto aguardava receber finalmente o motor DB 601A, a já denominada Messerschmitt AG, melhorou fuselagem do Bf 110 reforçando a estrutura para suportar a potência adicional dos novos motores, introduziu melhoramentos na canópia, tornou as asas mais angulares com uma ligeiramente menor envergadura e alterou a posição do radiador de cada motor. O resultado foi a primeira verdadeira serie de produção o Bf 110C, com motores DB601A-1 com uma potência de 1100cv cada. 

Bf 110C-3, costa francesa, 1940
A produção foi iniciada em princípios de 1939, com um lote inicial de 10 Bf 110C-0 de pré produção a que se seguiu o C-1 com motores, DB 601B-1. A série C Zerstörer foi recebendo sucessivas modificações e melhorias, ao C-1 seguiram-se, o C-2 com radio FuG10; o C-3 com melhores canhões MG FF/M; o C-4 com melhor proteção da tripulação e C-4B (Jagdbomber / Jabo) com um rack em cada asa para uma bomba de 250Kg que seria a primeira versão caça bombardeiro; o C-5 de reconhecimento sem canhões, substituídos por câmaras e motores DB601P; o experimental C-6 com um canhão de 30mm adicional por baixo da fuselagem; e o C-7 caça bombardeiro, uma versão melhorada do C-4B (Jagdbomber / Jabo) com dois suportes na fuselagem para duas bombas de 500kg. 

A produção fora projetada para rapidamente alcançar larga escala e no fim de 1939, três meses depois de inicio da Segunda Guerra Mundial , cerca de 500 Bf 110C Zerstörer estavam a voar em unidades operacionais denominadas por Zerstörergeschwader (ZG) para onde eram enviados os melhores pilotos, facto justificado pela importância que a Luftwaffe atribuía à sua função. 

Bf 110C-5, Mainz-Finthen, Verao de 1942
Quando a Alemanha invadiu a Polónia em 01 de setembro de 1939, dez Gruppen da Luftwaffe já tinham sido equipados com o caça pesado que encontrando pequena oposição aérea (a maioria dos aviões polacos já havia sido destruída em solo pelos Stukas), foi principalmente empregue em missões de apoio terrestre. 

Em 14 de dezembro de 1939, uma formação de 20 bombardeiros Wellington da RAF foram localizados quando em direção à baía de Heligoland, onde se encontrava parte da frota naval germânica, e intercetados por vários Bf 110. Doze bombardeiros britânicos foram abatidos e os demais retornaram à Inglaterra sem terem conseguido alcançar seu objetivo. 

Durante a invasão da Noruega, em abril de 1940, um pequeno grupo de Bf 110 aniquilou uns poucos Gloster Gladiator enviados contra eles num combate sobre Oslo. Uma vez que a infantaria que deveria tomar o aeroporto da capital norueguesa ainda não tinha aparecido, os pilotos simplesmente pousaram e capturaram eles mesmos o aeródromo. 

Bf 110C-4 capturado pela RAF, 1943
A aptidão do Bf 110C Zerstörer como caça, só começaria a ser colocada em causa em julho de 1940 quando a Luftwaffe deu inicio à ofensiva aérea contra a Grâ-Bretanha (Batalha de Inglaterra). Durante esta ofensiva que durou até outubro, os Bf 110C enviados como escolta dos bombardeiros foram duramente castigados pelos caças Hawker Hurricane e Supermarine Spitfire da RAF, muito mais rápidos e manobráveis que o Zerstörer. As perdas foram se tornando cada vez mais elevadas demonstrando a inaptidão da aeronave à função de caça de escolta para o qual fora primariamente concebida, e em vez de proteger os bombardeiros sob sua escolta, as formações de Bf 110 mostraram-se incapazes de se protegerem a si próprios tendo que ser protegidos pelos os caças Messerschmitt Bf 109E. 

O falhanço total do Bf 110C durantes os combates da Batalha de Inglaterra, na função para a qual fora concebido conduziu a sua retirada daquela frente de combate porém isso não resultou, ao contrário do que seria espectável, na redução de produção. Em finais de 1940 a produção atingira as 1083 unidades evoluindo para outras versões adaptadas às necessidades de outros teatros operacionais como o Médio Oriente, Norte da África e Frente Oriental.
Bf 110E-2

No verão de 1941 os caças pesados diurnos Bf 110C e Bf 110D já haviam desaparecido do teatro europeu ocidental mas continuavam a operar extensivamente nos Balcãs, Rússia e Norte da África, onde os alemães ainda desfrutavam de alguma superioridade aérea. 

Em 1942 a produção fora já reduzida para apenas 784 aeronaves, facto que não fora alheio ao desenvolvimento do Messerschmitt Me 210. 

A versão Bf 110D fora construída paralelamente à versão C como caça-bombardeiro de muito longo alcance, e que operaria especialmente a partir de bases na Noruega. Tratavam-se fundamentalmente de Bf 110C com a fuselagem adaptada para carregar uma maior quantidade de combustível em tanques de queda externos sob as asas ou num tanque ventral Dackelbauch sob a fuselagem com capacidade de 1050 litros. 

Bf 110-E2 Reichel, 1942
Por esta altura o Bf 110 passara a desempenhar exclusivamente funções de apoio às tropas de infantaria e missões de reconhecimento e por isso são desenvolvidas as versões E e F que pretenderam melhorar as suas aptidão para essas funções. 

O Bf 110E foi uma versão melhorada do Jagdbomber / Jabo, com mudanças modestas, que incluíam algum reforço estrutural, blindagem melhorada, novos aviónicos e suportes adicionais para quatro bombas de 50Kg nas asas ou dois tanques de queda. Mantinha os motores DB 601A ou DB 601B, nas versões E-0 e E-1, mas a potência dos motores mostrou-se insuficiente para suportar o aumento de peso e por isso as versões subsequentes (E-2 com extensão da fuselagem e E-3 de reconhecimento com camaras em substituição dos dois canhões) foram equipadas com motores DB 601N ou DB 601P. 

O s motores tinham ainda uma potência insuficiente para compensar o aumento de peso e por isso foi introduzida a versão F que diferia da E apenas na instalação de motores DB 601F com 1300cv de potência, e no reforço da blindagem da cabina, porém a versão anterior continuou a ser produzida em paralelo devido à escassez dos motores. 

Bf 110E-3 Norte Africa, 1942
O Bf 110F-1 poderia levar até duas bombas de 500 kg sob a fuselagem e até quatro de 100 kg nos suportes das asas, o F-2 tinha uma configuração de caça pesado (sem os suportes das asas) para ser usado contra os bombardeiros aliados e o F-3 tinha uma configuração de reconhecimento de longo alcance. 

Até este ponto, todas as versões (exceto as de reconhecimento) haviam sido equipadas com dois canhões MG FF/M substituídos posteriormente pelo MG 151/20 de 20mm e quatro metralhadoras MG17 de 7,92 mm no nariz, e uma única metralhadora MG15 operada pelo artilheiro da ré. Mas, nesta altura da guerra, vários kits opcionais (Rüstsatz) permitiam que se adicionasse ao avião várias armas extras de 20mm ou 30mm em gôndolas sob as asas, que os tornavam extremamente eficazes contra blindados. 

A versão F-2, desenvolvida principalmente como um caça pesado para operar contra os bombardeiros aliados cujas incursões em território alemão era cada vez mais frequentes, passou a utilizar dois canhões MK 108 de 30mm à frente, em substituição aos de 20mm. 

As incursões dos bombardeiros aliados em território alemão intensificaram-se a partir de maio de 1942, sendo realizados durante o dia mas também durante a noite. 

Bf 110D com tanque ventral Dackelbauch., Noruega
Por esta altura o Bf 110F parecia ser uma plataforma ideal para a função de caça noturno, apesar de não ser muito mais rápido que os bombardeiros americanos e ingleses tinha, além do pesado armamento, potencial para a instalação de equipamento de radar e seu operador. 

O Bf 110 era capaz de atingir uma velocidade máxima de 558 km/h e alcançar um teto de serviço de 9.800m, e além disso, possuía uma boa razão de subida, sendo rápido o suficiente para alcançar qualquer dos bombardeiros da RAF e abate-los com seu armamento pesado. 

Até meados de 1942 os caças noturnos eram guiados unicamente pelos grandes holofotes de terra ou pelos primeiros radares terrestres mas isso altera-se com o surgimento dos primeiros radares de interceção aérea (AI). 
Bf 110D com suporte ventral para duas bombas de 500kg

A versão Bf 110F-4 especificamente um caça noturno, é o primeiro equipado com um radar de interceção aérea (AI) Lichtenstein C-1 operado por um terceiro tripulante, ao mesmo tempo que é mais pesadamente armado com dois canhões adicionais MK 108 de 30 mm numa gondola ventral. 

Outra inovação importante foi a introdução de canhões de disparo oblíquo para cima, numa configuração designada por Schraege Musik. Esta inovação instalada pela primeira vez no Bf 110F-4/U1, tornar-se-ia padrão nos caças noturnos Bf 110G, demonstrando ser devastadora para os bombardeiros aliados, principalmente os da RAF que não tinham nenhuma proteção ventral. 

A versão F parecia ser o fim da linha para o BF 110 cuja produção fora reduzida de 1083 aeronaves em 1940, para 784 em 1941, e 580 em 1942. A prevista produção do supostamente melhor caça pesado Messerschmitt Me 210 tivera o início previsto para o final de 1941, e em princípio permitiria a completa substituição do Bf 110. 

Porém a falha retumbante do projeto do Me 210, cancelado em abril de 1942 teria como consequência o desenvolvimento de uma nova e melhorada versão do veterano Bf 110. 

Bf 110G-2 com pod de 2 canhoes Mk 108 mm na barriga
A instalação Schraege Musik exigia ainda mais potência dos motores, e por isso a versão Bf 110G, seria equipado com dois DB 605B de 1475cv, capazes de desenvolver uma potência de 1355cv cada um a uma altitude de 5800m. 

De todos os Bf 110G o caça noturno G-4 seria o mais proeminente, sobrepondo-se ao G-1,caça pesado que não chegaria a ser produzido, ao G-2, caça bombardeiro frequentemente equipado com foguetes e ao G-3 a versão de reconhecimento de longo alcance. 

O Bf 110G-4, era a versão caça noturno com três tripulantes, equipado com radar Lichtenstein C-1 e um armamento padrão de quatro metralhadoras MG17 de 7,9 mm no nariz e dois canhões MG 151/20 de 20mm sob o nariz e a dupla metralhadora MG81Z para defesa traseira. 

Bf 110G-2
Entre as suas sub variantes contavam-se o Bf 110G-4/U1 que dispunha de canhões Schraege Musik , o Bf 110G-4a com um radar mais desenvolvido FuG 202/220 Lichtenstein C-1 , posteriormente substituído no Bf 110G-4c para o melhor FuG 220 Lichtenstein SN-2 . Existiam ainda kits de atualização em campo, como o R-1, com um canhão de 37 milímetros ou o R-3, com dois canhões MK 108 montados sob o nariz. 

Num ponto da guerra em que a Alemanha se encontrava encurralada na defensiva dos constantes ataques aliados durante o dia e durante a noite, o Bf 110G desempenharia um importante papel na desesperada defesa alemã. 

A partir de 1943 a produção do Bf 110 aumenta para as 1580 unidades nesse ano, e 1525 no ano seguinte. As Forças Aéreas do Exército dos Estados Unidos (USAAF) tinham incrementado as ofensivas de bombardeamento sobre a Alemanha em meados de 1943, acreditando que as formações apertadas e armamento defensivo pesado dos seus bombardeiros poderia compensar a falta de escolta de caças. A defesa alemã foi enérgica e devastadora, com os Bf 110 a terem um papel fundamental no ataque, com o seu armamento pesado, às grandes formações de bombardeiros sem escolta. As perdas para a USAAF foram tão devastadoras que no outono de 1943, foi forçada a restringir a suas operações a alvos dentro do raio de ação dos caças de escolta. 

Bf 110G-4, Dubendorf, Suiça, 1944
No entanto, em março de 1944 as novas variantes do North American P-51 Mustang e Republic P-47 Thunderbolt, com alcance suficiente para escoltar os bombardeiros até aos seus alvos no interior da Alemanha tornaram as operações diurnas dos Bf 110 suicidas. As próprias operações noturnas tornaram-se menos eficazes e mais perigosas com o surgimento dos DeHavilland Mosquito da RAF equipado com um detentor de radar Lichtenstein denominado por Serrate. 

Para agravar os problemas, em meados de 1944, os Aliados começaram a usar contramedidas, designadas por Window (Chaff), longas tiras de alumínio que atuavam como refletores de radar confundindo os radares Lichtenstein. Os alemães tinham desenvolvido um radar de longo comprimento de onda, o Fug-220B Lichtenstein SN-2, mais resistente às contramedidas mas era menos preciso na sua segmentação. 

Bf 110G-4  R3 capturado
Perto do final da guerra os grupos de Bf 110G sofriam pesadas perdas já que não eram par para os caças norte-americanos de escolta, além disso, enfrentavam o pesado fogo defensivo dos B-17 Flying Fortress e B-24 Liberator americanos e Lancaster Britânicos. 

Por fim a critica falta de combustível a partir de final de 1944 quase eliminaria as operações da Luftwaffe, e os Bf 110 paticamente deixariam de operar. 

Quando a guerra acabou, em maio de 1945, nada menos que 6150 Bf 110 haviam sido produzidos, existindo menos de cinco atualmente preservados em museus ao redor do mundo, incluindo um exemplar do caça noturno Bf 110G-4, em exposição no museu da RAF em Hendon.

#Revisto em 11-08-2016#
#Criado em 06-08-2015#
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DESENHOS
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PERFIL
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FONTES
VER TAMBÉM

  • Wings of the Luftwaffe - Bf-110 "Destroyer"
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