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O Lockheed C-130 Hercules é, provavelmente, o avião de transporte militar tático mais bem sucedido desde o Douglas C-47 Skytrain (versão militar do famoso Douglas DC-3) largamente utilizado na Segunda Guerra mundial e por muitos considerado um dos mais importantes ativos na construção da vitória dos aliados).
Projetado a partir do início da década de 1950 como um transporte de tropas tornou-se rapidamente, pela sua comprovada versatilidade e robustez, numa aeronave de transporte e apoio logístico multimissão, com variantes de, ataque e apoio aéreo próximo, reconhecimento e vigilância, reabastecimento aéreo, combate a incêndios e busca e salvamento. Existem atualmente mais de 40 versões do C-130 Hercules utilizados em mais de 65 países, tendo a família C-130 estabelecido um sólido recorde de confiabilidade e durabilidade, sendo a quinta aeronave da história a atingir os 50 anos de uso contínuo (depois do English Electric Canberra, B-52 Stratofortress, Tupolev Tu-95 e KC-135 Stratotanker), participando em missões militares, civis e de ajuda humanitária.
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Ano
| 1954 | |||
Pais de Origem
| EUA | ||||
Função
| Transporte e apoio logístico | ||||
Variante
| C-130J | ||||
Tripulação
| 3 (tripulação mínima) | ||||
Motor
| 4 x turbopropulsoes Rolls-Royce AE 2100D3 | ||||
Peso (kg)
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Vazio
| 34274 | |||
Máximo
| 74393 | ||||
Dimensões (m)
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Comprimento
| 29,79 (34,36 na versão J-30) | |||
Envergadura
| 40,41 | ||||
Altura
| 11,84 | ||||
Performance
(km/h; m; km) |
Velocidade
| 671 | |||
Teto Máximo
| 8615 | ||||
Raio de ação
| 1667 | ||||
Armamento
| .Apenas nas versões AC-130. | ||||
Países operadores
| Estados Unidos da América, Argélia, Angola, Botswana, Camarões, Chade, Egito, Etiópia, Gabão, Líbia, Marrocos, Níger, Nigéria, África do Sul, Sudão, Tunísia, Zâmbia, Afeganistão, Bangladesh, República da China, Índia, Indonésia, Irão, Iraque, Israel, Japão, Jordânia, Kuwait, Malásia. Omã, Paquistão,Filipinas, Qatar, Arábia Saudita, Cingapura, Coreia do Sul, Vietname, Sri Lanka, Tailândia, Emirados Árabes Unidos, Iêmen, Áustria, Bélgica, Bulgária, Dinamarca, França, Grécia, Itália, Países Baixos, Noruega, Polónia, Portugal, Roménia, Espanha, Suécia, Turquia, Reino Unido, Canadá, Honduras, México, Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Peru, Uruguai, Venezuela, Austrália, Nova Zelândia | ||||
Fontes
| En.wikipedia.org |
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GALERIA
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HISTÓRIA
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Os dois protótipos ficaram concluídos na primeira metade de
1954, e o voo inaugural foi realizado em agosto a partir da fábrica da Lockheed
em Burbank na Califórnia, pelo segundo protótipo YC-130 (S/N 53-3397).
Doze C-130A foram equipados com skis de 6,22 m para operarem em pistas de gelo para efetuar ligações entre as bases no Ártico, sendo inicialmente designados por C-130D e mais tarde de LC-130.
Em 1961, a produção do Hercules mudou para a versão C-130E, que se tornou o padrão para
a USAF . Esta versão manteve os
motores Allison T56-A7 de 4050cv da versão B que permitiram melhorar
o desempenho em decolagens e aumentar o peso máximo de decolagem de 56 para
79 toneladas com o reforço das asas e fuselagem. Além disso, o C-130E foi
capacitado para o uso de tanques de combustível externos Sargent Fletcher de
5150 litros sob as asas, e foi equipado com uma cabina mais moderna e
novos sistemas de navegação entre outros aviónicos. As aeronaves desta versão construídas
para a Royal Canadian Air Force foram designadas
por CC-130E e a versão civil também construída a partir deste padrão foi
designada por Lockheed L-100 Hercules.
A partir de 1965 foi iniciada a produção da versão básica de
exportação o C-130H que voou em
março desse ano pela primeira vez. Era essencialmente um modelo E alimentado por
motores melhorados T56-A15, com de um novo conjunto de aviónica e um sistema de
travagem melhorado para poder operar a partir de pistas ainda mais curtas. A Variant H foi adotada pela USAF a partir de 1975 para
substituir as versões anteriores do Hercules, e foi exportada para inúmeros
países, entre eles, Arábia Saudita, Argélia, Argentina, Austrália, Bélgica,
Bolívia, Brasil, Camarões, Canadá, Chade, Chile, Coreia do Sul, Colômbia,
Dinamarca Equador, Egito, Emirados Árabes Unidos, Espanha, Filipinas,
França, Índia, Indonésia, Irã, Israel, Itália, Japão, Jordânia, Líbia, Malásia,
Marrocos, Níger, Nigéria, Nova Zelândia, Noruega, Omã, Países Baixos, Portugal,
Sudão, Suécia, Singapura, Tailândia, Taiwan, Tunísia e Venezuela. Muitos do
C-130H exportados são C-130H-30 que apresentam uma fuselagem alongada
em 4.57 metros e alguns foram equipados e adaptados para o desempenho de
diferentes missões, por exemplo, dois C-130H marroquinos foram equipados com um radar de abertura sintética (SLAR),
a Arábia Saudita transformou um, num avião hospital e várias unidades
fornecidas à Indonésia e Malásia foram adaptados para funções de patrulha
marítima.
Entre 1964 e 1973, a Lockheed analisou várias configurações
anfíbias do C-130 Hercules tendo, em 1968 sido obtido um contrato de estudo
para a US Navy. Dele resultou um modelo controlado por rádio à escala de um
para seis de um C-130 anfíbio denominado Hercules-On-Water,
como ferramenta de desenvolvimento. O projeto manteve grande parte da
configuração original do C-130, mas esta versão usava um hidro-ski retrátil por
baixo da fuselagem em forma de casco para decolagem e pouso. Os motores
Allison T56 foram invertidos e colocados no topo da asa para afastar as hélices
da superfície da água, numa configuração semelhante à usada no avião de
patrulha marítima P-3 Orion. Como nenhum contrato de produção foi recebido
e o projeto Hercules-On-Water foi arquivado.
A tripulação mínima exigida foi reduzida para três elementos
e pode ser configurada com um sistema de manuseio de carga melhorado,
constituído por uma estação de carregador computadorizado a partir da qual pode
ser remotamente controlado a carga e descarga da aeronave e o sistema flip-floor
que facilita o manuseio da carga no puso (sistema inicialmente desenvolvido
para a USAF, para permitir adaptações rápidas a diferentes tipos de missão).
Utilizados desde a Guerra do Vietname os AC-130 são os
Hercules equipados lateralmente com artilharia pesada incluindo metralhadoras
rotativas (Rotary Minigun) de 7,62 milímetros, e canhões de 20, 40 ou 105
milímetros em diferentes combinações, integradas com os sistemas de navegação e
sensores da aeronave através de um sofisticado sistema de controlo de fogo.
Todos os Spectre da USAF foram retirados do ativo até 2015.
Atualmente os AC-130 no efectivo da USAF são das versões AC-130U
Spooky (13 unidades) e AC-130W Stinger II (8 unidades) variantes de
apoio próximo interdição e proteção aérea, estando em desenvolvimento a AC-130J
Ghostrider.
Estes sistemas incluíram, um sistema de navegação inercial
(INS) e por GPS, e a modernização dos aviónicos de ataque e de defesa com um
radar de controle de fogo HughesAPG-180 (radar de abertura sintética, com vários modos ar-terra capaz
detetar, fixar, seguir e atacar dois alvos em simultâneo, fixos ou em
movimento, identificando a solução de fogo mais adequada), um sistema de
contramedidas eletrônicas ALQ-172, um recetor de sinais APR-46A (sistema de receção de micro-ondas de
banda larga projetado para receber, processar e exibir sinais modulados em
pulsação e amplitude), um recetor de aviso de radar ALR - 56m, um recetor de
aviso de infravermelho AAR-44, e um sistemas de contramedidas defensivas integrado
ALE-40, com dispensadores de chaff e flare. O sistema de aquisição de alvos
inclui um sistema de ALLTV (All-Light Level Television), que integra um
marcador e designador de alvos laser, um
telémetro laser,
um detetor por infravermelhos. Com estes sistemas estas aeronaves têm a
capacidade de poder sobrevoar os alvos por longos períodos, e fornecer fogo de
apoio de precisão. O armamento de disparo lateral é composto por um canhão
rotativo de 25 milímetros GAU-12 Equalizer (substituindo os dois de M61 Vulcan
de 20 milímetros do Spectre), e o autocanhão L60 Bofors de 40 e o canhão M102
de 105 milímetros herdados do Spectre.
As versões de EC-130 (E/H/J/V) são modificações do C-130
usados pela USAF e US National Guard em missões de comando e controle aéreo do
campo de batalha, guerra eletrônica e operações psicológicas.
Em 1990, o novo Comando de Operações Especiais da Força
Aérea começou a operar a variante EC-130E Comando Solo que incorpora sistemas
de navegação e equipamentos de autoproteção aprimorados, e modificações
altamente especializadas que lhe conferem capacidade de transmitir televisão a
cores numa infinidade de padrões mundiais em todas as faixas de TV VHF / UHF.
Esta versão realiza principalmente operações psicológicas e através da transmissão
de assuntos civis nas bandas padrão AM, FM, HF, TV e comunicações
militares. As missões são pilotadas nas altitudes máximas possíveis para
assegurar padrões de propagação ótimos. O EC-130E pode operar durante o
dia ou de noite com igual sucesso e pode ser reabastecido no ar. A
tripulação é normalmente composta por dois pilotos, navegador, engenheiro de
voo, carregador, oficial de guerra eletrônica e seis operadores de equipamentos
eletrônicos. As antenas necessárias ao equipamento de emissão, a marca
distintiva desta versão, são claramente identificáveis no exterior da aeronave,
uma grande antena de lâmina sob cada asa exterior, uma antena de lâmina
horizontal menor em cada lado da fuselagem duas antenas em forma de lâmina de
cada lado do estabilizador vertical, e no extremo da cauda um casulo abriga
antenas de fio que podem ser estendidas em voo várias dezenas de metros para
trás da aeronave.
A versão EC-130H Compass Call destina-se a missões de guerra
eletrónica nomeadamente bloqueios de comunicações, usando emissores de
interferências para evitar a comunicação ou degradar a transferência de
informações essenciais do comando e controlo de sistemas de armas e outros
recursos. As modificações incluem a instalação de um sistema de contramedidas
eletrônicas Rivet Fire, cuja elevada capacidade operacional de interferência
nas redes de comando e controlo inimigas foi demonstrada no Panamá e no Iraque.
A aeronave foi capacitada para ser reabastecida em voo, e transporta uma
tripulação de 13 elementos, tendo flexibilidade suficiente para operar em
qualquer situação de combate principalmente em missões de interdição e
ofensivas aéreas.
A versão EC-130V AEW&C (Airborne Early Warning and Control) foi desenvolvida pela General
Dynamics em 1992 para a Guarda Costeira dos Estados Unidos como uma aeronave de
prova de conceito. O EC-130V combinou uma estrutura C-130H com o sistema
de radar e missão APS-125 do E-2C Hawkeye da Marinha dos EUA. Esta
aeronave foi usada principalmente para missões contra o narcotráfico que
exigiam maior alcance do que o E-2C dispunha, mas também foi avaliada em missões de busca e salvamento,
fiscalização de pesca, patrulha da zona económica exclusiva (EEZ-Exclusive
Economic Zone), e como uma aeronave de apoio ao lançamento do Space Shuttle da
NASA. Externamente, o EC-130V difere dos C-130 da Guarda Costeira pela presença
da grande antena rotativa do radar APS-125, no dorso enquanto que o restante
equipamento modular é transportado no compartimento de carga. Devido aos cortes
orçamentais, o programa do CE-130V foi encerrado e a aeronave transferida para a USAF como NC-130H para
desenvolvimento posterior, incluindo a atualização para o mais recente radar
APS-145.
Os HC-130 são uma serie de Hercules de maior raio de ação
configurados para realizar operações de busca e salvamento (SAR) e busca e
salvamento em cenário de combate (CSAR). As primeiras seis aeronaves com esta
configuração foram criadas a partir de plataformas C-130E em 1964, mas logo de
seguida passou a ser usada a plataforma C-130H nas futuras conversões ocorridas
ainda nesse ano.
O MC-130 é a designação das versões do Hercules
destinadas a missões especiais, originalmente derivadas da versão HC-130 que
operou na Guerra do Vietname, e atualmente operadas, principalmente, pelo Comando de Operações
Especiais da Força Aérea dos Estados Unidos (AFSOC), em missões de
infiltração, extração e reabastecimento de comandos de forças especiais, e
reabastecimento aéreo dos helicópteros e aeronaves
de
rotor basculante como o V-22 Osprey. Em 1964, entrou em operação o MC-130P
Combat Shadow (inicialmente sob a designação de HC-130P), destinado a servir de
posto de comando de operações de forças especiais (AFSOC - Air Force Special
Operations Command).
Mais tarde, a partir da década de 1980, surge o MC-130H
Combat Talon II desenvolvido a partir da plataforma C-130H. Quer os MC-130E Combat Talon I quer os MC-130H Combat Talon
II, podiam ser reabastecidos em voo, dispunham de sistema de navegação inercial
e por GPS e de radar de seguimento de terreno, para poder realizar voos de
baixo nível evitando obstáculos. O sistema de navegação permite à aeronave
identificar com precisão pequenas zonas onde era programado largar as equipas
de forças especiais.
O MC-130J é tripulado por dois pilotos, um oficial de
sistemas de combate e dois operadores de sistema de carga. Seu cockpit abriga
uma estação de voo avançado equipada com aviónicos digitais totalmente integrados,
onde se evidenciam 13 monitores de cristais líquidos a cores incluindo dois HUD
(head-up display). O posto do operador de sistemas de combate e estações de
combate auxiliares estão também digitalmente integrados.
O LC-130 é a variante do C-130 equipada com skis
para operar a partir de pistas de gelo. no Ártico e Antártica .Desenvolvido em 1956 e 1957 a principal missão do LC-130 é
apoiar a comunidade científica na Antártida transportando
carga e pessoal da Estação McMurdo para
vários outros campos e estações, incluindo a Base Amundsen-Scott .
A Guerra da Coréia no início da década de 1950 mostrou
que os antigos aviões de transporte e apoio logístico com motores de
pistão do tempo da Segunda Guerra Mundial, mas ainda em operação pela USAF ( Fairchild C-119 Flying Boxcar , Douglas C-47 Skytrain e Curtiss C-46 Commando) eram inadequados para
as necessidades da guerra moderna. Assim, em fevereiro de 1951, a USAF emitiu um Requisito
Operacional Geral (GOR) para um novo transporte dirigido às construtoras Boeing , Douglas , Fairchild , Lockheed ,
Martin , Chase Aircraft , North
American , Northrop e Airlifts Inc.
YC-130 #53-3397, preparação para o voo de transferência de Burbank para Edwards AFB, 1954 |
O novo transporte deveria ter capacidade para 92
passageiros, 72 tropas de combate ou 64 pára-quedistas, um compartimento de carga com aproximadamente
12 m de comprimento, 2,7 metros de altura e 3,0 metros de largura, para cerca
de 11 toneladas e ser projetado de raiz
como um transporte militar, munido de um rampa de carga e descarga na
retaguarda da fuselagem, uma inovação nas aeronaves militares de transporte
implementada pela primeira vez sob a designação de “Trapoklappe”, na Segunda
Guerra Mundial nos protótipos de aeronaves alemãs Junkers Ju-252, e Junkers
Ju-352 Herkules.
A Fairchild, a North American, a Martin e a Northrop
declinaram o convite e as restantes cinco empresas apresentaram um total de dez
projetos preliminares sendo os da Lockheed (projeto L-206) e da Douglas (uma
aeronave de quatro turbopropulsores) considerados finalistas.
A equipa de projeto da Lockheed liderada por WillisHawkins, apresentou o projeto Lockheed L-206 em 130 páginas mas o
vice-presidente e engenheiro chefe da Lockheed HallHibbard, não ficou satisfeito pedindo a opinião a Kelly Johnson, que pouco interessado
numa aeronave lenta e desarmada terá dito que se tal proposta fosse apresentada
e aceite destruiria Lockheed. Apesar disso a proposta foi assinada e
apresentada tendo a Lockheed ganho o concurso para o desenvolvimento, do então
designado Modelo 82, em julho de 1951.
Os dois YC-130 em voo |
O YC-130 Hercules era um avião quadrimotor que fazia lembrar
o bimotor mais pequeno Fairchild C-123 Provider, com asas altas de
desenho similar, e uma rampa de carga cujo design era uma evolução do Chase
XCG-20 Avitruc que fora desenhado pela primeira vez em 1947 como um planador de
assalto e de carga. O Boeing C-97 também possuía uma rampa que possibilitava a
entrada de veículos no compartimento de carga, mas a rampa do C-130 destacava-se
por possibilitar a carga a partir do solo, e possuir portas traseiras
hidráulicas, com uma estrutura básica construída em alumínio de alta resistência
e algumas peças de titânio, que podiam ser abertas mesmo em voo, que possibilitava a largada de carga em voo,
incluindo, mais tarde, o lançamento de bombas de grande dimensão BLU-82/B “Daisy Cutter”, e a largada de tanques de
assalto e reconhecimento aerotransportáveis
M551 Sheridan.
A fuselagem, semi-monocoque, construída em ligas de alumínio
e magnésio, tem uma secção circular ampliada por baixo para obter o máximo
volume de carga. A tripulação de voo, comandante, segundo piloto, navegador e
engenheiro de voo são colocados no cockpit, onde existe também um lugar para o
operador de carga e descarga de equipamentos.
Outra característica
chave foi a introdução do turbopropulsor (Turboélice) AllisonT56 , desenvolvido inicialmente para o C-130. Na época, o
turboélice era uma nova aplicação de turbinas a
gás, que oferecia maior alcance às velocidades de hélice em comparação com
os turborreactores puros ,
que eram mais rápidos, mas consumiam mais combustível, ao mesmo tempo que
produziram muito mais energia em relação ao seu peso que os motores de pistão.
A Lockheed aplicaria posteriormente o conceito no avião
comercial Lockheed L-188 Electra que não teria sucesso como transporte civil,
mas de onde derivaria o avião de patrulha marítima e antissubmarina de grande
sucesso Lockheed P-3 Orion.
YC-130 em voo |
Quando o protótipo do Lockheed
YC-130 apareceu no verão de 1955, tornou-se evidente que se estava
na presença do ideal transporte militar tático que se procurara. Pela
primeira vez, um avião de transporte combinava as vantagens de um piso
baixo, com um compartimento de carga livre, teto elevado e rampa traseira de
carga integral, um trem de aterragem suave para operar em pistas irregulares,
cabina pressurizada e com visibilidade perfeita para a tripulação a partir do
cockpit, tanques de combustível de grande capacidade integrados nas asas para
uma elevada autonomia, turbopropulsores e outras importantes
características como capacidade STOL (Short Take-Off
and Landing), e uma velocidade ao nível dos caças da Segunda Guerra Mundial.
Mesmo assim naquele momento, ninguém conseguiu vislumbrar a brilhante carreira que
esta aeronave teria, nem imaginar que nos anos 2000, o C-130 permaneceria no ativo
de forças aéreas de mais de 65 países.
Após a construção dos dois protótipos YC-130, e do respetivo
programa de testes, foi dado inicio à produção, anteriormente programada para
ter lugar na fabrica governamental n º 6 em Marietta, Geórgia, construída
durante a Segunda Guerra mundial para produzir o B-29, e posteriormente reabertas
pela Lockheed para reparar o B-29 e construir o Stratojet B-47. O C-130 nas suas mais de 40 versões manter-se-ia em produção
até aos dias de hoje (até 2009 tinham sido construídos mais de 2300 unidades do
C-130).
- Versões base do C-130 para transporte tático, C-130A/B/E/F/G/H/K/T
No inicio da produção em série foram introduzidas alterações na fuselagem e empenagem (a parte traseira recebeu uma forma mais quadrada), foi-lhe instalado um radar de navegação desenvolvido pela Sperry Corporation AN/APN-59 em complemento ao radar meteorológico AN/APS-42 (já presente no YC-130) e foi capacitado paro o uso de JATO/RATO (decolagem assistida por foguetes), mas o primeiro C-130A (53-3129), (modelo 182), saiu de Marietta logo em abril de 1955.
O modelo inicial de produção, o C-130A (216 exemplares), foi alimentado por quatro turbopropulsores Allison T56 -A-9 com hélices Aero de três lâminas e originalmente equipados com o nariz sem corte dos protótipos. As entregas começaram em dezembro de 1956, continuando até a introdução do modelo C-130B em 1959.
C-130D |
À medida que o C-130A entrava em operação o Tactical Air Command (TAC), concluiu ser necessário uma maior autonomia do C-130. Dessa necessidade surgiu a versão C-130B (230 exemplares) com maior capacidade de combustível graças a um tanque adicional, que lhe proporcionou um alcance superior em 470 km. Além disso o C-130B adotou o nariz característico do C-130, recebeu motores melhorados T56-A-7A, e introduziu uma hélice de 4 lâminas HamiltonStandard 54H60-91 de 4,17 m de diâmetro.
A US Navy usou a versão C-130B com
algumas modificações designando essas aeronaves como C-130F.
C-130E, FA Paquistanesa |
A versão C-130G foi a adaptação do E aos padrões da US
Navy (Marinha dos Estados Unidos), que em 1965 necessitava de uma aeronave para
dar apoio aos submarinos Polaris incluindo a rendição das respetivas
tripulações. As modificações eram essencialmente as mesmas implementadas para a
versão F.
C-130H #65-0979 com um Laser Tático Avançado de teste, sobre Albuquerque, Novo México, 2008 |
A versão C-130K é uma modificação do C-130H com equipamentos
britânicos nativos da RAF (Royal Air Force), que os designou por Hercules
C.1, C.3 e W.2 no caso das aeronaves destinadas a Investigação Meterorológica
(o posterior C-130J, na RAF seria designado por Hercules C.4 e Hercules C.5).
Um único C-130G (TC-130G) foi convertido em C-130T, uma aeronave
usada pelo Corpo de Fuzileiros Navais Norte Americano para apoiar a patrulha
acrobática dos Blue Angels da US Navy, entre 1991 e 2002. Apelidado
de Fat Albert e participava nas apresentações com uma surpreendente
decolagem assistida por foguetes .
Modelo da versão anfíbia do C-130 Hercules-on-Water |
- C-130J Super Hercules
A maior atualização do C-130 chegou em 1999 com a introdução
na USAF do C-130J Super Hercules, desenvolvido durante a década de 1990 para
competir com o Airbus A400M Atlas no mercado de substituição das versões
anteriores do Hercules que estavam a atingir o limite da vida operacional, e
penetrar no mercado da Europa Oriental. O C-130J Super
Hercules, atualmente a única versão em produção é semelhante ao clássico
Hercules, mas a semelhança é apenas aparente e externa pois a aeronave foi
consideravelmente atualizada com as mais recentes tecnologias disponíveis. Uma
das diferenças visíveis são os novos turbopropulsores Rolls-Royce AE 2100 D3 com uma potência
maxima de 3,458 kW, que movimentam hélicescimitarra de seis pás em materiais compósitos, DowtyRotol R391. Internamente, o cockpit
foi totalmente modernizado com quatro monitores de cristal líquido, incluindo
um HUD (Head Up Display) para cada piloto, e toda a aviónica foi modernizada
com componentes digitais.
C-130J (C5), Royal Air Force |
Essas mudanças melhoraram o desempenho em relação aos seus
predecessores C-130E / H, nomeadamente o alcance, superior em 40%, a velocidade
máxima 21% superior e 41% menor distância de decolagem (o modelo J está
disponível nas variantes de comprimento padrão ou alongada J-30). Até julho de 2014 já tinham sido entregues mais de 300
unidades de C-130J, que ultrapassou assim a produção das versões C-130A (231
unidades) e C-130B (230 unidades) elevando para 2471 o número total de C-130 em
todas as suas versões entregues pelas instalações da Lockheed em Marietta
desde 1954.
- Variantes do C-130, para missões específicas
Além das versões de transporte tático, a fiabilidade e flexibilidade
da plataforma do Hércules e o seu relativamente baixo custo de manutenção,
tornam-no ideal para o cumprimento de outros tipos de missões, inicialmente
para a USAF, mas posteriormente com o C-130H e C-130J, para os cerca de 70
atuais operadores da aeronave. O C-130 ganhou uma reputação inigualável por qualquer
outra aeronave da história, de flexibilidade, versatilidade e relevância
comprovadas pelas mais de 70 diferentes variantes de missão produzidas a partir
das versões de base.
- AC-130 – apoio aéreo de proximidade, interdição e proteção aérea
AC-130H Spectre em voo ao longo da costa da Florida |
A estrutura dos AC-130é fabricada pela Lockheed
Martin como um C-130, e a Boeing é
responsável pela sua conversão em aeronave de ataque, procedendo à instalação e integração
dos sistemas de armamento controlo de fogo e sistemas defensivos.
Em 1967 o JC-130A (54-1626) foi selecionado para ser
convertido no protótipo do AC-130A Gunship, ao abrigo do Projeto Gunship II,
que pretendia substituir os velhos Gunship AC-47 Spooky utilizados na Guerra do
Vietname. Em setembro desse ano o protótipo foi enviado para a Base Aerea de Nha Trang no Vietname do Sul para um programa
de teste operacional de 90 dias. Concluído o programa, a partir de 1970 seguiram-se
vários programas de conversão (Project Gunship II, Surprise Package, Pave
Pronto, Pave Spectre, Pave Aegis e Spectre) para diferentes conversões em
AC-130 a partir das versões A, E e H do Hercules, cada um deles incorporando a
mais recente tecnologia em armamento, sensores e aviónicos disponível à época.
Apesar de disporem diferentes configurações são comummente designados por AC-130A/E/H
Spectre.
AC-130U Spooky II, 4º Esquadrao de operacoes especiais, USAF |
O AC-130U, a terceira geração do AC-130. comummente
conhecido por U-Boat é um dos mais complexos sistema de armas aerotransportado
do mundo, batizado de Spooky II em honra do primeiro Gunship construído o
AC-47D Spooky. O seu protótipo (S/N 87-0128) voou pela primeira vez em December
1990 iniciando um ciclo de 48 voos de teste num total de 165 horas, tendo as
primeiras unidades entrado ao serviço a partir de 1995. Os 13 Lockheed C-130H
novos, inseridos no programa Spooky II, destinados a substituir os idosos
Spectre, foram modificados pela Boeing com com a instalação de armamento
melhorado e sensores avançados.
AC-130U Spooky II |
Os AC-130W Stinger II resultaram da modificação implementada
nos oito Hercules MC-130W Dragon Spear, do comando de operações especiais da
força aérea norte americana, dando-lhes capacidade de ataque, com a instalação
de uma arma Gatling Bushmaster II GAU-23/A de 30 milímetros, tubos de
lançamento para 10 bombas de precisão GBU-44/B ViperStrike, e misseis AGM-176Griffin ou AGM-114Hellfire.
DC-130H, com um par de drones AQM-34 Firebee, nas asas |
- DC-130 – lançamento e controlo de aeronaves não tripuladas
O DC-130 (A/E/H), é a versão utilizada pela USAF e US Navy (originalmente
designadas como GC-130A), para
transporte, lançamento e controlo de aeronaves não tripuladas (drones). Cada
DC-130 pode transportar (em pontos de fixação nas asas), lançar e controlar até
quatro drones Ryan Firebee.
Todo o equipamento especial é removível, permitindo que a aeronave seja usada na
sua função básica de transporte tático.
- EC-130 - comando e controle aéreo do campo de batalha, guerra eletrônica e operações psicológicas
EC-130E #62-1836, ABCCC-Airborne Battlefield Command and Control Center |
O EC-130 ABCCC (Airborne Battlefield Command and Control
Center) é um EC-130E usada como centro
de comando e controle aéreo do campo de batalha. A aeronave foi modificada
com antenas externas adicionais e projetada para transportar e operar o módulo
USC-48 ABCCC III, uma instalação de comando e controle automatizado de alta
tecnologia com monitores digitais a cores, comunicações digitalmente controladas
e recuperação rápida de dados. Os 23 rádios totalmente seguros de
plataforma e 15 consolas totalmente automatizadas permitem que a equipa de
coordenação de operações analise rapidamente as situações de combate e dirija o
suporte aéreo ofensivo para os alvos mais adequados ao desenvolvimento das
operações. Além da coordenação das operações de combate aéreas, o modulo ABCCC
pode fornecer comunicações às hierarquias superiores, incluindo autoridades de
comando nacional, tanto em ambientes de paz como de guerra.
EC-130J Commando Solo II |
EC-130H Compass Call |
EC-130V |
- HC-130 – Busca Salvamento, patrulha marítima e reabastecimento de helicópteros
HC-130P #64-14853, a reabastecer um helicóptero CH-53E Super Stallion, 1998 |
Atualmente são
usados pela guarda Costeira Norte Americana 21 aeronaves HC-130H. Para além de aeronaves HC-130H, típicas para missões de
busca e salvamento, a USAF opera também aeronaves das versões HC-130P/N Combat King e HC-130J Combat King II,
modificações dos HC-130, para operações de reabastecimento em voo de
helicópteros.
Durante a Guerra do Vietname os HC-130 foram modificados
para serem usados como controladores aéreos de operações de busca e salvamento
em cenário de combate, cabendo-lhes localizar as tripulações aéreas abatidas e
de seguida coordenar a operação de recuperação. Estas aeronaves seriam
posteriormente renomeadas para MC-130P Combat Shadow, e alocadas ao Comando de Operações
Especiais da Força Aérea Norte Americana (AFSOC - Air Force Special
Operations Command).
- MC-130 – Infiltração, extração e reabastecimento de forces especiais
MC-130P Combat Shadow em voo com um MC-130J Commando II e com um MC-130H Combat Talon II |
A primeira variante, MC-130E Combat Talon I foi desenvolvida
especificamente para dar apoio e suporte às operações clandestinas durante a
guerra do Vietname, a partir de plataformas C-130E.
Os MC-130P Combat Shadow e MC-130E Combat Talon I tinham
missões semelhantes mas estes últimos estavam mais bem equipados para missões
de incursão em território hostil. Os últimos Combat Shadow foram retirados do
ativo da USAF em 2015.
Alguns MC-130E Combat Talon I eram equipados com o sistema
de recuperação aéreo Fulton, um equipamento que possibilitava a recuperação de
pessoal em terra ou no mar pela aeronave em voo através de um balão de hélio e
cabos de recuperação.
MC-130H Combat Talon II com o seu nariz distintivo |
O MC-130H Combat Spear foi desenvolvido em 2006 como uma
versão mais barata do Combat Talon II, mas foi, a partir de 2012, as oito
aeronaves em operação foram modernizadas e reconfiguradas em AC-130W Stinger II.
Apesar de algumas preocupações com a vulnerabilidade da
plataforma a USAF decidiu dar início à substituição da sua frota de MC-130E e MC-130P, com quase 40 anos de
serviço. O MC-130J desenvolvido a partir
da plataforma KC-130J
(versão de reabastecimento aéreo de longo alcance do C-130J) entrou em produção
em outubro de 2009, inicialmente designado por Combat Shadow II foi
oficialmente designado em 2012 por MC-130J Commando II. Um total de 37 MC-130J
Commando II foram encomendados pretendendo que substituam a todos os Combat
Talon até 2017.
MC-130J #09-6207, primeiro voo em abril de 2011, na Lockheed Martin em Marietta |
Os aviónicos incluem um duplo sistema de navegação inercial
e por GPS, um radar de baixa emissão e energia integrado com um mapa em
movimento num monitor de cristais líquidos no cockpit, e um piloto automático digital.
Para al+em do avançado sistema de movimentação de carga, os sistemas de combustível,
controlo ambiental e de proteção contra o gelo foram melhorados, e foi
instalado um sistema recetor universal de reabastecimento em voo (UARRSI-Universal
Air Refueling Receptacle Slipway Installation). Inclui também um sistema eletro-ótico e de infravermelhos (EO/IR),
um sistema defensivo integrado SATCOM que inclui contramedidas de
infravermelhos de grande porte (LAIRCM).
- KC-130 – Reabastecimento aéreo
O KC-130 é a versão para reabastecimento em voo do Hercules,
resultante de modificações que podem ser implementadas às versões base do C-130,
que fornece uma plataforma económica para estas operações. A vantagem do KC-130
é que os tanques de combustível são externos e podem por isso ser removidos,
transformando-o de novo num típico C-130 de transporte logístico. Para além da
Marinha Norte Americana e do respectivo Corpo de Fuzileiros Navais o KC-130 foi
exportado para quase uma dezena de países incluindo a Arábia Saudita,
Argentina, Brasil, Canadá, Espanha, Indonésia, Israel, Itália, Kuwait, Marrocos
e Singapura.
- LC-130 – Apoio a missões no Ártico e Antártica
LC-130H, aterrando na estação de McMurdo, Antártida |
Os aviões LC-130 estão equipados com esquis totalmente
retráteis que permitem que eles pousem em gelo e neve e em pistas
tradicionais. Eles também estão preparados para usar foguetes de
assistência à decolagem (RATO), quatro de cada lado da fuselagem, que são usados
quando o LC-130 opera a partir de superfícies de neve irregulares não
preparadas ou quando é necessária uma corrida de decolagem mais curta.
Atualmente, todos os dez LC-130 (sete LC-130H-2
e três LC-130H-3) são usados pela New York Air National Guard.
- WC-130 – Reconhecimento meteorológico
A variante WC-130 á composta por aeronaves Hercules típicas
configuradas com instrumentação meteorológica especializada, incluindo
um sistema de implantação de dropsondas e recolha dos
dados por elas emitidos. A tripulação inclui um meteorologista e as missões
incluem a penetração em ciclones e tempestades tropicais de inverno para
recolha de dados relativos ao seu movimento, dimensão e intensidade.
Os WC-130 operam desde 1962, tendo substituído as anteriores
aeronaves de reconhecimento meteorológico WB-50 derivados do bombardeiro
estratégico BoeingB-50 Superfortress, ao serviço do Air Weather Service (AWS) Norte Americano.
- O o legado e o futuro do C-130
O C-130 está em operação desde a Guerra do Vietname,
formando desde aí a base da estrutura de transporte tático da USAF e de muitas
outras forças aéreas do ocidente. Mais recentemente provou ser capaz de operar
de forma brilhante nas condições mais austeras como nas operações em que
participa no Afeganistão. Apesar da sua idade avançada a versão C-130H, tem
demonstrado uma capacidade operacional extremamente elevada que se pensa poder
vir a ser continuada e melhorada com a mais recente e moderna versão, o C-130J,
com o qual a já longa vida operacional será continuada.
A família C-130 estabelecido um sólido recorde de confiabilidade e durabilidade, sendo a quinta aeronave da história a atingir os 50 anos de uso contínuo (depois do English Electric Canberra , B-52 Stratofortress , Tupolev Tu-95 e KC-135 Stratotanker), participando em missões militares, civis e de ajuda humanitária. A sua produção é mantida até aos dias de hoje (actualmente com o C-130J), uma realidade permitida pela sua constante evolução e modernização, que lhe atribuiu o recorde do mais longo ciclo de produção de um avião militar em toda a história.
EM PORTUGAL
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C-130H Hercules #16806, FA Portuguesa, Aeroporto Francisco Sa Carneiro,Porto |
Os dois primeiros chegaram a Portugal no dia 15 de Setembro de 1977, seguidos de mais três no dia 19 de Junho de 1978, e do sexto no final de 1991 (versão de fuselagem alongada C-130H-30), tendo recebido as matriculas 6801 a 6806 (alteradas a partir de 1993 para 16801 a 16806), dos quais os três primeiros foram convertidos na versão alongada C-130H-30 nas Oficinas Gerais de Material Aeronáutico (OGMA), em Alverca (o 6806 foi já adquirido com esta configuração).
As aeronaves foram colocadas na Esquadra 501 do Grupo Operacional 61 da Base Aérea N° 6 (BA6), no Montijo, a partir de setembro de 1977, que se destinava a executar operações de transporte aéreo tático e de busca e salvamento, tendo adotado o nome de “Bisontes”.
A partir daí os Lockheed C-130H têm desenvolvido uma atividade permanente, essencialmente em missões de transporte, não só militar, mas também civil de âmbito governamental e em missões da Organização das Nações Unidas (ONU). Estiveram envolvidos no apoio às tropas portuguesas na ex-Jugoslávia, na evacuação de cidadãos portugueses na ex-República do Zaire, no apoio humanitário à população do Ruanda, na evacuação de refugiados da Guerra do Golfo (Operação “Desert Storm”) , no apoio ao Contingente Nacional empenhado na reconstrução de Timor Leste, no destacamento da FAP em Avianno, Itália, durante a Operação “Allied Force” e a participação na Operação “Fingal” de auxílio durante a crise no Afeganistão, no âmbito das operações da International Security Assistance Force (ISAF), patrocinada inicialmente pelas Nações Unidas (ONU) e, numa fase posterior, também pela NATO, entre muitas outras missões espalhadas pelo mundo.
Entre as missões de rotina desenvolvem missões de transporte aéreo geral, de transporte aéreo táctico, largada de pára-quedistas, largada de carga a baixa altitude, por meio de pára-quedas, com o avião a voar a menos de dois metros do solo, e executam igualmente missões de patrulhamento marítimo, busca e salvamento, combate a incêndios florestais e apoio logístico às Forças Armadas Portuguesas e Forças da NATO.
C-130H da USAF com um modulo MAFFS (Modular Airborne FireFighting System) |
O desempenho do C-130H no ataque a incêndios florestais teve início em 1982, após a aquisição de dois kits de lançamento de produto retardante – MAFFS (Modular Airborne Fire Fighting System), e a partir de 1983 a Esquadra 501 passou a estar integrada no Sistema Nacional para Ataque a Incêndios, realizando um grande número de missões de combate a incêndios. Embora o nível de eficiência nestas operações tenha sido elevado, o seu número foi diminuindo a partir do fim da década, até cessar por completo, já em meados dos anos 90.
Sobre este assunto em agosto de 2013 escreveu o Tenente-Coronel Piloto-Aviador na Reforma, João José Brandão Ferreira "a FAP foi forçada pelos governos corruptos a desistir de apoiar as populações...em detrimento de privados e outros interesses obscuros..." (Blog "O Adamastor").
Sobre este assunto em agosto de 2013 escreveu o Tenente-Coronel Piloto-Aviador na Reforma, João José Brandão Ferreira "a FAP foi forçada pelos governos corruptos a desistir de apoiar as populações...em detrimento de privados e outros interesses obscuros..." (Blog "O Adamastor").
C-130H-30 da FA Portuguesa com o esquema de camuflagem original utilizado pela USAF |
A partir de 2011, a frota de C-130H / C-130H-30 da FAP recebeu uma nova pintura, mais consentânea com as exigências das missões internacionais em que Portugal se integra, cinza integral de baixa-visibilidade, obedecendo a normas NATO.
Em Dezembro de 2011, a frota de Lockheed C-130H Hércules completou 70.000 horas de voo. Uma média de mais de 11.600 horas de voo por cada aeronave, valores consideráveis para os quase 37 anos de serviço. Em julho de 2016 um dos Lockheed C-130H, sofreu um grave acidente durante a decolagem da Base Aérea nº 6 (BA6), no Montijo, seguido de um incêndio que provocou a morte de três tripulantes e graves danos na aeronave registada como perda total.
Em junho de 2017 o Governo Português aprovou o inicio de conversações com a Embraer, Defesa e Segurança para a compra de cinco aviões Embraer KC-390, com mais uma unidade de opção, que se destinam à substituição da envelhecida frota dos Lockheed C-130H.
Parte deste texto foi adaptado de "Aeronaves Militares Portuguesas no Século XX" - Adelino Cardoso - Edição ESSENCIAL, Lisboa, 2000.
DESENHOS
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PERFIL
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FONTES
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- En.wikipedia.org
- En.wikipedia.org
- En.wikipedia.org
- En.wikipedia.org
- Es.wikipedia.org
- Lockheedgeorgia.wordpress.com
- Gasparferrer.es
- Lockheedmartin.com
- Theaviationzone.com
REVISÕES E RECURSOS ADICIONAIS
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- Publicação e Revisões
# Publicado em 2017-12-23 #
- Recursos Adicionais
Comparação da rampa de carga do C-97 Stratofreighter com a do C-130 Hercules |
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Folheto de apresentação do Lockheed C-130A |
Cockpit de um MC-130J Command II |
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Esquema do modulo USC-48 ABCCC III (Airborne Battlefield Command and Control Center) que equipa o EC-130 |
LM-100J, variante civil do C-130J Super Hercules |