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Martin B-10

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Martin (Modelo 139) B-10 foi o primeiro bombardeiro monoplano de construção totalmente metálica a entrar em plena produção para o US Army Air Corps (USAAC), iniciando uma revolução no design de bombardeiros, ao incorporar características inovadoras que se tornaram padrão nos bombardeiros, nas décadas que se seguiram. 
Essas caracteristicas incluíam, estrutura metálica, cockpits fechados, torres giratórias de metralhadoras (quase simultaneamente à torre de nariz fechada do bombardeiro biplano britânico Boulton Paul P.75 Overstrand), trem de aterragem retrátil, compartimento interno de bombas e motores fechados em carenagens NACA aerodinâmicas para diminuir o arrasto. O surgimento do Martin B-10 tornou todos os bombardeiros existentes completamente obsoletos, tal como muitos dos caças (aeronaves de perseguição segundo o conceito seguido no USAAC) seus contemporâneos.
O projeto da Glenn L Martin foi verdadeiramente revolucionário, definindo o padrão de todos os futuros bombardeiros, razão pelo que a empresa foi, em 1932, premiada com o Troféu Collier.
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GALERIA

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Martin XB-907
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Martin XB-907A (XB-10)
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Martin YB-10
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Martin B-10B
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Martin B-12A
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Martin Modelo 139WH-3









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HISTÓRIA
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  • A origem do Martin Modelo 139
Glenn L. Martin Company foi pioneira no final da década de 1910 nos Estado Unidos da América ao projetar e construir o primeiro bombardeiro bimotor (Martin MB-1) para o United States Amy Air Service (USAAS), demasiado tarde, no entanto para ter uso na Primeira Guerra Mundial.

Martin XB-907A (XB-10) #33-139
Alguns anos depois, em 1929, o US Army Air Corps (USAAC) apresentou os requisitos para um bombardeiro ao qual a Glenn L. Martin respondeu com o Martin Model 123, originalmente desenvolvido com fundos próprios. O projeto previa uma tripulação de quatro pessoas, piloto, copiloto, artilheiro do nariz e artilheiro da fuselagem, que como nos bombardeiros anteriores, viajavam em compartimentos abertos, mas apresentava inúmeras inovações, entre as quais uma baia interna para bombas na fuselagem e um trem de aterragem principal retrátil e dois motores com potência de 600cv Cyclone Wright SR-1820-E de 600cv. 

O protótipo (Modelo 123) voou pela primeira vez em fevereiro de 1932 sendo entregue ao exército dos EUA em março como o XB-907 para ser testado em Wright Field. Após os testes, a aeronave foi reenviado para a Martin em Baltimore para ser redesenhada incorporando um conjunto de modificações sugeridas pelo exército.

Martin YB-10
As modificações incorporadas até ao início do outono de 1932, incluíam a substituição da posição aberta da metralhadora do nariz por uma por uma torre de tiro, transparente, girada manualmente, equipada com uma metralhadora de 7,62 milímetros. O cockpit do piloto e a posição do artilheiro dorsal permaneceram abertos, mas foram instalados motores Cyclone R-1820-19 de 675cv, mais potentes, equipados com carenagens aerodinâmicas integrais que se estendiam para frente das asas. As asas foram também redesenhadas e aumentadas em 2,15 metros na sua envergadura. 

O protótipo modificado (XB-907A) foi enviados para o Wright Field para mais testes em outubro de 1932, durante os quais, a aeronave atingiu a velocidade de 317 km/h a 1800 metros de altitude, uma performance que tornava todos os bombardeiros do mundo e praticamente todas as aeronaves de combate da época, obsoletas. 

Martin B-10, March Field
Terminados os testes, em janeiro de 1933, o exército comprou o XB-907A designando-o como XB-10, ao mesmo tempo que encomendava mais 47 exemplares de produção à Martin (a empresa designou internamente a aeronave por Modelo 139).

As aeronaves de produção incluíram várias modificações, nomeadamente a redução para três tripulantes e a adição de canópias fechadas em todos os postos. Genericamente o Modelo 139 era um monoplano de asa média, todo em metal com uma fuselagem funda onde possuía uma baia interna na qual podia transportar cerca de uma tonelada de bombas. A sua velocidade máxima era de cerca de 340 km/h e o alcance máximo cerca de 2000 quilómetros.

O armamento defensivo era composto por três metralhadoras Browning de 7,62 milímetros, no nariz dorso e ventre da aeronave.

  • Produção e variantes do Martin Modelo 139
Martin B-10B
Desse primeiro lote de produção, as primeiras 14 aeronaves, muito semelhantes ao protótipo, foram designadas YB-10 e entregues no Wright Field , a partir de novembro de 1933. Uma aeronave, YB-10A, foi equipada com dois motores experimentais Wright Cyclone com supercompressor, sete aeronaves, B-12, foram equipadas com motores Pratt & Whitney R-1690 Hornet, de 775cv, e as restantes 25, B-12A, idênticas, dispunham de uma maior capacidade interna de combustível.

Em janeiro de 1931, o USAAC recebera a responsabilidade pela defesa costeira em todo o território dos EUA, e para isso alguns B-12A foram equipados com flutuadores para poderem operar a partir da bases navais (um B-12A equipado com flutuadores gêmeos estabeleceu um recorde de velocidade de hidroavião em 24 de agosto de 1935).

A produção do bombardeiros continuou entre 1934 e 1935 para dar resposta a uma encomenda de 103 aeronaves B-10B (a maior aquisição de bombardeiros desde a Primeira Guerra Mundial), a versão primária de serviço que se distinguiam dos anteriores pela presença de entradas de ar em cima da carenagem dos motores, bem como pelo reposicionamento dos tubos de escape da parte inferior das nacelas para a parte superior imediatamente atrás das entradas de ar. O grupo motopropulsor era composto por dois motores Wright R-1820-33 ciclone de 775cv cada.

Martin B-12A, equipado com flutuadores para
issões de patrulha e defesa de costa
No total a Martin produziu 340 Martin B-10 de todas as variantes, 151 para a USAAC e 189 para exportação (modelo 139W).

O maior cliente foram as Índias Orientais Holandesas (atual Indonésia) que adquiriu 116 aeronaves de três subversões, 12 da versão 139WH-1, 26 da 139WH-2, e 78 da 139WH-3, também identificada por modelo 166. O modelo 166, produzido tardiamente já nas linhas de montagem da Martin em Baltimore em meados de 1939, incorporava algumas melhorias aerodinâmicas, das quais a mais distinta era a única longa canópia em forma de estufa que cobria os postos da tripulação desde a cabina de pilotagem à posição do artilheiro dorsal, e o novo e mais potente motor Wright Cyclone R-1820-G5 de 900cv.

Os restantes compradores foram a URSS (1, 139WR), China (6, 139WC), Turquia (20, 139WT), Sião, atual Tailândia (6 139WS), Argentina (39, 139WA) e Peru.

  • Vida operacional do Martin B-10
Martin B-12A
Os B-10 foram mantidos ao serviço nos esquadrões de bombardeiros do USAAC até o advento dos B-17 e B-18 no final da década de 1930. Porém os avanços na tecnologia de bombardeiros tornaram-se subitamente tão rápidos que o B-10, apesar de revolucionário, rapidamente se tornou obsoleto à medida que os anos 1930 avançavam. Em 1940, o B-10B estava completamente desatualizado e tinha sido largamente relegado a papéis secundários, como o reboque de alvos. Quando os EUA entraram na Segunda Guerra Mundial já todos os Martin B-10 adquiridos pelo USAAC tinham sido retiradas de serviço.

Pelo contrário as aeronaves exportadas para as Índias Orientais Holandesas, foram largamente utilizadas contra o avanço dos Japoneses, na defesa de Malásia, Singapura, Bornéu, Sumatra e Java, no entanto na época já o Martin B-10 estava completamente obsoleto, a sua velocidade e armamento eram completamente inadequados para se proteger contra os rápidos e bem armados caças japoneses.

Martin Modelo 139WH-3 (Modelo 166),
Indias Orientais Holandesas
Quando as forças aliadas em Java se renderam em março de 1942, tudo o que restava da força de bombardeiros Martin era um reduzido número de aeronaves, dez dos quais foram capturados pelos japoneses. Uma aeronave Modelo 139WH-3 conseguiu figir das das Índias Orientais Holandesas para a Austrália em 7 de março de 1942, sendo adquirido pela USAAF para uso como aeronave utilitária (série 42-68358), tornando-se o único Martin 139W a servir na USAAF.

Alguns Martin B-10 sobreviveram à guerra, mantendo-se ao serviço durante a segunda metade da década de 1940, na Tailândia, Turquia e Argentina. Um dos Martin B-10 Argentinos está hoje no museu da USAF na Base Aérea Wright-Patterson no Ohio (crê-se que seja o único Martin B-10 atualmente existente).

  • O sucessor falhado do Martin B-10
Embora o Martin B-10 satisfizesse as necessidades do United States Army Air Corps em 1934 emitiu um requisito para um bombardeiro com um alcance de 3500 km e outro com um alcance de 8000 km.

O Martin Modelo 146 foi construído com o propósito de responder a esses requisitos, competindo com o Boeing Modelo 299, que originaria o B-17 Flying Fortress, e o Douglas DB-1, que originaria o B-18 Bolo .

Martin Modelo 146
O protótipo do Modelo 146 e o projeto do Modelo 146A foram submetidos à aprovação pelo USAAC, como proposta da Martin aos seus requisitos. A aeronave era muito semelhante ao Martin B-10, com a mesma configuração de cabinas e torretas defensivas e dois motores Wright Cyclone de R-1820, estes com 50% mais potência que os do seu antecessor. A maior diferença era a sua maior dimensão relativamente ao Modelo 139, que permitia que o piloto e o co-piloto se sentassem lado a lado, e o facto de possuir flaps tipo Fowler (foi a primeira aeronave de grandes dimensões equipada com eles).

O Martin Modelo 146, perdeu o concurso para os oponentes mas conduziu a Martin a dar inicio aos de estudos de onde emergiria o seu Modelo 179, o bombardeiro médio do período da Segunda Guerra Mundial Martin B-26 Marauder.


FICHA DA AERONAVE
GERAL:
  • ANO DO PRIMEIRO VOO: 1932
  • PAÍS DE ORIGEM:  EUA
  • PRODUÇÃO:  
  • PAÍSES OPERADORES: EUA, Índias Orientais Holandesas (atual Indonésia), Argentina, Turquia, Sião, China e URSS
ESPECIFICAÇÕES DE VARIANTE 
  • VARIANTE: B-10B
  • FUNÇÃO: Bombardeiro
  • TRIPULAÇÃO:  3
  • MOTOR:  2 x Motores radiais Wright R-1820-33 (G-102) Cyclone, de 775cv
  • PESO VAZIO: 4391 (kg)
  • PESO MÁXIMO NA DESCOLAGEM:  6680 (kg)
  • COMPRIMENTO: 13,60 (m)
  • ENVERGADURA: 21,50 (m)
  • ALTURA: 4,70 (m)
PERFORMANCE
  • VELOCIDADE MÁXIMA:  343 (km/h)
  • RAIO DE COMBATE: 1996 (km)
  • TETO MÁXIMO:  7380  (m)
ARMAMENTO
  • DEFENSIVO: 
3 x metralhadoras Browning de 7.62 mm

  • CARGA BÉLICA:
1030 kg de bombas numa baia interna

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PERFIL
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DESENHOS
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FONTES
REVISÕES E RECURSOS ADICIONAIS
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  • Publicação e Revisões
# Publicado em 2019-01-06 #
  • Recursos Adicionais
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