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Embraer T-27 Tucano e A-29 Super Tucano

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O Embraer T-27 Tucano (EMB-312), de conceção brasileira, é um dos aviões de instrução básica e de combate de maior sucesso no período recente, reconhecido pela Força Aérea Brasileira (FAB), e por um grande número de forças aéreas que adquiriram a aeronave.
Em 1988 a Embraer e a FAB começaram a trabalhar num projeto de um derivado do Tucano para instrução, patrulha e combate contra-insurgência, do qual resultaria o designado  A-29 Super Tucano (EMB-314).
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Ano
1993
Pais de Origem
Brasil
Função
Instrução, patrulha e ataque ligeiro
Variante
EMB-314 Super Tucano
Tripulação
2
Motor
1 x motor Pratt & Whitney Canadá PT-6 A 68C com 1600cv
Peso (Kg)
Vazio
3200
Máximo
5400

Dimensões (m)
Comprimento
11,30
Envergadura
11,14
Altura
3,97

Performance (Km)
Velocidade Máxima
590
Teto Máximo
10665
Raio de ação
550 (com combustivel interno)
Armamento
2 x metralhadoras FN M-3P de 12,7 mm, com 200 munições cada;
Até 1550 kg de cargas externas repartida por 5 suportes (4 nas asas e um sob a fuselagem) combinando:
- 2 x misseis ar-ar AIM-9 Sidewinder ou MAA-1 Piranha;
- bombas MK-81 de 119 kg, Mk-82 de 227 kg;
- bombas guiadas a laser GBU-12 Paveway de 227 kg;
- 4 x casulos com 19 foguetes SBAT-70 de 70 mm Skyfire;
- 1 x casulo de canhão GIAT M20A1 de 20 mm sob a fuselagem


Países operadores
Brasil,  Gana,  Angola,  Burkina Faso,  Mauritânia,  Senegal,  Mali,  Colômbia, Chile,  República Dominicana,  Equador,  Indonésia,  Honduras,  Afeganistão,  Líbano,  Estados Unidos
Fontes
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GALERIA
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EMB-312, (T-27) FA Argentina
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EMB-312, (AT-27) FA Peruana
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EMB-312S (Short S-312 Tucano), RAF
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EMB-312F Armée de l'Air
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EMB-314, (A-29B), FA Brasileira
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EMB-314 (A-29B), FA Afgã
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HISTÓRIA
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Em finais de 1978 a FAB patrocinou junto da Embraer (na altura uma empresa estatal) o desenvolvimento de uma aeronave de baixo custo, para instrução de pilotos, com capacidade de ataque ligeiro em missões de contra-insurgência, em zonas sem sistemas de defesa aérea, com custos de operação relativamente baixos. O desenvolvimento da aeronave designada por EMB-312 iniciou-se em 1979, depois de em dezembro de 1978 a Embraer ter recebido um contrato para a produção de dois protótipos, cujas especificações e incluíam o uso de um motor turboélice Pratt & Whitney Canada PT6-25C, cockpit para um ou dois tripulantes em tandem com a posição traseira elevada, equipado com assentos ejetáveis. 

YT-27 (EMB-312) Protótipo
O projeto ficou a cargo do engenheiro aeronáutico húngaro, naturalizado brasileiro Joseph Kováks, cuja a bem sucedida trajetória  na aviação começara com a chegada ao Brasil em 1948, aos 23 anos de idade, logo depois de terminar o curso de engenharia mecânica, da então Escola Técnica Superior do Reinado Húngaro, onde se diplomara como melhor aluno.

Ao primeiro protótipo de ensaios em terra, seguiu-se um segundo que realizaria o primeiro voo em agosto de 1982. Porém este protótipo seria perdido num acidente quando a aeronave excedeu a velocidade de mergulho para a qual fora concebida, resultando na desintegração completa da estrutura do avião durante o mergulho. Tanto o piloto como o copiloto foram capazes de se ejetar com segurança. 

Um terceiro protótipo YT-27 modificado a partir dos dois protótipos anteriores, voou a 16 de agosto de 1982 e no mês seguinte fez a sua estreia internacional no Farnborough Airshow , cruzando a Atlântico, poucos dias após seu primeiro vôo. 

O tipo foi designado pela Força Aérea Brasileira como o T-27 Tucano para instrução e AT-27 para ataque ao solo em missões Contra-insurgência (COIN). 

O Tucano é uma aeronave construída para um regime de aerodinâmica normal, de asa baixa e recta, com forma trapezoidal, com uma estrutura de duas longarinas em liga de alumínio e ailerons controlados eletricamente. 

Primeiro EMB-312 Tucano de pré-produção
A fuselagem, semi-monocoque é construída em liga de alumínio, dispõe o compartimento do motor a frente, logo atrás uma cabine para dois tripulantes em tandem, ambos com assentos ejectaveis Martin Baker Mk8L, com o lugar da retaguarda numa posição mais elevada, cobertos por uma carlinga de bolha sem moldura com abertura para a direita, termina numa empenagem convencional. 

O trem de aterragem triciclo, com uma roda no nariz, dispõe de um sistema de desbloqueio de emergência em caso de falha do sistema primário. 

No compartimento do motor encontra-se um turboélice Pratt & Whitney Canada PT6A-25C que movimenta uma uma hélice de três pás de passo variável automaticamente reversível Hartzell HC-B3TN-3C. 

Nas asas estão alojados os tanques de combustível com capacidade de 694 litros e o sistema de combustível permite realizar voo invertido durante 30 segundos. 

A versão de ataque AT-27, dispõe de quatro suportes com capacidade para 250Kg cada, nos quais podem ser instalados pods com uma metralhadora de 7,62 mm e 500 munições, bombas de queda livre ou foguetes Aviabras SBAT-37 ou SBAT-70. 

Entre as principais características da aeronave incluem-se um sistema de controlo de torque automático e o monocomando acelerador que combina tanto a potência do motor como o passo da hélice, garantindo aceleração e desaceleração suave e rápida. 

EMB-312, FA Iraniana
Muitas características do EMB-312 tornaram-se padrão em projetos de aeronaves de instrução básica posteriores sendo o primeiro avião de instrução militar turboélice desenvolvido depois do início da era do jato. 

Até o final de 1996, o volume total de encomendas de aviões EMB-312 Tucano totalizaram já 623 unidades, mais de 600 dos quais já entregues aos clientes, e estavam em curso encomendas para mais 126 aeronaves. Entre os países compradores e para além do Brasil (o maior cliente), encontravam-se as Forças aéreas de Angola, Argentina, Colômbia, Egipto, França, Honduras, Irão Iraque, Mauritânia, Paraguai, Peru e Venezuela. 

A versão de base EMB-312A foi a mais produzida, mas foram produzidas outras, para obedecer as necessidades de potenciais clientes. 

Para a Força aérea francesa o EMB-312F equipado com aviónicos Thomson-CSF. 

O EMB-312S (Short S-312 Tucano), também conhecido por Short Tucano, foi a versão construída sob licença pela Short Brothers em Belfast para a RAF, equipado com um motor Garrett TPE331-12B e com uma hélice de passo variável de quatro pás. 

Protótipo EMB-312H, e seu armamento
Em 1986, o EMB-312H, foi um protótipo construído pela Embraer e Northrop para concorrer a uma especificação dos EUA que pretendiam adquirir 711 aeronaves de instrução avançada no âmbito do programa JPATS (Joint Primary Aircraft Training System). Deste protótipo derivaria o EMB-314 Super Tucano, (A-29 na designação da FAB) desenvolvido para responder aos requisitos, da especificação ALX (Aeronave Leve de Ataque), do governo brasileiro que pretendia uma aeronave ligeira para patrulha de fronteiras e interceção de aeronaves ilícitas na região Amazónica (atuando conjuntamente com aeronaves E-99 e R-99) e que cumulativamente pudesse ser usada na instrução avançada de pilotos da FAB.

A aeronave foi concebido para atender aos requisitos operacionais da Força Aérea Brasileira (FAB), para uma aeronave de ataque tático, para operar na vigilância e defesa da Amazônia brasileira no âmbito dos projetos SIPAM e SIVAM, e na instrução de pilotos de caça. 

A evolução extraordinária dos sistemas electrónicos de bordo, dos sensores e dos armamentos influenciou fortemente a aviação militar, e racionalizou a utilização de uma grande variedade de plataformas de aeronaves de caça, patrulha e reconhecimento.Por outro lado o final da guerra fria trouxe novas ameaças, que anteriormente estavam latentes e que nem sempre podiam ser resolvidas de maneira satisfatória com a utilização de aeronaves de alto desempenho. Isso era particularmente verdadeiro no tocante aos territórios com fronteiras extensas e desprotegidas. 

Todas estas questões foram tidas em consideração no desenvolvimento do EMB-314 Super Tucano como um avião militar turboélice polivalente a partir das características do seu antecessor, o Embraer EMB-312 Tucano.

A aeronave foi equipada com um motor turboélice Pratt & Whitney PT6A-68C (mais potente que o PT6A-67 do EMB-312H) , incorporando tecnologia de ultima geração como os sistemas FADEC (Full Authority Digital Engine Control) e EICAS (Engine Indication and Crew Alerting System), para movimentar uma uma hélice Hartzell de velocidade constante com cinco lâminas,. A fuselagem foi alongada em cerca de 1,31 metros em relação ao EMB-312 e recebeu um travão aerodinâmico ventral. 

Cockpit do A-29 Super Tucano
A plataforma do EMB-314 Super Tucano, foi projetada, nas versões monoposto e bi-posto, com tecnologia de última geração que proporcionam à aeronave uma vida útil em potencial de 18.000 horas em missões típicas de instrução, ou 12.000 horas em ambientes operacionais de combate, dependendo das cargas de missão e da utilização. 

A tripulação é protegida pela blindagem reforçada da cabina (capaz de resistir a projeteis de 12.7 mm), onde os tripulantes se sentam numa configuração tandem em assentos ejetáveis Martin-Baker MK-10lCX que incorporam um dispositivo de ejeção sequencial de três modos.

O Super Tucano apresenta uma Interface Homem-Máquina de última geração, que se destina a minimizar a carga de trabalho do piloto, mediante a otimização de todas as tarefas (busca, interceptação, vigilância, apoio, etc). 

Possui um sistema de aviónicos baseado numa arquitetura de barramento MIL-STD-1533, e que incorpora, entre outros, os seguintes sistemas:

- Conceito HOTAS ( Hands on Throttle and Stick);
- INS Laser com Sistema de Navegação GPS;
- Modos de Ataque computorizados (CCIP, CCRP, CCIL, etc.)
- HUD (Head Up Display) com UFCP (Up Front Control Panel);
- CMFD) (Color Multi-Function Displays), dois por posto de pilotagem;
- V/UHF tático com provisões para data-link;
- Rádio, comunicação e navegação integradas;
- Câmara/Gravador de Vídeo
- Sistema de iluminação interna e externa compatível com NVG Gen III, (Óculos de visão noturna de terceira geração);
- Piloto automático com capacidade de planeamento de missão incorporada;
- FLIR (Forward-Looking Infrared) Visão frontal por infravermelhos;
- Cabine com instrumentação totalmente eletrónica.

EMB-314 Super Tucano de demonstração
Inteiramente integrados na aeronave, o sistema de missão do A-29 estão integra dois monitores de processamento MDP (Mission & Display Processors), que recebem e processam informações dos sensores, variáveis de navegação e ataque. O sistema FLIR (Forward Looking Infrared) AN/AAQ-22 Safire, da FLIR Systems, de visão por infra-vermelhos, fornece imagens térmicas em dois modos de apresentação que podem ser selecionados pelos tripulantes, está inteiramente integrado aos óculos de visão noturna NVG ANVIS-9 da ITT garantindo uma total capacidade de operações noturnas ou com baixa visibilidade com segurança.

O Super Tucano está equipado com um sistema de transmissão e recepção de dados via datalink fornecido pelo rádio Rohde & Schwartz M3AR (Série 6000) com proteção eletrônica das comunicações. Através desse sistema de datalink o Super Tucano recebe dados do radar do R-99A/E-99/EMB 145 AWACS (Sistema Aéreo de Alerta e Controle) permitindo obter uma completa imagem do teatro de operações, e simultaneamente enviar em tempo real as imagens que forem captadas pelo seu sistema FLIR  , para o posto de comando de missão. O FLIR é usado para navegação através de uma visão por infravermelhos de alta resolução que funciona de dia ou noite podendo, ainda, designar um alvo para ataque. 

A-29 da FAB, armado dois misseis MAA-1 Piranha
Para auto preservação, a aeronave dispõe de um sistema de alerta de aproximação de misseis MAWS (Missile Approach Warning System), um recetor de alerta de radar RWR (Radar Warning Receiver), para além de dispensadores de chaff e flares. 

O sistema de armamentos que incorpora tecnologia de última geração é inteiramente integrado com o sistema de aviónicos sendo constituído pelas armas e um conjunto avançado de sensores. O armamento de base consiste em duas metralhadoras 12,7 mm nas asas (cada uma com 200 tiros), e quatro suportes sub alares e um ventral, com capacidade total para 1.500 kg de uma extensa gama de armamentos (convencionais e inteligentes), para acompanhar as contínuas mudanças que ocorrem nos potenciais ambientes de operação da aeronave. 

A vasta gama de armamento que pode ser utilizada no Super Tucano inclui, pods (casulos) para canhões de 20 mm, metralhadoras de 12,7 mm, misseis ar-ar de curto alcance do tipo AIM-9 Sidewinder, bombas convencionais Mk 81 ou Mk 82, e pods de foguetes SBAT-70/19 ou LAU-68. 

A-29 (EMB-314) Super Tucano, FA Indonesia
No Brasil, atualmente o Super Tucano opera no mais recente e mais sofisticado sistema de vigilância em funcionamento no mundo o Serviço de Vigilância da Amazônia ou SIVAM, onde a aeronave cumpre missões de vigilância de fronteira, perseguindo e interceptando alvos aéreos, sendo capaz de receber e transmitir dados por meio do seu sistema de data-link de última geração. 

Tal como o seu antecessor, o Super Tucano foi adquirido por forças aéreas de vários paises para além do Brasil, que opera 99 aeronaves. Entre esses países incluem-se o Gana (5 aeronaves), Angola (6 aeronaves), Burkina Faso (3 aeronaves), Mauritânia (3 aeronaves), Senegal (3 aeronaves), Mali (6 aeronaves), Colômbia (25 aeronaves), Chile (12 aeronaves), República Dominicana (8 aeronaves), Equador (18 aeronaves), Indonésia (16 aeronaves), Honduras (2 aeronaves), Afeganistão (20 aeronaves), e Líbano (6 aeronaves).

Os EUA, os Emirados Árabes Unidos, o Peru, El Salvador e o Paraguai, constam da lista de interessados em adquirir aeronaves, enquanto que uma venda de 24 aeronaves à Venezuela foi recusada devido a oposição dos EUA, (o governo dos EUA tem o poder de veto nas vendas de qualquer equipamento militar que conte com tecnologia norte-americana e o Super Tucano conta com sistema inercial de voo, computador de bordo, motor e hélice, além de outros sistemas de origem norte-americana).


EM PORTUGAL
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DESENHOS
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PERFIL
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FONTES
VER TAMBÉM
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  • A-29 Super Tucano da Força Aérea Afegã em treino de fogo