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SAAB A 32A Lansen

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O SAAB A 32A Lansen foi, primariamente, uma avião de ataque a jato projetado e construido pela SAAB no inicio da década de 1950, para a Flygvapnet (Força Aérea Sueca). Entrou ao serviço em 1956 e dois anos depois equipava já 12 esquadrões da Flygvapnet. Foram igualmente desenvolvidas e construídas versões especializadas de caça (J 32B) para todo o tempo e reconhecimento (S 32C) que em conjunto com a versão de ataque totalizaram as 450 unidades (incluindo quatro protótipos). Durante a sua vida operacional, quinze unidades foram convertidas para servirem de plataforma de guerra eletrónica (J 32E) e outras cinco rebocadores de alvos (J 32D). As últimas unidades só foram retiradas de serviço da Flygvapnet em 1997, colocando ponto final numa longa vida operacional de 40 anos.

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Ano
1952
Pais de Origem
Suécia
Função
Caça 
Variante
J 32B
Tripulação
2
Motor
1 x turbojato Svenska Flygmotor RM6A com pós combustor
Peso (kg)
Vazio
7500
Máximo 
13500

Dimensões (m)
Comprimento 
14,94
Envergadura
13,00
Altura 
4,65
Performance 
(km/h; m; km)
Velocidade
1200
Teto Máximo
15000
Raio de ação
2000
Armamento
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4 x canhões ADEN de 30mm com  90 tiros cada
4 x misseis AIM Rb 24 Sidewinder, ou
4 x casulos de foguetes ar-ar de 75 mm
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Países operadores
Suécia
Fontes
En.wikipedia.org/wiki
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GALERIA
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A 32A e seu armamento
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A 32A numa pista improvisada
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A 32A com misseis Rb 04
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J 32B  Lansen
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S 32C
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J 32B Lansen Cold Start SN 32542
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HISTÓRIA
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A SAAB iniciara o desenvolvimento de uma aeronave de dois lugares a jato, para substituir as unidades de motor de pistão da Flygvapnet nas funções de ataque incluindo ataque naval, caça noturno e reconhecimento, ao mesmo tempo que desenvolvia o projeto de um caça de superioridade aérea  que culminaria no J 29 Tunnan.

SAAB 202 experimental
Em dezembro de 1948 foram definidas as especificações da aeronave e foi iniciado oficialmente o projeto P1150. A aeronave de ataque a jato deveria ter dois lugares, piloto à frente e navegador a trás, armada com quatro canhões de 20 milímetros, capacitada para transporte e lançamento de foguetes e outras munições de ataque, que seriam transportadas em suportes sob as asas (foi considerada a hipóteses de transporte das munições em baías internas mas essa solução foi abandonada), capacidade para, a partir de uma base no centro do território, atingir alvos em qualquer parte da fronteira sueca numa hora ou menos, e capacidade para operar de dia ou de noite em qualquer tempo. Originalmente era para ser motorizado por um motor de origem Sueca STAL Dovern RM4, mas os constantes atrasos no seu desenvolvimento (que conduziriam ao seu cancelamento em 1954), levariam a que fosse adotado o RM5, um Rolls-Royce Avon RA.7, construído sob licença pela Svenska Flygmotor.

O P1150 teria uma asa enflechada num ângulo de 35 graus, cuja configuração seria previamente testada num SAAB Safir modificado designado por SAAB 202 (o SAAB 201 testou a asa do J 29 Tunnan).

Protótipo A 32A Lansem , outubro de 1953
Foram encomendados quatro protótipos de P1150 cujo primeiro faria o voo inaugural em novembro de 1952, mas em 1949 a aeronave já havia recebido a designação de A 32 Lansen.

O A 32 Lansen tinha um design geral simples, fuselagem de estrutura elegante e aerodinâmica com linhas limpas e secção oval achatada, tinha as entradas de ar para o motor de ambos os lados, semelhantes às do Loockheed T-33, e quatro travões aerodinâmicos na parte traseira. A tripulação de dois homens sentava-se em tandem num cockpit pressurizado coberto por uma canópia de bolha de uma só peça, com o lugar do piloto e do navegador separados por um segundo pára-brisas destinado a proteger o último em caso de ejeção da canópia.

As asas enflechadas num angulo de 35 graus, e perfil laminar são montadas em posição baixa e a empenagem convencional tem também as superfícies enflechadas. No terço externo do extradorso, as asas dispunham de uma cerca para controlo da camada limite e no intradorso de três suportes para transporte de armamento.

Protótipo A 32A
Os grande ailerons das asas eram movidos hidraulicamente, tal como as superfícies de controlo móveis da empenagem. 

O Lansen tinha um trem de aterragem triciclo com uma única roda em cada uma das pernas. 

O Lansen era alimentado por um turbojato Svenska Flygmotor RM5 com pós combustor (um motor Rolls-Royce Avon RA.3 / Mk.109 produzido sob licença) instalado na fuselagem traseira, amovível, para possibilitar uma fácil manutenção.

Foi um dos primeiros aviões do mundo a ser desenvolvido especificamente para missões de ataque sendo por isso projetado para fornecer um bom suporte para a instalação de sistemas de guerra eletrónica e armas. Poderia ser armado com quatro canhões de 20 mm, e os suportes das asas podiam transportar foguetes de vários calibres e bombas variadas. 

  • Produção e versões
A 32A armado com dois misseis ar-solo Rb 04
A primeira produção foi o A 32A Lansen, a versão especializada de ataque de dois lugares que entrou ao serviço da Flygvapnet em 1955 equipando 12 esquadrões no final de 1957.

O armamento interno do A 32A era composto por quatro canhões Bofors m/49 de 20 milímetros na parte inferior do nariz da aeronave. Dispunha de seis pontos de fixação sob cada asa (do 1, mais interno ao 6 o mais externo), compatíveis com diferentes tipos de suportes e outro na linha central da fuselagem para um tanque conformal de combustível ou uma única bomba.

O suporte tipo A (A-balled) era destinado a cargas mais leves e poderia ser montado em todas os seis pontos de fixação, para transportar 12 ou 24 foguetes Bofor não guiados, de 60 ou 63 mm (instrução), de 135 ou 150 mm (de fragmentação) ou de 145 ou 180 mm (anti-carro). Os tipo B destinavam-se a cargas mais pesadas podendo ser montados nas posições 2 a 5, para transportar até 12 bombas de 50 a 120 kg ou 3 de 250, 500 ou 600 kg (as cargas mais pesadas só podiam ser carregadas na posição interna). Os A 32A Lansen frequentemente tinham instalado quatro suportes tipo B e oito tipo A. Na fuselagem o suporte usado era do tipo D para o mesmo tipo de cargas do tipo B, mas com capacidade para carregar um tanque conformal de combustível. Dois mísseis anti-navio Rb 304C, Rb 04C ou D podiam ser carregados em suportes tipo D nos pontos de fixação 4 de cada asa, e os dispensadores de chaff BOZ 3 eram montados num suporte tipo BF no ponto de fixação 5 da asa direita.

Lançamento de um míssil Rb 04 por um A 32A
O motor da versão de ataque era o Svenska Flygmotor RM5A2 que fornecia 44.1 kN de empuxo em pós combustão.

O Lansen está entre as primeiras aeronaves de ataque projetadas com um radar de bordo. No caso, um radar de ataque e navegação Ericsson PS-431/A baseado num projeto francês que trabalhava em coordenação com o míssil anti navio Rb04C, um dos primeiros mísseis de cruzeiro tipo "disparar e esquecer". O radar estava localizado no nariz da aeronave e a antena dianteira estava alojada numa grande bolha por baixo da fuselagem à frente do trem de aterragem principal. 

Apenas 25% dos A 32A eram equipados com radar . Normalmente num grupo de ataque apenas o líder dispunha de radar e navegador, orientando o grupo em direção ao alvo. O A 32A Lansen também podia transportar um casulo de chaff para defesas contra os radares inimigos.

Um total de 287 aeronaves A 32A foram entregues á Flygvapnet entre 1955 e 1958.

A produção seguinte foi o J 32B Lansen, a versão caça de dois lugares para todo o tempo, de dia e noite, cuja primeira aeronave realizou o voo inaugural em janeiro de 1957 entrando o tipo ao serviço da Flygvapnet em julho de 1958.

A 32A Lansen (visivel a bolha sob a fuselagem que abriga
 a antena do radar de navegação)
O motor foi um RM6B com pós combustor sueco, capaz de um empuxo máximo de 67.6 kN. O armamento foi também diferente do da versão de ataque, composto por quatro canhões britânicos ADEN de 30 milímetros cujos cartuchos ejetados era armazenados em compartimentos internos (contrariamente aos das armas da versão de ataque, ejetados para fora da aeronave). 

Os J 32B dispunham dos mesmos seis pontos de fixação da versão de ataque mas usualmente apenas lhes eram instalados quatro suportes. Na posição 2 eram instalados suportes tipo C para casulos de 19 foguetes ar-ar de 75 mm e a partir de 1960 passaram a poder transportar até quatro misseis AAM Rb-24 Sidewinder em suportes tipo S nas posições 2 e 4 de cada asa (podendo igualmente transportar dois casulos de foguetes em substituição dos dois misseis da posição 2). Um total de 118 J 32B foram construídos, chegando a equipar sete esquadrões da Flygvapnet, durante o seu pico de operacionalidade.

Reabastecimento de um J 32B
No J 32B radar Ericsson PS-431/A trabalhava em conjunto com um sistema de controlo de fogo computorizado Saab S6, baseado no Hughes AN/AAR-4 de busca e seguimento por infravermelhos (IRST - Infra-Red Search and Track), com o sensor localizado na asa esquerda, que indicava ao piloto quando era atingida a solução ideal de disparo.

Quinze J 32B foram modificados a partir de 1972 para servirem de plataformas de guerra eletrónica (ECM/EW) passando a ser designadas por J 32E. Estas aeronaves podiam transportar casulos emissores de interferências eletrónicas de radar e comunicações bem como dispensadores de chaff, sendo usadas até 1997 em missões operacionais e de instrução. 

A terceira e última variante de produção foi o S 32C Lansen destinado ao reconhecimento noturno. Estas aeronaves tinham um nariz modificado para albergar as cameras de reconhecimento e eram desarmadas, mas podiam transportar casulos dispensadores de chaff para defesa, e até 12 bombas flash de 75 quilos, para além de estarem equipadas com um radar de aviso (RWR).

Dispunham de um radar de navegação PS-432/A (uma versão modificada do radar do A 32A) usado para dirigir a aeronave até ao alvo e que possibilitava adicionar aos dados de reconhecimento recolhidos os respetivos dados de radar. 

J 32E
O compartimento do equipamento fotográfico podia conter até seis cameras para vários fins, embora usualmente usasse apenas quatro. Originalmente equipamento padrão incluía dois pares de cameras britânicas AGI (Aeronautical and General Instruments Co.Ltd) KA-17 para fotografar a baixa altitude (distância focal 130 mm) e KA-18 para fotografar em altitude (distância focal 920 milímetros). As fotografias do primeiro par de cameras eram realizada a partir de uma altura de 100 a 1200 metros, a do segundo, a partir de 3000 a 10000 metros.

O voo inaugural do S 32C ocorreu em março de 1957, tendo sido entregues à Flygvapnet 44 aeronaves entre 1958 e 1959, tendo o ultimo sido retirado de serviço apenas em 1978.

  • Atividade operacional
Em 25 de outubro de 1953, um J 32A Lansen alcançou uma velocidade de mergulho de Mach 1.12 ultrapassando a barreira do som.

Durante as décadas de 1950e 1960 a Suécia pretendia que o Lansen fosse uma plataforma para armas nucleares e químicas no entanto apesar de ter tido um programa de desenvolvimento de armas nucleares nunca produziu este tipo de armas.

J 32B Lansen Cold Start SN 32542
Durante os 25 anos de serviço, acidentes, destruíram um terço de todos os Lansen produzidos, matando 100 tripulantes e 7 civis em Vikbo. Os acidentes foram resultado de uma combinação de falhas técnicas, (a aeronave não está pronta para o serviço) e deficiências na instrução do voo noturno ou em condições climáticas adversas. 

O A 32 Lansen foi o último avião de ataque desenvolvido pela Suécia. A sua substituição da começou formalmente em junho de 1971, pelo mais avançado Saab 37 Viggen. O SAAB 32 continuou a ser operado até final da década de 1990 como rebocadores de alvos (J 32D) e plataformas de guerra eletrónica (J 32E). Até 2010, pelo menos dois Lansen estavam ainda operacionais, tendo como única missão obter amostras de ar de alta altitude para fins de pesquisa em colaboração com a Autoridade de Segurança Radiológica Sueca.

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DESENHOS
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PERFIL
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FONTES
REVISÕES E RECURSOS ADICIONAIS
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  • Publicação e Revisões
# Publicado em 2017-08-26 #
  • Recursos Adicionais

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