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A origem do Spitfire remonta a um conjunto de hidroaviões criados por Reginald J. Mitchell para a Supermarine Aviation Works (subsidiária da Vickers-Armstrong, desde 1928), durante a segunda metade da década de 1920 que culminaram no Supermarine S6B, vencedor do último troféu Schneider, prova de velocidade para hidroaviões realizada em Setembro de 1931.
Supermarine S6B |
O novo projeto Tipo 300 foi submetido ao Ministério do Ar em julho de 1934, mas não foi aceito e por isso voltou a ser submetido a uma série de mudanças, que incluíram a incorporação de um cockpit fechado, sistema de oxigénio para o piloto, asas menores e mais finas, trem de pouso retrátil e o recém-desenvolvido, motor Rolls-Royce PV-XII de 12 cilindros em V (desenvolvido a partir do motor do S6B), mais tarde designado por "Merlin".
Supermarine tipo 224 |
A fuselagem do Spitfire era aerodinâmica e complexa, com uma construção semi-monocoque de duralumínio, caracterizada por um grande número de curvas definidas a partir de um esqueleto de 19 cavernas, unidas por uma combinação quatro longarinas principais e de 14 longarinas longitudinais, e um revestimento em folha de liga de alumínio resistente a corrosão (Alclad).
Supermarine tipo 300 |
A empenagem tinha também as suas superfícies com formas elípticas, explorando também aí a sua aerodinâmica favorável e os elevadores e leme foram moldados para que o seu centro de gravidade se deslocasse para a frente, reduzindo assim a vibração das superfícies controle.
O K5054 foi equipado com uma nova hélice, e levantou voo pela segunda vez em 10 de março de 1936 durante o qual o trem de aterragem foi recolhido pela primeira vez.
Os voos de teste prosseguiram durante os quais a aeronave atingiu a velocidade de 528 km/h, (mais rápido que o seu contemporâneo Hawker Hurricane de Sydney Camm). Mais tarde no Aeroplane and Armament Experimental Establishment (A&AEE), às mãos do piloto Edward Jones da RAF, encarregue do relatório a apresentar ao Ministério do Ar, atingiria os 557 km/h com uma nova hélice .
Spitfire ()K5054) Protótipo |
Em 1936 a Supermarine empregava apenas 500 pessoas já envolvidas na construção de encomendas de outras aeronaves nomeadamente Walrus e Stranraer e por isso a construção dos Spitfire teria que ser subcontratada a outros construtores apesar da relutância da Vickers-Armstrong. Isto, aliado à complexidade de construção da aeronave e seus componentes provocou um grande atraso nas primeiras entregas. Consequentemente a RAF só recebeu os primeiros Siptfire para o 19º esquadrão em agosto de 1938.
Ao longo dos anos que durou a produção, atravessando todo o período da Segunda Guerra Mundial, inúmeras melhorias seriam introduzidas no Spitfire, fruto da experiencia operacional e do desenvolvimento tecnológico intenso motivado pela guerra.
- Spitfire Mk I
Spitfire Mk Ia |
No inicio da Segunda Guerra mundial estavam operacionais 9 esquadrões de Spitfire ao serviço do “Fighter Comand” da RAF, mas no inicio da Batalha de Inglaterra esse numero tinha aumentado para 19.
Também em finais de 1940 foi decidido substituir o revestimento de tecido das superfícies de controlo, por um revestimento de liga leve. Esta modificação tal como as anteriores foram inseridas nas aeronaves em produção e retroativamente nas aeronaves já em serviço.
- Diferentes tipos de asa Spitfire
Asa tipo A |
A instalação de armamento no Spitfire era limitada pela estrutura fina das asas, e por isso também estas tiveram diferentes configurações. A estrutura interna original (Tipo A) manteve-se inalterada no Tipo B, quando foi adaptada para receber o canhão Hispano de 20mm.
Asa tipo B |
Asa tipo C |
Este conceito foi levado mais longe na versão Spitfire Mk VIII em que a ponta das asas eram facilmente intercambiáveis e, teoricamente, poderiam ser trocados para atender as preferências do piloto ou exigência tática.
- Spitfire Mk II
No verão de 1939 o Spitfire Mk I K9788 foi equipado com uma nova versão do Rolls Royce Merlin, o XII de 1135cv (846 kW). Testado com sucesso, a produção do Spitfire passou para a versão Mk II, equipada com o novo motor e uma nova hélice Rotol de maior diâmetro. O aumento de peso resultante da nova combinação de motor e hélice deu ao Mk II uma menor velocidade máxima que o Mk I, porém o seu teto máximo e taxa de subida aumentou significativamente, melhorando a capacidade de combate. Com a produção em pleno, os 921 Spitfire Mk IIa (com oito metralhadoras) e Mk IIb (com dois canhões e quatro metralhadoras), substituíram todos os Mk I em unidades operacionais da RAF até 1941, até ao advento do Mk V.
- Spitfire Mk III
Da primeira tentativa de melhorar o projeto básico Spitfire introduzindo novos recursos (mais tarde aplicados em versões posteriores), resultou o Spitfire Mk III , equipado com o que viria a ser conhecido Rolls-Royce Merlin XX de 1.390cv (1.036 kW), ainda em desenvolvimento. Porém a decisão de alocar os poucos Rolls-Royce Merlin XX ao Hurricane Mk II ditou o fim do projeto.
- Spitfire Mk V
Spitfire Mk Vc, (AA963), um dos primeiros exemplares equipados com quatro canhoes, em Chicago para avaliacao, EUA, 1942 |
A RAF começou a converter as unidades de combate para o padrão Mk V logo no inicio de 1941, uma vez que era simples essa conversão. O novo padrão continuou a usar a asa Tipo A com o armamento típico de oito metralhadoras (Mk Va), porém a versão mais produzida seria a Mk Vb, com asas Tipo B e um armamento padrão de dois canhões e quatro metralhadoras.
Spitfire Mk Vb, (AB230), tropicalizado com filtro Vokes |
Para poderem operar em ambientes tropicais adversos (Norte de Africa e Pacifico) alguns Mk Vb foram equipados com um grande filtro de ar Vokes montado sob o nariz, que tinham um efeito adverso sobre o desempenho da aeronave, considerado no entanto aceitável.
A versão Mk V seria a mais produzida de todos os Spitfire, com um total de 6487 aeronaves.
- Spitfire Mk VI, Mk VII e Mk VIII
Como a ameaça de uma campanha de alta altitude sustentada pela Luftwaffe não se concretizou apenas 100 Spitfire Mk VI foram construídos (tanto mais que operacionalmente se concluiu que não apresentavam vantagem significativa sobre o Mk V), alguns dos quais seriam convertidos em unidades de reconhecimento (PR), usados algumas vezes em abril e maio 1943, mas retirados de serviço até agosto. Foram no entanto os primeiros Spitfires de cabina pressurizada.
Spitfire LF Mk VIII , reconhecível pelo leme pontiagudo e roda da cauda retrátil |
O primeiro spitfire com motor Merlin serie 60 voou pela primeira vez em setembro de 1941, na mesma altura em que o novo Focke-Wulf 190 ultrapassava o Spitfire V, o, então, melhor caça RAF na linha da frente. Os testes no iniciais demonstraram que o Spitfire como novo motor era uma resposta adequada à ameaça do Fw 190.
A primeira resposta a esta ameaça foi o Mk VII com cabina pressurizada (apenas 140 aeronaves foram produzidas) e Mk VIII sem pressurização. O Mk VIII (e VII) apresentou uma fuselagem reforçada com uma roda de cauda retrátil, acesso ao cockpit revisto, asas universais Tipo C, aumento da capacidade de combustível na fuselagem e asas, e um motor Merlin 64 (F Mk. VIII) ou uma versão de alta altitude, Merlin 71 (HF Mk. VIII) com um turbocompressor de duas fases, que permitiam uma significativa melhoria de desempenho. A maioria dos Mk VIII tiveram um leme redesenhado com a ponta triangular, e o foram equipados com um novo filtro tropical Vokes Aero-Vee.
Spitfire HF Mk VII (EN474) unico exemplar atualmente existente esta no Smithsonian National Air and Space Museum (EUA) |
O sucesso do interino Spitfire Mk IX reduziu a importância do Mk VIII e consequentemente apesar do primeiro modelo de produção ter sido concluído em novembro de 1942, só em junho de 1943 é que o primeiro esquadrão ficou operacional. Uma das razões para o atraso fora também a decisão de usar o Mk VIII no Extremo Oriente (onde foi extensivamente usado pela RAAF) e no Mediterrâneo onde o primeiro esquadrão a usá-lo foi o 145º, com base em Malta, que no verão de 1943, com a crise do Mediterrâneo ultrapassada, acabaria por realizar a maior parte do seu serviço operacional durante a invasão da Itália usando o MVIII no papel de caça bombardeiro, para o qual podia transportar duas bombas de 227Kg.
No total foram produzidos 1658 Spitfire Mk VIII, sendo a terceira versão mais produzida do Spitfire, logo a seguir ao Mk V e Mk IX.
- Spitfire Mk IX e Mk XVI
Spitfire LF Mk IX (MH434) |
O trabalho consistiu em redesenhar a fuselagem do Spitfire Mk V para o tornar capaz de usar o novo, mais potente e mais pesado motor. Porém ao contrário do que fora feito com o Mk VIII, o Mk IX teria a fuselagem do Mk V modificada apenas no essencial à sua adaptação ao novo motor. Isto tornou possível que os Spitfire Mk IX chegassem à linha da frente em julho de 1942, quase um ano antes do Mk VIII.
Spitfire LF Mk XVIe, (SL718) na Cooper Air Race, 1949 |
Houve três versões principais do Mk IX, o padrão F Mk IX com motor Merlin 61, única versão produzida até início de 1943 com 1255 unidades, a versão com motor Merlin 66, designada por LF Mk IX que tinha melhor desempenho a altitudes mais baixas, seria a mais produzida com 4010 unidade, e a HF Mk IX com motor Merlin 70 otimizado para maior altitude, com uma produção total de 410 unidades.
Spitfire Mk XVI |
O Spitfire Mk XVI, entrou em produção em setembro de 1944, e permaneceu em produção até agosto de 1945, tendo sido produzidas 1053 unidades, do que seria o último dos Spitfire equipados com motor Merlin.
- Spitfire com motor Griffon, Mk XII, Mk XIV, F.21, F.22 e F.24
Spitfire Mk XII (EN221), o primeiro Spitfire de produção com o motor Griffon |
Os conceitos de adaptação do Spitfire ao Griffon começara cedo, em outubro 1939 quando Joseph Smith sa Supermarine e Ernest Hives da Rolls-Royce pensaram que o Griffon poderia ser um motor alternativo para o Spitfire.
Spitfire Mk XII do 41º Esquadrão que operava a partir de RAF Tangmere em dezembro de 1943) |
O Mk XII era particularmente rápido até aos 6000 metros mas acima desse nível era mais lento que o Mk IX. Tratando-se de um projeto interino apenas foram construídas 100 aeronaves que equipariam os esquadrões 41º e 91º da RAF a partir de fevereiro e abril de 1943 respetivamente que operaram contra os Fw- 190ª e mais tarde também contra as bombas voadoras V-1. No entanto, foi somente com o Mk XIV que o Spitfire com motor Griffon demonstrou toda a sua capacidade.
Spitfire Mk XIV |
Inicialmente baseado na fuselagem do Mk VIII, apenas com as alterações essenciais à instalação do novo motor e da sua acrescida potência, receberia as melhorias posteriormente implementadas no Mk IX, como a canópia de bolha, e asas tipo E com melhor armamento. Utilizou uma nova hélice Rotol de cinco pás com 3,18 metros de diâmetro, ao mesmo tempo que os radiadores sob as asas eram muito maiores devido aos maiores requisitos de arrefecimento do motor Griffon.
Spitfire FR Mk XIVe |
A todo foram construídos 957 Spitfire F Mk XIV, muitos dos quais foram convertidos em Spitfire de reconhecimento armado (FR Mk XIV), com um raio de ação aumentado para 980 km, asas de pontas cortadas (destinavam-se a operar a baixa altitude), e escotilhas laterais na fuselagem para instalação de uma câmara F.24.
Spitfire F Mk 21, (LA331), Royal Air Force Auxiliary, 1947 |
O trabalho numa nova asa para o Spitfire iniciara-se em fevereiro de 1942, no entanto só no final da guerra estaria em produção para o Mk 21. Com novos ailerons de maior área considerados necessários para aumentar a agilidade da aeronave, era apenas superficialmente semelhantes aos tipos de asa precedente, pois internamente, todas a sua estrutura e construção foram revistas, possibilitando incorporar um armamento padrão de quatro canhões de 20mm.
Os primeiros Mk 21 foram produzidos a partir de setembro de 1944, mas os testes iniciais revelaram instabilidade durante o voo pelo que apenas entraram ao serviço em abril de 1945, quando o 91º esquadrão recebeu aeronaves modificadas.
Spitfire F 22, (PK312), o primeiro da linha de produção |
O Mk 22 foi um desenvolvimento do Mk 21 com a instalação de uma cauda muito maior como forma de eliminar a sua instabilidade em voo. A produção começou em março de 1945, mas só entrou ao serviço após o final da guerra. Os 260 Mk 22 construídos entraram ao serviço no 73º esquadrão da RAF em Malta onde permaneceram até 1951. Posteriormente e até 1955 foram utilizados na instrução de pilotos.
Spitfire F Mk 24, (VN318) |
Os últimos Spitfire construídos foram os 54 Spitfire Mk 24, produzidos entre 1946 e 1948, entregues ao 80º esquadrão da RAF onde permaneceram ao serviço até 1952.
- Seafire, o Spitfire para uso naval
Seafire Mk III, no HMS Victorious, 1942 |
O Seafire F Mk III foi a primeira verdadeira adaptação para operação em porta-aviões. Foi desenvolvido a partir do Seafire Mk IIC, mas incorporando asas dobráveis manualmente.
Seguiram-se o Seafire F Mk XV, versão navalizada do Spitfire Mk XII com motor Griffon, o Seafire F Mk XVII derivado do Spitfire Mk XV, o Seafire F Mk 45, o F Mk 46 e o F Mk 47, desenvolvidos a partir do Spitfire Mk 21.
Terão sido produzidos cerca de 1200 Seafire nas versões com motor Merlin e 800 nas versões equipadas com motor Griffon. Foram usado por 28 esquadrões regulares e de reserva da FAA, em mais de 20 porta-aviões da Royal Navy e prestaram serviço a partir de 1942 no Mar do Norte, no Mediterrâneo, no Oceano Índico e no Pacífico durante a Segunda Guerra Mundial, e na Malásia e Coreia no pós-guerra, terminando a vida operacional em setembro de 1950.
- PR Spitfire, "Photo Reconnaissance" Spitfire
No início da guerra, a RAF não disponha de um avião adequado a operações de foto reconhecimento, e por isso o reconhecimento de longo alcance era realizado com recurso a bombardeiros Blenheim adaptados, ou no caso do reconhecimento de curto alcance a aviões de cooperação do exército como o Lysander.
Spitfire PR Mk IV (X4992), RCAF pós-guerra (construido como F Mk Ia em 1940, convertido sucessivamente para Mk PR IV tipo D; F Mk Va; Mk. PR VII; Mk PR VI tipo C) |
Estas duas aeronaves seriam os primeiros de cerca de mil Spitfire convertidos ou construído de raiz como aeronaves de foto reconhecimento, que durante a guerra recolheriam para a RAF, informações vitais sobre o inimigo.
Inicialmente os diferentes Spitfire PR eram identificados por letras, mas a partir do outono de 1941, devido a potencial confusão com os tipos de asa, os Spitfire de reconhecimento passaram a ser identificados com numerais romanos. Até esse momento havia já seis diferentes versões PR (A a F) que foram renomeados para PR Mk I a PR Mk VI. Porém sob este sistema havia ainda uma potencial confusão, pois por exemplo as semelhantes designações, Mk VII e PR Mk VII identificavam aeronaves muito diferentes e por isso a partir do PR Mk X, os números passaram a ser alocados ou ao tipo caça ou ao tipo PR.
Spitfire PR Mk IV |
Os dois primeiros Spitfire de reconhecimento foram os Spitfires PR Mk I (tipo A) convertidos por Sydney Cotton a partir de 16 de outubro de 1939. O trabalho de conversão consistiu na remoção das armas, remoção de imperfeições e lacunas do revestimento da fuselagem (para diminuir o arrasto e possibilitar o aumento de velocidade), substituição da carlinga por outra com melhor visibilidade, e instalação de duas camaras de 5 polegadas F.24 nas asas, no lugar da arma interna. A primeira missão de um destes aviões, que se tinha tornado parte da força expedicionária britânica em França ocorreu em 18 de novembro de 1939 sobre Aachen.
A versão Spitfire PR Mk II realizou a primeira operação a 10 de fevereiro de 1940, fotografando as bases navais alemãs de Wilhelmshaven e Emden, tinha um tanque de combustível adicional de 110 litros atrás do piloto, e câmaras de 8 polegadas em substituição das de 5.
Spitfire PR Mk VII |
- W: duas F.8 de 20 polegadas de distância focal
- X: uma F.24 de 14 polegadas de distância focal
- Y: uma F.52 de 36 polegadas de distância focal
- S: duas F.24 de 14 polegadas de distância focal
Foi o mais produzido das versões de reconhecimento iniciais com 229 aeronaves produzidas.
Apenas um Spitfire PR Mk V foi produzido, mas representou um avanço significativo relativamente aos anteriores pois foi o primeiro a ser equipado com uma câmara oblíqua. Os anteriores dispunham de camaras montadas verticalmente para tirar fotos a uma altitude média ou alta. A câmara oblíqua foi montada lateralmente para tirar fotos num angulo de 90 graus da direção do voo o que permitiu obter fotos a baixa altitude.
Spitfire PR Mk XI |
Um dos perigos de usar a câmara oblíqua para baixa altitude era o de colocar o Spitfire PR vulnerável aos caças alemães. Para responder a este problema decidiu-se produzir uma versão armada. O Spitfire PR Mk VII mantinha as oito metralhadoras padrão do Spitfire Mk Ia, combinadas com o tanque de combustível adicional da fuselagem das versões PR. Era equipado com duas câmaras F.24 de 14 polegadas de distância focal, uma montada obliquamente, e outra verticalmente, e uma terceira camara F.24 de 5 polegadas de distância focal também de montagem vertical. Apenas 45 Mk VII foram convertidos.
Spitfire PR Mk XIII |
O Spitfire PR Mk X apareceu na primavera de 1944 (muito tempo depois do PR Mk XI). Era a versão de reconhecimento do caça padrão Mk VII, que combinava a fuselagem e cabina pressurizada do caça Mk VII, com as asas do PR Mk XI. Apenas dezasseis aeronaves foram produzidas, que foram retiradas do serviço operacional em setembro de 1945.
A mais produzida de todas as versões de reconhecimento (471 unidades) foi o Spitfire PR Mk XI, que entrou ao serviço no verão de 1943. Combinava a fuselagem do caça Mk IX, com asas tipo D, e respetivos tanques de combustível padrão das versões de reconhecimento. Dispunha também de um sistema universal de instalação das câmaras que permitia a sua fácil substituição, em resultado do que podia transportar uma maior variedade de combinações de câmaras, as mais comuns, duas F.52 de 36 polegadas de distância focal e duas F.8 de 20 polegadas, ou uma F.52 de 20 polegadas, duas F.24 de 14 polegadas, e uma F.24 de 14 ou 8 polegadas montada obliquamente.
Spitfire PR Mk XIX |
A única versão de reconhecimento com motor Griffon foi o Spitfire PR Mk XIX. Combinava a fuselagem do Mk XIV, as asas do PR Mk XI e cabine PR Mk X. À capacidade interna para 1155 litros de combustível podia juntar-se um tanque de queda de até 770 litros (embora o máximo que foi utilizado em operações tinha apenas capacidade para 400 litros ). Tinha uma velocidade máxima de 445 km/h, mas o teto de serviço de 13000 metros colocava-o fora do alcance dos intercetores da Luftwaffe. Com exceção dos primeiros 22, dos 225 produzidos, todos tinham cabina pressurizada. O equipamento de reconhecimento consistia em duas camaras verticais (F.8 de 14 ou 8 polegadas, ou F.52 de 20 polegadas) e uma obliqua do lado esquerdo (F.24 de 14 ou 8 polegadas).
O Spitfire PR Mk XIX entrou em serviço em maio de 1944 e realizou o último voo operacional em 1 de abril de 1954, o ultimo voo operacional de um Spitfire ao serviço da RAF (três Spitfire PR Mk XIX continuariam a voar em missões de pesquisa meteorológica até 10 de junho de 1957).
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EM PORTUGAL
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Entretanto, o Governo Português continuou a pressionar o Governo Britânico para fornecer mais Spitfire, insistindo nos Mk V. Como fruto da sua persistência, os Spitfire Mk V começaram a chegar a Portugal entre Outubro de 1943 e Fevereiro de 1944, por via marítima, num total de 34 aviões, quase todos da versão Mk Vb. Destes, dois eram da versão Mk Vc, com combinação de armamento não standard, e sete da versão LF Mk Vb, com a ponta das asas ”cortada”. Estes aviões, na sua maioria, tinham sido operados pelos americanos da USAAF baseados na Grã-Bretanha, e, antes de serem enviados para Portugal, sofreram uma revisão, e a adaptação para o nosso clima.
Texto de: "Aeronaves Militares Portuguesas no Século XX" - Adelino Cardoso - Edição ESSENCIAL, Lisboa, 2000.
A luta da diplomacia portuguesa para que a Grã-Bretanha fornecesse aviões Supermarine Spitfire ao abrigo do acordo para a utilização da Base das Lajes, Açores, foi dura, longa e sistematicamente protelada até 1942.
A primeira remessa de Spitfire constou de 18 aviões na versão Mk Ia, recebidos entre Novembro de 1942 e Outubro de 1943 em Lisboa, por via marítima. Todos estes aviões foram construídos na Grã-Bretanha pela Supermarine, entre Setembro de 1939 e Dezembro de 1940.
Foram montados nas Oficinas Gerais de Material Aeronáutico (OGMA), Alverca, e colocados na Base Aérea N° 3 (BA3), Tancos, onde formaram a Esquadrilha XZ.
Spitfire Mk Ia da AM Portuguesa |
A Aeronáutica Militar (AM) atribuiu-lhes a numeração de 370 a 387. Não existem dados concretos quanto à correspondência dos números de série com a numeração da AM, supondo-se que foi atribuída segundo a ordem de chegada. O único dado concreto são as raras fotografias da época, onde se podem ver pintadas na fuselagem as numerações da RAF e da AM. A utilização destes aviões criou grande expectativa em Tancos, onde se reuniram os pilotos de caça mais experientes. Embora fossem da primeira série de fabrico – largamente ultrapassados pelos Mk V que os britânicos então utilizavam e já com bastante uso, eram muito superiores aos Curtiss P-36 Mohawk.
Os primeiros dez aviões, recebidos entre 21 de Novembro de 1942 e 20 de Janeiro de 1943, face ao material disponível, foram, durante alguns meses, os únicos defensores do espaço aéreo nacional continental, função muito ingrata para tão reduzido número de aviões quando se estava em plena Segunda Guerra Mundial, com probabilidades de e verificar uma invasão por parte das Forças do Eixo.
Os 18 Spitfire Mk Ia da AM, preparados para o clima mais frio da Grã-Bretanha, apresentaram problemas de aquecimento dos motores. Estando na altura em estudo um reforço dos Gloster Gladiator baseados nos Açores, estes Spitfire foram indicados para seguir para o arquipélago, de clima mais aproximado ao britânico. A deslocação não se concretizou, dado que as Forças Britânicas estacionadas na Base das Lajes assumiram, na prática, a defesa aérea do arquipélago.
Spitfire Mk Ia em manutenção |
A AM atribuiu-lhes a numeração de 1 a 34, inclusive. Tal como aconteceu na primeira remessa, não é possível estabelecer com exactidão a relação entre os números de série da RAF e a numeração da AM. Estes 34 aviões foram colocados na Base Aérea da Ota. Os números de 1 a 15 formaram a Esquadrilha RLe os restantes a Esquadrilha MR.
Por Portaria de 18 de Julho de 1944, é criado na Base da Ota o Grupo de Esquadrilhas de Aviação de Caça (GEAC), composto pelas Esquadrilhas N° 1, a MR, a N° 2, a RL (ver Imagem 6) e a N° 3, a XZ, com osSpitfire Mk Ia, na altura transferida de Tancos para a Ota.
Em Outubro de 1945 o Governo Britânico sugere a cedência de 120 Spitfire do modelo Mk IX, que Portugal recusa, preferindo adquirir mais do modelo existente, o Spitfire Mk Vb.
A recepção da terceira e última remessa de Spitfire Mk LF Vb, constituída por 60 aviões transportados em voo, teve início em Abril de 1947 e prolongou-se até Janeiro de 1948. (...)
Em 1948 dá-se início ao processo de abate dos Spitfire Mk Ib, com a consequente extinção daEsquadrilha XZ.
Em Abril de 1952 o GEAC da BA2 dispunha de 74 Spitfire Mk Vb e LF Mk Vb. Nesse mesmo mês são transferidos para a BA3, Tancos, 50 destes aviões (assim como algunsGladiator) os quais constituíram a Esquadrilha N°1, com 16 caças, a N°2, com 17, e a N°3, com 17. Um reduzido número de Spitfire permaneceu na BA2.
Por esta altura foi abandonado o esquema de organização da RAF e adoptado o da USAF, sendo abolida a designação das esquadrilhas por letras, passando a ser designadas por números.
Durante a segunda metade dos anos quarenta, com tão numerosa frota de Supermarine Spitfire, aos quais se juntaram 140 caça-bombardeiros Hawker Hurricane, Portugal dispôs de um respeitável poder aéreo, jamais igualado, pelo menos em quantidade.
Quanto à pintura, todos os Spitfire mantiveram a camuflagem usada nos caças diurnos da RAF, com as superfícies superiores em cinzento e verde escuros e as inferiores em cinzento claro ou azul-céu. Em ambos os lados das asas ostentavam a Cruz de Cristo sobre círculo branco. Nos lados da fuselagem apresentavam a Cruz de Cristo, sem círculo branco, ladeada pelas duas letras da esquadrilha (estas sempre para o lado da cabina) e pela letra da ordem na mesma, pintadas a branco. Os números de matrícula, em pequenos algarismos brancos, encontravam-se colocados na parte lateral inferior da fuselagem, quase por baixo dos estabilizadores horizontais. Em ambos os lados do estabilizador vertical, um rectângulo continha as cores nacionais, sem escudo.
Frota de Spitfire da AM Portuguesa na BA2-Ota, |
Os Spitfire apresentavam, para além das letras que os identificavam com as esquadrilhas a que pertenciam, as “cores de esquadrilha”. Os aviões da Esquadrilha MR apresentavam o cubo do hélice em amarelo e uma faixa da mesma cor na fuselagem, imediatamente à frente do número de matrícula. NaEsquadrilha RL estas pinturas eram em azul, e na Esquadrilha ZE em vermelho. Os aviões da Esquadrilha XZ não tinham a faixa na fuselagem, unicamente o cubo do hélice em azul-celeste.
Os primeiros dez Spitfire, recebidos entre 21 de Novembro de 1942 e 20 de Janeiro de 1943, só apresentaram as letras da esquadrilha a partir de Abril de 1943. Refere-se também a singularidade das letras de ordem do Spitfire número 49 que, enquanto esteve colocado na Esquadrilha MR, apresentava dois Gcomo letra de ordem na mesma (MR+GG). Foi o único avião a que esta modalidade foi aplicada, não sendo evidente o motivo.
A Lei 2055 de 27 de Maio de 1952 cria a Força Aérea Portuguesa (FAP) e extingue a Aeronáutica Militar e a Aviação Naval.
A quantidade de Spitfire transferidos para a FAP foi muito escassa. Em informação dirigida ao Ministro da Defesa Nacional em 20 de Julho de 1954, o Chefe do Estado-Maior da Força Aérea (CEMFA) refere que “ainda existem pilotos a voar em Spitfire”. Em 4 de Agosto desse ano o Ministro da Defesa determina que todos os Spitfire e Hurricane sejam transferidos para a Base Aérea N°1 (BA1), Sintra, até ao esgotamento do seu potencial de voo, em missões de instrução de pilotos.
A partir de 1952, e antes da proibição da sua recuperação, os Spitfire, conforme iam fazendo as grandes revisões nas OGMA, alteravam o esquema de pintura anterior, passando as superfícies superiores para verde-azeitona e as inferiores para cinzento-céu. Ostentavam a Cruz de Cristo, sobre círculo branco, no extradorso da asa esquerda, no intradorso da asa direita e nos lados da fuselagem. As cores nacionais, sem escudo, estavam colocadas em rectângulo nos lados do estabilizador vertical. Os números de matrícula apareciam unicamente no estabilizador vertical, sobre as cores nacionais, em algarismos brancos.
O último registo de que há conhecimento refere que o Spitfire número 49 realizou o último voo em 1 de Março de 1955, o que, no entanto, não garante que tenha sido o último voo dos magníficos “Spit” em Portugal.
Lamentável é o facto de não se ter preservado para a posteridade um único dos muitos Spitfire Mk V que operaram em Portugal. O Museu do Ar tem em exposição um Supermarine Spitfire Mk IX, um modelo não utilizado em Portugal, cedido pela República da África do Sul.
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FICHA DA AERONAVE
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- ANO DO PRIMEIRO VOO: 1936
- PAÍS DE ORIGEM: Reino Unido
- PRODUÇÃO: 20351 unidades em cerca de 40 diferentes versões
- PAÍSES OPERADORES: Reino Unido, EUA, Austrália, Bélgica, Burma, Canadá, República da China, Checoslováquia, Dinamarca, Egito, França, Alemanha, Grécia, Hong Kong, Índia, Indonésia, Irlanda, Israel, Itália Holanda, Nova Zelândia, Noruega, Paquistão, Polónia, Portugal, Rodésia do Sul, África do Sul, União Soviética, Suécia, Síria, Tailândia, Turquia, Jugoslávia.
- VARIANTE: Mk Vb
- FUNÇÃO: Caça
- TRIPULAÇÃO: 1
- MOTOR: 1 x Rolls-Royce Merlin 45
- PESO VAZIO: 2911 (kg)
- PESO MÁXIMO NA DESCOLAGEM: 2267 (kg)
- COMPRIMENTO: 9,12 (m)
- ENVERGADURA: 11,22 (m)
- ALTURA: 3,43 (m)
- VELOCIDADE MÁXIMA: 602 (km/h)
- RAIO DE COMBATE: 756 (km)
- TETO MÁXIMO: 11125 (m)
- FIXO:
2 x canhões Hispano Mk II de 20 mm com 60 tiros cada
4 x metralhadoras Browning Mk II de 7.7 mm com 350 tiros cada
ou
8 x metralhadoras Browning Mk II de 7.7 mm com 350 tiros cada (versão Mk Va, asa tipo A)
4 x metralhadoras Browning Mk II de 7.7 mm com 350 tiros cada
ou
8 x metralhadoras Browning Mk II de 7.7 mm com 350 tiros cada (versão Mk Va, asa tipo A)
- CARGA BÉLICA:
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DESENHOS
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FONTES
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- K5054.com #O primeiro prototipo do Spitfire#
- Historyofwar.org # Spitfire #
- En.wikipedia.org #Supermarine Spitfire (early Merlin powered variants)
- En.wikipedia.org #Supermarine Spitfire (late Merlin powered variants)
- En.wikipedia.org #Supermarine Spitfire (Griffon powered variants)
- En.wikipedia.org #List of Supermarine Spitfire operators #
- Strijdbewijs.nl #Spitfire#
- Spitfiresite.com #Concise guide to spitfire wing types#
- Airwar.ru #Spitfire#
- Spitfiresite.com
- Altimagem.blogspot.pt
REVISÕES E RECURSOS ADICIONAIS
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- Publicação e Revisões
# Revisto em 2016-09-18#
# Publicado em 2015-04-15 #
- Recursos Adicionais
O Spitfire (Documentário da BBC)
- Comparação das principais versões
Mk I
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Mk V
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F.Mk IX
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Mk XIV
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Motor
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Merlin II ou III
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Merlin 45, 46, ou 50
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Merlin 61 ou 63
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Griffon 65 ou 66
|
Potência (cv)
|
990
1030
|
1440 (45)
1190 (46) 1230 (50) |
1560 (61)
1690 (63) |
2035cv
|
Envergadura (m)
|
11, 23
|
11,23
|
11, 23
|
10,92
|
Comprimento (m)
|
9,12
|
9,12
|
9,58
|
9,96
|
Peso vazio (Kg)
|
2182
|
2297
|
2545
| |
Peso máximo (Kg)
|
2812
|
3062
|
3402
|
3800
|
Tipo de asa
|
“a”
|
“a”, “b”, “c”
|
“c” ou “e”
|
“c” ou “e”
|
Teto máximo (m)
|
9700
|
11270
|
13100
|
13100
|
Velocidade (Km/h)
|
582
|
593
|
657
|
706
|
Taxa de subida (m/min)
|
771
|
1447
|
1250
|
1395
|
Fonte:En.Wikipedia.org
- Produção por versão e local
Variante/Mark
|
Construtor
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Unidades produzidas
|
Notas / Data da produção da primeira aeronave
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Protótipo
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Supermarine
|
1
|
K5054, realizou o primeiro voo em 5 de maio de1936
|
IA, IB
|
Supermarine, Westland
|
1567
|
Primeiro Spitfire de serie (K9787), voou a 14 de maio de 1938.
|
IIA, IIB
|
Castle Bromwich
|
921
|
Primeiro Spitfire construído em Castle Bromwich (P7280), junho de 1940.
|
III
|
Supermarine
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2
|
(N3297) convertido de um Mk I, (W3237) convertido d e um Mk V
|
VA, VB, VC
|
Supermarine, Castle Bromwich, Westland
|
6487
|
Primeiro Mk Vb, (P8532) junho de 1941
|
VI
|
Supermarine
|
100
|
Primeiro Mk VI ( AB136) dezembro de 1941
|
F VII, H.F VII
|
Supermarine
|
140
|
Primeiro Mk VII, setembro de 1942
|
F VIII, L.F VIII
|
Supermarine
|
1658
|
Primeiro Mk VIII, 11 de novembro de 1942
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F IX, HF IX, LF IX
|
Supermarine, Castle Bromwich
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5656
|
Primeiro Mk IX (BR581) junho de 1942
|
PR X
|
Supermarine
|
16
|
Primeiro Mk X, maio de 1944
|
PR XI
|
Supermarine
|
471
|
Primeiro Mk XI, novembro de 1942
|
XVI
|
Castle Bromwich
|
1054
|
Primeiro Mk XVI, Outubro de 1944
|
F Mk XII
|
Supermarine
|
100
|
Primeiro Mk XII, 13 de outubro de 1942
|
F Mk XIV, FR Mk XIV
|
Supermarine
|
957
|
Primeiro Mk XIV (RB142) 28 de outubro de 1943
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F Mk XVIII
|
Supermarine
|
300
|
Primeiro Mk XVIII, junho de 1945
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PR Mk XIX
|
Supermarine
|
224
|
Primeiro Mk XIX (RM626), maio de 1944
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F Mk 21
|
Castle Bromwich
|
120
|
Primeiro Mk 21 (LA187), 27) de janeiro de 1944
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F Mk 22
|
Supermarine, Castle Bromwich
|
287
|
Primeiro Mk 22, março de 1945
|
F Mk 24
|
Supermarine
|
54
|
Primeiro Mk 24, março de 1946
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Fonte:En.Wikipedia.org