Bloch MB.150

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O Bloch MB.150 foi o primeiro de uma família de caças originalmente desenvolvidos em França pela Société des Avions Marcel Bloch em resposta a um concurso de 1934 do ministério ar, posteriormente construído pela Société Nationale des Constructions Aéronautiques du Sud-Ouest (SNCASE), após a nacionalização da industria aeronáutica francesa.
Durante o período em que operou no inicio da Segunda Guerra Mundial, demonstrou ser uma aeronave robusta, e estável como plataforma de armas, no entando possuia um raio de combate demasiado curto, uma baixa taxa de subida, e um armamento deficiente (embora poderoso era pouco confiável). Mesmo assim, os MB.151/152 alegam ter destruído 190 aviões inimigos com apenas 86 perdas durante os primeiros dias da batalha de França.
Após o armistício, seis esquadrões de MB.150 continuaram a voar sob o regime de Vichy, mas até 1942 foram totalmente retirados da frente de combate, substituídos pelos Dewoitine D.520.
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GALERIA

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Bloch MB.150
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Bloch MB.151
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Bloch MB.151
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Bloch MB.152
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Bloch MB.155
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Bloch MB.157
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HISTÓRIA

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Em junho de 1934, o Serviço Técnico Aeronáutico da Força Aérea Francesa emitiu um requisito para um caça monoplano moderno, com o qual pretendia substituir os, então operacionais, Dewoitine D.371 , Dewoitine D.500 e Loire 46..

Em resposta a Société des Avions Marcel Bloch, com uma equipa de projetistas lidera por Maurice Roussel desenvolveria um projeto de um monoplano de asa baixa e construção em metal, alimentado por um motor radial Gnome-Rhone 14N de 850cv.

O protótipo MB.150.01 foi concluído no inicio de 1936, mas foi incapaz de a levantar voo durante os primeiros testes e por isso o concurso foi ganho pelo concorrente Morane-Saulnier MS.405.

Bloch MB.151
Apesar disso, e após dispensar o seu projetista chefe, Marcel Bloch retomou o trabalho no projeto e em outubro 1937 após a instalação de um novo motor e asas maiores, o MB.150 faria finalmente o voo inaugural, no qual a aeronave provou ser suficientemente interessante para justificar um maior desenvolvimento. 

No início de 1938, já após a nacionalização da indústria aeronáutica francesa, a então designada SNCASE (Société Nationale des Constructions Aéronautiques du Sud-Ouest), apresentou um novo protótipo com um pequeno aumento na extensão da asa e instalação de um motor Gnome-Rhône 14N-7 de 890cv.

Quando os ensaios foram concluídos, no final da Primavera de 1938, o Ministério do Ar formalizou a encomenda para um lote de 25 aeronaves de pré-produção. No entanto com o inicio da produção o MB.150 veio a mostrar ser completamente inadequada para a produção em massa o que levaria à sua reformulação para a versão MB.151. A fuselagem, as asas, e superfícies de controlo, totalmente em metal, foram redesenhadas, e foi instalado um novo armamento, mais pesado, composto por dois canhões Hispano-Suiza HS.404 de 20mm com 60 projeteis cada, e duas metralhadoras MAC 1934 M39 de 7,5mm com 500 projeteis cada.

Bloch MB.152
Porém, mais uma vez, o MB.151 ficaria aquém das expectativas e por isso Marcel Bloch voltou a redesenhar e aperfeiçoar o projeto com a produção do MB.151 ainda no início. A versão revista e aperfeiçoada, MB.152, dispunha de um motor Gnome-Rhône 14N-25de 1050cv (potência superior em 200cv) e asas de maior envergadura. Entraria em produção no inicio de 1939, mas, problemas com o arrefecimento do motor tornaram necessário rever a sua carenagem, que teve como consequência o aumento do arrasto e um menor desempenho que o demonstrado nos testes com o protótipo.

Quando a invasão alemã começou em maio de 1940, 363 MB.152 estavam ao serviço, mas apenas 80 tinha recebido todas as modificações ou equipamentos necessários para os tornar operacionais para combate. A maioria não dispunha de hélice e a mira das armas estava por instalar.

O prevendo a necessidade de utilizar diferentes motores foram sendo desenvolvidos os protótipos MB.153 e MB.154, concebidos como bancos de ensaio para adaptação de motores americanos. Destes projetos, apenas o primeiro teria um protótipo concluído, equipado com um motor Pratt & Whitney R-1830 Twin Wasp de 1.050cv. No entanto, quando este prototipo se despenhou,  durante os ensaios, esta linha de desenvolvimento da aeronave cessou.

Bloch MB.155
Em vez disso, a atenção deslocou-se para o aumento do raio de ação do MB.152, conseguido movendo o cockpit para a retaguarda, a fim de abrir espaço para um novo tanque de combustível. Outras modificações incluíram uma asa ligeiramente mais fina, e aerodinâmica revista, com cuidade especial para a carenagem em torno do motor. O armamento foi aumentado para dois canhões e quatro metralhadoras.

O resultado, foi a versão MB.155, que demonstrou um desempenho superior às anteriores em testes de voo. Com a batalha de França em curso, a produção foi iniciada de imediato, mas, quando em junho de 1940 a França assinou a rendição, apenas 10 aeronaves tinham sido concluídas. As restantes 25, na linha de produção, foram concluídas e entregues ao governo de Vichy, nos termos do armistício. 

Bloch MB.152, GC III/9, Armée de l'Air, Vichy, 1941
O último desenvolvimento, o MB.157 que utilizaria um potente motor Gnome-Rhône 14R-4 de 1580cv, estava inacabado no momento do armistício, tendo o protótipo sido concluído e testado sob supervisão alemã. Os testes de voo demonstraram um excelente desempenho, atingindo uma velocidade de 710 Km/h, e atingindo os 8000 metros de altitude em 11 minutos, porém o único protótipo acabaria por ser destruído num ataque aéreo aliado depois da sua transferência para Orly por exigência da Luftwaffe.

Os MB.151 e MB.152 equiparam nove grupos de caça (GC-Groupe de Chasse) durante a Batalha da França , mas foram em grande parte superados pelo mais rápido MesserschmittBf 109E. Seis desses grupos continuaram a voar na Força Aérea Francesa de Vichy até esta foi dissolvida em 1 de Dezembro de 1942. As aeronaves acabaram por ser vendidas pela Alemanha aos seus aliados, Romenos, tendo 9 aeronaves sido exportadas para a Grécia, onde voaram com o esquadrão de caça 24ª Moira Dioxis da Real Força Aérea Grega, em Elefsina contra os italianos e alemães, marcando várias vitórias até 19 de abril de 1941.

Bloch MB.152, ao serviço da Luftwaffe
Durante a Segunda Guerra Mundial, aos Bloch MB.151 e MB.152, foram creditadas a destruição de 188 aviões inimigos (entre vitórias confirmadas e prováveis), contra a perca de 86 dos seus próprios. A aeronave provou ser, capaz de suportar consideráveis ​​danos em combate, e ser uma boa plataforma de tiro, apesar da fraca agilidade, e armamento pouco confiável (as armas encravavam com frequência devido ao gelo).

Em 1944, vários MB.152 sobreviventes, foram recapturados por tropas aliadas num aeródromo no sul da França. Depois de testados e avaliados em voo, foram equipados com motores americanos mais potentes, pintando com as cores da França Livre e voltaram a ser usados contra os últimos “restos” da Luftwaffe.

No total foram construídas 661 aeronaves excluindo os protótipos (482 MB.152, 144 MB.151 e 35 MB.155).

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FICHA DA AERONAVE
GERAL:
  • ANO DO PRIMEIRO VOO: 1937
  • PAÍS DE ORIGEM: França
  • PRODUÇÃO:  661 unidades
  • PAÍSES OPERADORES: França, Grécia, Polónia, Roménia, Alemanha
ESPECIFICAÇÕES DE VARIANTE 
  • VARIANTE: MB.152C1
  • FUNÇÃO:  Caça
  • TRIPULAÇÃO:  1
  • MOTOR:  1 x Gnome-Rhône 14N-25 de 1050cv
  • PESO VAZIO: 2158 (kg)
  • PESO MÁXIMO NA DESCOLAGEM:  2800 (kg)
  • COMPRIMENTO: 9,10 (m)
  • ENVERGADURA: 10,55 (m)
  • ALTURA: 3,03 (m)
PERFORMANCE
  • VELOCIDADE MÁXIMA:  509 (km/h)
  • RAIO DE COMBATE: 600 (km)
  • TETO MÁXIMO:  10000 (m)
ARMAMENTO
  • FIXO: 
2 x canhões Hispano-Suiza HS.404 de 20 mm com 60 tiros cada

2 x metralhadoras MAC 1934 M39 de 7,5 mm com 500 tiros cada

  • CARGA BÉLICA:

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PERFIL
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DESENHOS
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FONTES
REVISÕES E RECURSOS ADICIONAIS
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    • Publicação e Revisões
    # Revisto em 2018-10-03 #
    # Publicado em 2015-05-31 #
    • Recursos Adicionais