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GALERIA
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HISTÓRIA
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- A origem da aviação agrícola
Atualmente (2019), os EUA possuem a maior frota aeroagrícola mundial com aproximadamente 3600 aeronaves (84% aviões e os restantes helicópteros), operadas por 3385 pilotos em 1560 empresas especializadas. Anualmente estas aeronaves pulverizam aproximadamente 38,85 milhões de hectares de culturas, utilizando mais de 65% de todo o agroquímico utilizado no sector agrícola Norte-americano.
Huff-Daland, Biplano militar de instrução adaptado para uso na agricultura |
Em 1923 foi criada nos EUA a primeira empresa aérea de pulverização de produtos químicos agrícolas, a Huff-Daland Dusters Incorporate. Nos anos seguintes, esta e outras empresas especializadas, começaram a utilizar antigas aeronaves militares de instrução como o De Havilland DH-48 precariamente adaptadas á função de pulverização de agroquimicos.
Huff-Daland Duster |
É após o final da Segunda Guerra Mundial que se dá a verdadeira explosão da aviação agrícola nos EUA, que levou em primeiro lugar ao aperfeiçoamento dos equipamentos de aplicação, primeiramente devido ao grande desenvolvimento da agricultura e as necessidades do controle fitossanitário e também pelos problemas de infestação de gafanhotos, malária e incêndios florestais. Muitos pilotos de caça, depois da guerra, tornaram-se pilotos agrícolas, pilotando nessas tarefas aeronaves Stearman e Piper J3 (cerca de 4.000 unidades do Stearman foram convertidas para trabalhos agrícolas).
As condições de voo destas aeronaves eram no entanto bastante precárias:
"(...) nos anos 50 (...) voávamos em Stearmans de cockpit aberto, sem indicadores de velocidade, e com uma placa de plástico, plana, de 4 polegadas, a servir de para-brisas. Desenvolvíamos forte musculação no pescoço segurando a cabeça contra o vento."
(Jim Newman, referindo-se ao trabalho de crop-dusting)
- Os primeiros aviões agrícolas especializados
Texas A&M AG-1 e um dos seus criadores Fred E. Weick , 1950 |
A Transland Aircraft, divisão da Hi-Shear Rivet Tool Company, fabricante, desde o início dos anos 50, de equipamentos para a aviação agrícola construiu em 1953 o AG-1, seguido em 1956 do AG-2, utilizando componentes do avião de instrução Vultee BT. Em 1958, a Grummam começou a produzir o seu Ag-Cat (entre 1959 e 1993, foram fabricados 2.646 aeronaves agrícolas Ag-Cat), a Piper, após o sucesso dos Piper J3 e dos Piper Cub, disponibiliza a partir de 1957 o PA-25 Pawnee e de 1972 o PA-36 Pawnee Brave (entre 1957 e 1981 produziria 5167 aeronaves).
Snow S-2A, N9452R, 1961 |
A sua empresa, a Snow Aeronautical, produziu mais de 2000 aeronaves agrícolas até 1965, altura em que foi integrada na Aero Commander, posterior subsidiária da North American Rockwell General Aviation Division, da qual Leland Snow se tornou Vice-Presidente.
Como vice-presidente da Aero Commander, Snow impulsionou o desenvolvimento do S-2R, comercializado como Ag Commander S-2 Thrush, e transferiu a produção para Albany (Georgia), até se demitir em 1970 para criar uma nova empresa, a Air Tractor Inc. que dois anos depois começou a produzir o Air Tractor AT-300.
- Os aviões Air Tractor
O AT-300 era largamente baseado no anterior S-2R, pelo que o desenvolvimento foi rápido. Foi iniciado em janeiro de 1971, a construção do protótipo começou em agosto de 1972, e a aeronave fez seu primeiro voo em setembro de 1973.
Air Tractor AT-300 |
O protótipo era motorizado por um motor radial de 9 cilindros Pratt & Whitney R-985, mas as aeronaves de produção (AT-301), foram motorizadas com um Pratt & Whitney R-1340 de 600cv.
Em 1977 começou a ser produzido o AT-302, que possuía um motor de turboélice Avco Lycoming LTP101-A1A de 600cv (as versões com motores alternativos terminavam em 1 e as com motor turboélice em 2).
Air Tractor AT-402 |
O modelo AT-400 é, no geral, semelhante ao anterior AT-300, tornando-se base para um conjunto de sub-variantes posteriores que divergem entre si fundamentalmente pelo motor usado, maior ou menor capacidade do tanque de produtos químicos e maior ou menor envergadura.
Atualmente, os modelos AT-401, com motor de pistão e AT-402, com motor turboélice são ainda produzidos.
Em meados dos anos 80 é introduzido o modelo AT-500, uma versão melhorada do seu antecessor AT-400 mantendo a mesma gama de motores, mas uma fuselagem de design significativamente modificado e de maior comprimento que permitiu a instalação de um tanque de 1900 litros (500 galões) entre o motor e o cockpit em vez de atrás como os seus antecessores. Possibilitou também que a aeronave pudesse ser oferecida com um ou dois assentos em tandem ou lado a lado.
Air Tractor AT-502A |
No final da década de 1980, o crescimento da procura de aeronaves agrícolas de maior capacidade coincidiu com um aumento na procura de aeronaves de combate a incêndios. Com o intuito de responder ao mercado, Leland Snow começou a projetar uma nova aeronave com maior capacidade e consequentemente, de maiores dimensões e um grupo motopropulsor mais potente. O desenvolvimento do AT-800 começou em 1989 e em outubro do ano seguinte, o primeiro de dois protótipos realizava o teste de voo inicial.
O tamanho e massa da aeronave, que possuía dois tanques para agroquímicos entre o motor e a cabina com capacidade para 3070 litros (820 galões) um mais pequeno atrás da cabina, obrigou os projetistas a planear o uso do mais potente dos motores da família do PTA6, padrão usado nos Air Tractor, o turboélice Pratt & Whitney PT6A-67AG de 1350cv. A hélice usada nas versões anteriores foi mantida, uma Hartzell reversível de cinco pás e velocidade constante.
Air Ttractor AT-802 modificado com tanque de 4000 litros para transporte de combustivel no Norte do Canadá |
O AT-602 é equipado com um dispositivo de pulverização de liga de alumínio com 44 bocais, além de uma abertura de descarga de 0,97 m de largura, que pode ser usada para descarregar água durante a extinção de incêndios.
- Os aviões Thrush
No mesmo ano em que Leland Snow saiu (1970), a Rockwell dissolvia a sua divisão Aero Commander.
Ayres S-2R Thrush |
Após a aquisição, a Ayres desenvolveu a versões de dois lugares e a versão turboélice do Thrust Commander (S2R-T) e, em 1989, uma versão especial armada, para operações antidrogas na América do Sul, o Thrust Commander V-1A Vigilante. Alguns desenvolvimentos mal sucedidos e a quebra nas vendas conduziu a empresa à falência em 2001.
Em junho de 2003, Payne Hughes comprou os ativos da extinta Ayres Corporation e sob a sua liderança, a equipa, os recursos e a linha de produtos da empresa foram renovados, para finalmente, a enorme instalação de produção ressurgir como Thrush Aircraft, Inc.
Rockwell S2R(T) Turbo Thrush Commander |
Atualmente a Thrush produz em Albany cinco modelos de aeronaves agrícolas com células visualmente semelhante cuja principal distinção é grupo motopropulsor, a capacidade dos tanques de agroquímicos e as dimensões da envergadura e fuselagem, que proporcionam às aeronaves diferentes características de voo e capacidades. Os modelos da serie 510 possuem um tanque de 1930 litros (510 galões), e podem ser motorizados por turboélices, General Electric H80 (510G), Honeywell TPE 331 (510GR), ou Pratt & Whitney Canada PT6A-34 (510P). O Modelo 550P é motorizado por um Pratt & Whitney Canada PT6A-60AG e possui uma capacidade para 2081 litros (550 galões) de agroquímicos e o modelo 710P possui a maior capacidade, 2867 litros (710 galões), necessitando por isso de um potente motor Pratt & Whitney Canada PT6A-65AG.
Thrush 710P |
A cabina de pilotagem (dupla, por opção), oferece ao piloto (e observador) uma excelente visibilidade e o painel de instrumentos digital MVP-50T da Electronics International (padrão em todas a aeronaves Thrush), com um monitor de grandes dimensões a cores, permite monitorizar todos os parâmetros de desempenho e manter uma excelente perceção situacional.
- Aeronaves agrícolas produzidas fora dos EUA
PZL M-15 Belphegor |
Um desses fabricantes foi a polaca WSK PZL Mielec ( Polskie Zakłady Lotnicze), cuja origem remonta à inicio da segunda guerra mundial.
A fábrica PZL localizada em Mielec, foi tomada pelos alemães durante a guerra e usada para produzir aeronaves Heinkel e Junkers. Finda a Guerra a fabrica passou para a posse do estado polaco sob a denominação Państwowe Zakłady Lotnicze (PZL) sendo em 1949 renomeada para WSK (Wytwórnia Sprzętu Komunikacyjnego), que a partir de 1950 se tornou uma empresa de construção aeronáutica de referencia no Leste europeu produzindo sob licença vários tipos de aeronaves de combate incluindo MiG-15 e MiG-17 (Lim-1 e Lim-5).
PZL Mielec M-18 Dromader, FA Grega |
O PZL M-18 Dromader foi projetado usando os mesmos elementos estruturais da aeronave americana Rockwell Thrush-Commander, sendo alimentado por um motor de nove cilindros PZL ASZ-621R de 1000cv. A produção do modelo M-18 foi iniciada em setembro de 1978, em 1984 é lançada a versão M-18A, e em 1988 é iniciada a produção da versão de instrução M-18AS de cabine dupla mas um tanque de agroquímicos mais reduzido. A partir de 1985 são construídos vários protótipos (M-24 Super Dromader com motor radial Shvetsov ASh-62IR e o M-24T com um motor turboélice Pratt & Whitney PT6A-45AG), a que se seguiu o M-18B, uma versão modernizada com motor radial de 9 cilindros PZL Kalisz ASz-621R que surge em 1993. A versão turboélice M-18/T45 Dromader foi certificada em abril de 1986.
PZL-106A Kruk, 2013 |
No Brasil, um dos países, que na atualidade, mais aeronaves agrícolas utiliza, a Embaer produz desde 1973 o Embraer EMB-200 Ipanema desenvolvido em finais da década de 1960 pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica. As versões atualmente em produção, o EMB-200A e o EMB-203 possuem um deposito para 950 litros de agroquímicos, uma envergadura de 11,07 metros e um grupo motopropulsor baseado num motor Lycoming IO-540 de 320cv com uma hélice Hartzel de três pás de velocidade constante, com a particularidade de consumir Etanol.
Embraer EMB-200 Ipanema |
A aviação agrícola brasileira tinha no início de 2019, 2194 aeronaves, a segunda maior força aérea agrícola do planeta, atrás apenas da norte-americana, que possui cerca de 3600 aeronaves (85% aviões e 15% helicópteros), segundo a Associação nacional de Aviação Agrícola dos Estados Unidos (NAAA).
Grumman Schweizer G-164 Ag-Cat |
Os atuais modelos, diferenciam-se fundamentalmente pelo grupo motopropulsor. A versatilidade da célula permite a sua adaptação a motores tão diversos como o Wright R-1820-202, o Pratt & Whitney R-985, o Pratt & Whitney R-1340 ou os turboélices Pratt & Whitney PT6A, ou Garrett TPE331-1-101.
- Modelos de combate a incêndios
Air Tector AT-802, pulverizando com solvente um derrame de petroleo no Golfo do México |
Os aviões agrícolas pesados, pelas suas características, tornaram-se nas aeronaves mais facilmente adaptáveis à função, exigindo para o efeito apenas um, mais ou menos reduzido, conjunto de modificações.
Air Tractor AT-802F |
É motorizado por um turbo-hélice Pratt & Whitney PT6A-67AG e dispõe de um tanque com capacidade para 3100 litros de água ou retardante cujas comportas hidráulicas são controladas eletronicamente (Air Tractor Computerized Firegate), para uma maior precisão e otimização do lançamento, permitindo ao piloto definir a quantidade e duração da largada de água. O seu sistema de dispersão de retardante de segunda geração FRDS (Gen II Fire Retardant Dispersal System), é considerado um dos mais avançados atualmente em uso.
Air Tractor AT-802 Fire Boss |
Quando desnecessário no combate de incêndios o AT-802F pode sem qualquer operação técnica especializada, voltar às suas tarefas primária como aeronave de pulverização agrícola.
Em 2003 foi certificado o Fire Boss, a versão anfíbia do Air Tractor AT-802F, equipada com flutuadores Wipline 10000 produzidos pela Wipaire,Inc., uma empresa norte americana sediada no Minnesota, especializada em flutuadores para aeronaves, cuja atividade remonta á década de 1940.
Air Tractor AT-802 Fire Boss ao serviço da proteção civil portuguesa |
Em janeiro de 2013, existiam 50 AT-802F Fire Boss em operação em todo o mundo e quatro anos depois esse numero tinha, segundo a Air Tractor, aumentado para 80.
- IOMAX S2R-660 Archangel
IOMAX AT-802i BPA, (FA Jordana), armado com bombas GBU-12, e com sensores ISR do sistema MX-15Di num casulo ventral |
Nestas 10 primeiras aeronaves, IOMAX AT-802i BPA block 1, foram integrados apenas sistemas de reconhecimento (ISR), embora fossem também instalados suportes de suspensão para futura integração de sistemas de armamento, nomeadamente misseis AGM 114 Hellfire, antecipando o contrato de fornecimento de 14 aeronaves adicionais, IOMAX AT-802 BPA block 2, contratualizado em, 2011 que previa a instalação de sistemas adicionais de armamento.
IOMAX Thrush S2R-T660 Archangel (2015) |
Em setembro de 2014 os Emiratos contrataram á IOMAX mais 24 aeronaves com capacidades de ataque acrescidas, no seguimento do desenvolvimento que desde 2012 a empresa vinha a fazer a pedido de um cliente não identificado de um novo sistema de armas denominado IOMAX Archangel.
O IOMAX Archangel inicialmente pensado para a plataforma AT-802, acabaria no entanto por ser desenvolvido tendo por base uma plataforma semelhante, o Thrush 710 (S2R-660).
IOMAX Thrush S2R-T660 Archangel |
O IOMAX S2R-660 Archangel block 3 foi projetado como plataforma para operações em altitudes de 3000 a 5000 metros e em faixas de 4 a 22 quilómetros dos alvos, e por isso não está previstos ser equipada com metralhadoras e outras armas de curto alcance. A IOMAX acredita que a probabilidade de sobrevivência de aeronaves de baixa velocidade, como Air Tractor ou Thrush, em operações COIN (Counter-Insurgency) e CAS (Close Air Supor), é muito baixa, e, por isso projetou o Archangel para detetar e destruir pequenos alvos militares, quando o uso de caças ou aeronaves de ataque clássicos for impraticável por razões económicas, ou difícil em termos de eficácia no combate.
IOMAX Thrush S2R-T660 Archangel |
O design da nova aeronave possuía característica diferenciadoras do Thrush 710, incluindo um nariz com perfil mais elegante, raízes e pontas das asas redesenhadas, cockpit de dois lugares em tandem recolocado e alterado para permitir melhor visibilidade e melhores condições de habitabilidade em missões de longa duração, e estabilizador vertical redimensionado.
A aeronave mantem a robustez estrutural que caracteriza o Thrush 710, mas as suas asas são maiores e o motor mais potente, um Pratt & Whitney PT6A-67F, com 1796 ESHP, que movimenta uma hélice de 5 pás.
O trem de aterragem fixo é mantido, o que permite, pela baixa complexidade, reduzir os custos e tempos de manutenção, garantindo a necessária robustez para operar em pistas impreparadas.
Painel de instrumentos do piloto |
No suporte de suspensão da linha central da fuselagem, a aeronave transporta o longo IOMAX Flexbile Pod, com 2.94 metros de comprimento, projetado para abrigar, modularmente, o radar, e os sistemas de ELINT e SIGINT, que incluem um sistema de camaras eletro-ópticas L-3 Wescam MX-15, um data-link Rover para transmissão de dados entre a aeronave a as estações no solo, um designador laser de alvos e um sensor de banda SWIR (Short-wave infrared) com zoom 120x, co o qual pode obter imagens multiespectrais de alta definição. O MX-15 também integra um sistema digital de mapa em movimento AeroComputers UC-5300, que fornece ao piloto dados detalhados sobre o relevo do terreno incluindo a sua altitude.
A cabine de dois lugares em tandem, possui controlos duplos e é equipada no cockpit da frente, com três monitores multifunções a cores de 6 polegadas (MFD) para o piloto, e um HUD (head-up display) SparrowHawk. No cockpit traseiro, o operador de sistemas dispõe de dois monitores multifunções de seis polegadas e um de 17 para os sistemas ISR (Intelligence, surveillance and reconnaissance) e aquisição de alvos.
Painel de instrumentos do operador de sistemas |
A IOMAX possibilita ainda que a aeronave, para melhorar a sua capacidade de sobrevivência, seja equipada com um radar de aviso e aproximação, dispensador de contramedidas chaff e flares, blindagem balística e sistema de comunicação via satélite, no entanto avisa que a aeronave não é adequada para ambientes operacionais onde sejam presentes armas antiaéreas guiadas por radar
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Uma outra caracteristica importante do IOMAX Archangel é a possibilidade das suas asas serem removidas ou montadas em apenas 76 minutos para facilitar o seu transporte. Com as asas desmontadas a aeronave pode ser transportada num Boeing C-17 Globemaster para ser colocada rapidamente num cenário de operação.
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Uma outra caracteristica importante do IOMAX Archangel é a possibilidade das suas asas serem removidas ou montadas em apenas 76 minutos para facilitar o seu transporte. Com as asas desmontadas a aeronave pode ser transportada num Boeing C-17 Globemaster para ser colocada rapidamente num cenário de operação.
- Air Tractor AT-802U
Durante a primeira década deste século como resposta ao programa LAAR (Light Attack/Armed Reconnaissance) da USAF, mas também atendendo ao aumento do mercado potencial de aeronaves ligeiras de reconhecimento e ataque, a Air Tractor desenvolveu uma versão reforçada do seu modelo de maior capacidade, o AT-802, que já tinha sido anteriormente utilizado pelo Departamento de Estado dos EUA em operações de pulverização de herbicidas e desfolhantes sobre os locais de produção de narcóticos identificados na área de intervenção do USSOUTHCOM (United States Southern Command) na America Latina.
Air Tractor AT-802U no Farnborough Air Show 2010 |
O trem de aterragem, fixo, inclui uma roda traseira e grandes rodas principais para permitir operações em pistas não pavimentadas e irregulares e o motor está equipado com filtros de admissão especiais para suportar a operação ininterrupta em condições de poeira.
A cabina de dois lugares em tandem estava equipada com aviónicos desenvolvidos pelas empresas Bendix, King e Garmin.
Air Tractor AT802U, Dubai Air Show, 2013 |
Sendo destinada a missões de apoio aéreo próximo e reconhecimento armado, possuía capacidade para 4000 kg de armamento em seis suportes de suspensão que podia incluir duas metralhadoras Gatling GAU-19/A de três canos de calibre 12,7 mm, casulos de 7 tubos de foguetes M260/Hydra 70, bombas Mk 82 de 227kg (500 libras) , misseis AGM-114M Hellfire II e foguetes DAGR (Direct Attack Guided Rocket).
A aeronave podia ser equipada com o sistema de mira optoelectrónica Lockheed-Martin AN/AAQ 33 Sniper-XR capaz de operar nas faixas visível e infravermelha e dispunha de um sistema de aviso de lançamento de misseis AAR-47/ALE-47 com ativação automática contramedidas.
Utilizando o espaço ocupado pelo compartimento de agroquímicos, a capacidade de combustível foi aumentada para permitir uma autonomia de voo de cerca de 10 horas, e foi adicionado um sistema de fornecimento de oxigénio para permitir voos a alta altitude.
Air Tractor AT-802U |
O protótipo foi exibido no Paris Air Show de 2009, mas, no evento, foi a Iomax que ganhou um lucrativo contrato para o fornecimento de 24 aeronaves Air Tractor AT-802i BPA, aos Emirados Árabes Unidos, destinadas ao patrulhamento aéreo armado de fronteiras. Contrariamente ao esperado estas aeronaves seriam conversões da plataforma básica de aeronaves AT-802 e não da variante militar AT-802U, pois a sua função básica seria a vigilância (ISR).
- L3 AT-802L Longsword (L3 OA-8 Longsword)
Tendo a IOMAX ganho o contrato de conversão e fornecimento de aeronaves aos Emirados Árabes Unidos, a Air Tractor procurou outros parceiro com experiência na integração de sistemas militares para trabalhar sobre o seu AT-802U e o tornar apto a concorrer ao programa Light Attack/Armed Reconnaissance (LAAR, LAS, OA-X ou AT-X) iniciado em 2009.
L3 AT-802L Longsword |
Para tornar o AT-802U numa plataforma capaz de responder aos requisitos do programa OA-X, a L3 adicionou-lhe um glass cockpit certificado de ultima geração com um pacote de aviónicos Garmin G600. O pacote Garmin G600 integra, entre outros, um monitor multifunções duplo primário, um computador de voo, um sistema de referência de atitude e rumo (AHRS), tecnologia de visão sintética (SVT), um sistema de intercomunicação digital e um conjunto L3 de instrumentos de voo digitais de última geração (electronic standby instrument system).
L3 AT-802L Longsword na competição OA-X (no Nevada) |
O AT-802L Longsword pode ser armado com uma vasta variedade de armas de classe 500 libras (até 227 kg), incluindo canhões, bombas guiadas e não guiadas, além de foguetes e mísseis. Os sistemas de armamento para os quais o A-802L foi certificado, para transportar nos seus 11 suportes de suspensão (três sob a fuselagem e quatro em cada asa), incluem misseis AGM-114 Hellfire, bombas de precisão MK-81 GBU-58 Paveway e MK-82 GBU-12, misseis de 70mm Rocketsan Cirit, misseis anticarro UMTAS/Mizrak-U, metralhadoras GAU-19/A Gatling de 12.7 mm ou casulos de 7 tubos de foguetes M260/Hydra 70 .
O conjunto de contramedidas de autoproteção inclui um sistema de aviso de mísseis AN/AAR-47 e o sistema dispensador de contramedidas aéreas AN/ALE-47.
L3 AT-802L Longsword |
Em 2017 a Air Tractor e a L3 anunciaram a participação do AT-802L Longsword na demonstração para avaliação de capacidades para missões de ataque ligeiro e reconhecimento armado em locais austeros ao abrigo do programa OA-X que se realizaria no Verão de 2017 na Holloman AFB , Novo México. As exigências incluíam uma taxa de disponibilidade de 90%, de dia ou de noite, a capacidade para voar 900 horas por ano durante 10 anos, aterrar e decolar em pistas curtas improvisadas, consumo de combustível por 2 horas e meia de voo não superior a 680 quilos, e capacidade de sobrevivência avaliada em função da assinatura infravermelha e visual da aeronave.
L3 AT-802L Longsword |
Participaram nesta avaliação aeronaves tão diversas como, o Embraer A-29 Super Tucano, o Beechcraft AT-6 Wolverine, o Textron AirLand Scorpion, o Leonardo M-346F, BAE Systems Hawk, o Iomax Archangel o Boeing OV-10X, o FMA IA 58 Pucará, o Scaled Composites 151 ARES, o KAI T-50 Golden Eagle, o Boeing/Saab T-7 Red Hawk, o KAI KT-1 Woongbi, o TAI Hürkuş (Free Bird).
- LASA T-Bird
LASA T-Bird |
O T-Bird, uma aeronave mais leve e barata que o Archangel ou Longsword, que embora otimizada para operações de vigilância e reconhecimento de longa duração pode também ser armada para missões de patrulha armada de fronteiras e segurança interna.
A aeronave possui um kit de proteção balística ativa e passiva com blindagem de Kevlar, tanques de combustível autoselantes revestidos de malha de alumínio para minimizar os perigos de explosão explosões e o compartimento do motor protegido com uma blindagem de aço de 4 mm. O cockpit com painéis de vidro balístico de 19 mm à prova de bala abriga dois tripulantes, o piloto na posição dianteira e um operador de sistemas de táticos e de reconhecimento na traseira. O cockpit compatível com óculos de visão noturna (NVG) para permitir operações noturnas.
LASA T-Bird em simples configuração ISR |
O T-Bird é de longe o mais leve dos três aviões similares e, como tal, não pode carregar tanta carga útil, mas o menor consumo de combustível, dá-lhe uma autonomia de voo incomparável de 14 horas quando configurado para ISR apenas com o TR-Pod. A LASA estima que as missões típicas deste tipo de aeronave teriam uma duração média de 6 horas, com uma carga composta por um TR-Pod de reconhecimento, um casulo de foguetes, um casulo de canhões de 23mm, e um casulo de contramedidas eletrónicas (ECM) (em desenvolvimento). O T-Bird esta capacitado para usar armas da NATO ou do antigo bloco oriental nomeadamente casulos de foguetes e de canhões e bombas de queda livre, mas com o objetivo de manter o baixo custo da plataformas, a LASA não a certificou para uso de munições inteligentes.
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FICHA DA AERONAVE
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- ANO DO PRIMEIRO VOO: 2013
- PAÍS DE ORIGEM: EUA
- PRODUÇÃO: ...
- PAÍSES OPERADORES: ...
- VARIANTE: IOMAX Archangel
- FUNÇÃO: Reconhecimento ligeiro armado
- TRIPULAÇÃO: 2
- MOTOR: 1 x Turboélice Pratt & Whitney PT6A-67F
- PESO VAZIO: ...... (kg)
- PESO MÁXIMO NA DESCOLAGEM: 6713 (kg)
- COMPRIMENTO: 11,00 (m)
- ENVERGADURA: 17,40 (m)
- ALTURA: 3,65 (m)
- VELOCIDADE MÁXIMA: 388 (km/h)
- RAIO DE COMBATE: 2500 (km) ou 10horas
- TETO MÁXIMO: 7600 (m)
- FIXO:
n/a
- CARGA BÉLICA:
Até 2177 kg de armamento em seis suportes nas asas. Combinações de até:
12 x mísseis AGM-114 Hellfire; ou
48 x misseis de 70mm Rocketsan Cirit;ou
6 x GBU-12 Paveway II de 500 libras; ou
12 x GBU-58 Paveway II 250 libras
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DESENHOS
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FONTES
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REVISÕES E RECURSOS ADICIONAIS
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- Publicação e Revisões
# Publicado em 2020-01-26 #
- Recursos Adicionais