Nakajima Ki-100 Hien (Tony)

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O Kawasaki Ki-100 foi um de caça utilizado pelo Exército Imperial Japonês na Segunda Guerra Mundial. A designação atribuída pelo exército japonês era " Caça Tipo 5", mas nenhum nome de código foi atribuído pelos aliados até que as 275 células originalmente construídas como Ki-61 fossem modificadas para aceitar um motor radial em substituição do original motor em linha do Ki-61 ( Kawasaki Ha-40) cuja fabrica fora destruída por um bombardeamento da USAAF..
A medida de emergência para adaptar as células sem motor do caça Ki-61-II-KAI a um motor radial Mitsubishi resultou num dos melhores intercetores utilizados pelo exército japonês durante toda a guerra. Combinou uma excelente potência a uma grande capacidade de manobra e, embora o seu desempenho em alta altitude contra os bombardeiros pesados Boeing B-29 Superfortress ​​fosse limitado pela falta de um turbocompressor eficiente,o seu desempenho era melhor do que a maioria dos outros caças japoneses.
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Ano
1945
Pais de Origem
Japão
Função
Caça
Variante
Ki-100 I
Tripulação
1
Motor
1 x motor radial Mitsubishi Ha 112 II, de 1500cv
Peso (Kg)
Vazio
2525
Máximo
3495

Dimensões (m)
Comprimento
8,82
Envergadura
12,00
Altura
3,75

Performance (Km)
Velocidade Máxima
580
Teto Máximo
11000
Raio de ação
2200
Armamento
2 × canhões Ho-5  de 20 mm montada na fuselagem  e 2 × metralhadoras Ho-103  de 12,7 mm nas asas

Países operadores
Japão
Fontes
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GALERIA
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HISTÓRIA
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Problemas com o fornecimento dos motores  Ha-140 do Ki-61 forçaram a Kawasaki a procurar soluções alternativas.

Enquanto isso crescia o numero de fuselagens de Ki-61 construídas e a aguardar  motores ao mesmo tempo que a  IJAAF  (Imperial Japanese Army Air Force) se debatia com uma escassez crónica de aeronaves. Consequentemente em outubro de 1944  foi dada a Kawasaki um prazo de 3 meses para adaptar as fuselagens dos Ki-61 já produzidas a qualquer um dos motores refrigerados a ar disponíveis, tendo-se optado pelo confiável  Mitsubishi Ha112-11 Kinsei de 1.500cv, que foi prontamente disponibilizado. A nova aeronave recebeu o indice Ki-100.

A adaptação não seria fácil, o motor Kinsei era quase duas vezes maior que o espaço disponível na fuselagem do "Hien". Como medida de emergência foi desmantelado um Focke-Wulf Fw-190A-5 existente no japão, para estudar a forma como o seu motor estava montado e ligado à fuselagem que tinha uma dimensão idêntica à do Ki-61. A similitude permitiu que os elementos estruturais que suportavam o motor do Fw-190, pudessem ser facilmente copiados e adaptados à fuselagem do Ki-61. Desta forma foi possível que a 1 de fevereiro de 1945 o protótipo de Ki-100 fizesse o seu primeiro voo (num prazo recorde de 99 dias).  
Dois novos  protótipos foram concluídas em fevereiro e março e os primeiros voos de teste de voo foram suficientes para demonstrar a viabilidade da adaptação, sendo de imediato iniciada a sua implementação as fuselagens Ki-61 disponíveis. A esta rápida decisão não foi alheio o facto de em janeiro de 1945 um bombardeamento dos EUA, ter destruído completamente a fabrica de motores Ha-140 em Akashi, Hyogo.

Até o final de março, mais de trinta novos caças foram concluídos, completamente idênticos ao Ki-61-II-Kai excepto no motor. Até o final de maio, as fuselagens existentes foram utilizadas na produção de 272 Ki-100 I Ko (Ki-100-Ia), e seriam produzidos 118 Ki-100-I Otsu (Ki-100 Ib), modelo de produção.

O novo lutador IJAAF, acabou por ser significativamente melhor em comparação com todos os modelos "Hien", que ele substituiu. Embora a velocidade máxima fosse ligeiramente inferior a do Ki-61 II Kai como o novo caça tinha um peso significativamente menor e a potencia dos motores era semelhante, a sua razão de subida e agilidade sofreram melhorias.

Entre  março e abril de 1945 ensaios comparativos efectuados por experientes instrutores da escola de vôo do exército, opondo o Ki-100 e o Ki-84, que é considerado o melhor caça do exército japonês na época, concluíram que o Ki-100 com um piloto experiente era sempre superior em um duelo.

As características reconhecidas do Ki-100  levaram a que o mesmo fosse seleccionado em março 1945 para ser a base do projecto, designado Ki-100 II, para um caça de alto desempenho em altitude que seria equipado com o motor Mitsubishi Ha-112 II com turbocompressor, e equipada com sistema de injeção de metanol para o pós-combustor. O primeiro protótipo foi construído em maio, os testes demonstraram que a velocidade máxima, a baixas altitudes diminuiu, mas aumentou em altitudes acima dos 8000 metros. Até agosto de 1945, seriam construídos três protótipos e um quarto estava em construção no final da guerra. Nenhum deles terá sido utilizado em combate.  

O novo caça foi usado na defesa do Japão contra os B-29, contra os quais tinham uma utilização   óptima de até cerca de 6000 metros. No entanto, a uma altitude de mais de 10000 m, para onde se refugiavam os B-29 o novo caça era quase inútil. Apesar disso os pilotos do 111º Sentai desenvolveram táticas de ataque aos B-29 em altas altitudes que demonstraram alguma eficácia, nomeadamente o ataque frontal com constantes alterações de curso até atingirem a distância de fogo.
Porém este tipo de manobras só era eficaz quando realizado por pilotos experientes que escasseavam na IJAAF. Os jovens pilotos, inexperientes, quase sempre encontravam a morte quando usavam estas táticas  sob fogo pesado de atiradores americanos. 

Em algumas batalhas aéreas do final da guerra sobre território japonês, o Ki-100 enfrentou com sucesso os P-51D, e os Hellcat dos EUA, o que lhe garantiria o titulo de melhor caça japonês da Segunda Guerra.
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DESENHOS
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PERFIL
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FONTES
VER TAMBÉM
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