Junkers Ju 188 Rache

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O Junkers Ju 188 foi uma versão melhorada do Junkers Ju 88, um dos pilares da Luftwaffe durante a segunda guerra mundial. O seu projeto baseava-se numa cabina de comando alternativa para o Ju 88 que tinha sido parte do projeto original da aeronave em 1936 e cujo primeiro protótipo, designado por Ju 88B voara pela primeira vez em 1940.
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Ano
1943
Pais de Origem
Alemanha
Função
Bombardeiro
Variante
Ju 188E-1
Tripulação
5
Motor
2 x motores radiais BMW 801 D-2
Peso (Kg)
Vazio
9900
Máximo
14500

Dimensões (m)
Comprimento
15,0
Envergadura
22,0
Altura
4,4

Performance (Km)
Velocidade Máxima
499
Teto Máximo
9500
Raio de ação
2190
Armamento
1 × canhão de o MG 151/2020 mm
3 × metralhadoras MG 131 de 13 mm
Até 3,000 kg de bombas
Países operadores
Alemanha
Fontes
Wikipedia.org
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GALERIA
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Ju 188A
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Ju 188A-3
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Ju 188E-1
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Ju 188 G-0
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Ju 188F-1
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Ju 188F-2
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HISTÓRIA
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Desde 1939, o original Ju 88 tinha evoluído consideravelmente, e o Ministério de Ar do Reich (RLM) estava em processo de encomenda para uma "segunda geração" de bombardeiros, projeto conhecido como "Bombardeiro B". Estas razões, levaram a que o RLM, não relevasse o projeto do Ju 88B uma vez que apresentava melhorias marginais relativamente aos Ju 88A em serviço. No entanto, sugeriu ainda assim que a Junkers continuasse o trabalho no protótipo, considerando a utilização do motor radial BMW 139. Este motor seria cancelado algum tempo depois e todos os projetos que o tinham por base, adotaram o mais recente e mais potente BMW 801.
Cabina do Junkers Ju 188

Entretanto a Junkers tinha afetado os seus recurso ao desenvolvimento do Ju 288, no âmbito do concurso do RLM para o bombardeiro B de segunda geração e por isso o projeto do Ju 88B colocado na gaveta. 

Em outubro de 1941 ficou claro que os motores Junkers Jumo 222, que deveriam equipar os “bombardeiros B”, particularmente o Junkers 288, não estariam em condições de ser produzidos em serie em tempo útil e por isso Junkers voltou-se para o Ju 88B, o qual receberia a nova designação de Ju 188 a partir de outubro de 1942. O trabalho sobre a Ju 288 foi reduzido a favor do Ju 188, que, sendo a modificação de uma aeronave existente, levaria muito menos tempo para entrar ao serviço. Para isso contribuiriam também os anos de desenvolvimento para melhorar os Ju 88, melhoramentos esses que seriam também incorporado no primeiro protótipo designado originalmente como Ju 88 V44, (o quadragésimo quarto avião de desenvolvimento), e mais tarde como Junkers Ju 188 V1.

A especificação de RLM para o Ju 188 exigia que fosse capaz de atuar como bombardeiro de nível ou de mergulho, devendo por isso manter os travões aerodinâmicos de mergulho presentes no Ju 88. Deveria também poder ser utilizar motores Junkers Jumo 213 ou motores BMW 801 (série E), instalados num modulo de motor (Kraftei em alemão, ou em inglês power-egg), que permitiria que qualquer motor a ser instalado na linha de produção, consoante a disponibilidade.

Ju 88V-44 (Ju 188V-1)
A alteração mais visível em relação ao Junkers Ju 88 era o cockpit. O nariz escalonado do Ju 88 foi substituído por uma única abóbada que começava sob o nariz, curvava para cima prolongando-se sobre o cockpit, e terminava na posição traseira com uma arma dorsal, dando à nova aeronave o perfil de um girino. Também foram feitas alterações nas asas, aumentando a envergadura em cerca de 92 centímetros, e na empenagem que também foi ampliada.

A versão padrão de bombardeiro teria quatro armas, todas operadas a partir da cabine, um canhão MG 151/20 de 20mm no nariz, uma metralhadora MG 131 de 13mm na torreta dorsal na parte superior da cabine, uma metralhadora MG 131 de 13mm na posição dorsal traseira e uma metralhadora MG131 ou metralhadoras gémeas MG 81Z de 7.92mmm na posição ventral traseira, e poderia carregar 3000kg de bombas, interna e externamente.

Dois protótipos ficaram concluídos em janeiro de 1943, iniciando os testes de voo. A nova aeronave superou o já excelente Ju 88 e a nova cabine mais espaçosa e com melhor visibilidade foi bem recebida, no entanto apresentava uma reconhecida fragilidade, a falta de armas na cauda, que levou a que fossem feitas varias tentativas de conceção para uma torreta traseira, mas sem grande sucesso.

O Ju 188 entrou ao serviço em maio de 1943 no Erprobungskommando 188, uma unidade de teste e em 20 de outubro de 1943 no 6 KG. I. / KG 6 que seria a primeira unidade operacional. Apenas duas unidades de bombardeiros o 2º KG e o 6º KG seriam inteiramente convertidas para o Ju 188, embora a aeronave também tenha sido utilizada pelos 26º KG e 66º KG.
Junkers Ju 188E-1, Rússia, 1944

A produção terminaria em fevereiro de 1945, tendo sido produzidas 1234 aeronaves de serie, (em 1943 174 bombardeiros, e 109 de reconhecimento, em 1944, 434 bombardeiros, e 484 de reconhecimento, e em 1945, 33 de reconhecimento) em cinco versões: 

A versão A-2 (283 unidades construídas) foi a primeira das variantes de produção com motor Junkers Jumo 213A de 1776cv, e sistema de injeção de água e metanol MW 50, que aumentava a potencia nas descolagens para 2241cv. 

A versão A-3 (62 unidades construídas)era a variante de bombardeiro torpedeiro, que podia transportar dois torpedos, um sob cada asa e normalmente dispunha de um radar marítimo FuG 200 Hohentwiel . 

O D-2 (404 unidades construídas)era uma versão de reconhecimento marítimo, sem o canhão frontal, com 3 tripulantes, instalação de várias camaras fotográficas e capacidade extra de combustive. Adicionalmente dispunha de um radar marítimo FuG 200. 

A versão E-1 (263 unidades construídas)seria a aeronave de produção com motor BMW 801 G-2 de 1700cv motor BMW 801 D-2 e G-2. Aeronaves de produção iniciais tinham travões de mergulho, que foram removidos para o final da produção. 

A versão F-1 (222 unidades construídas)era um D-2 de reconhecimento com os motores BMW 801 G-2 da versão E-1. 

Ju 388L-1
Outras versões foram estudadas, com construção de protótipos, mas nenhuma delas chegaria a ser produzida em serie. Foi o caso da versão Ju 188R (3 aeronaves versão E convertidas) caça noturno, que seria um modelo E com um radar e um armamento composto por quatro canhões MG 151/20 de 20mm ou dois canhões MK103 de 30mm. Foram também planeadas versões de alta altitude 188J (caça pesado), 188K (bombardeiro) e 188L (reconhecimento). Destas apenas a versão de reconhecimento seria produzida em série, sendo no entanto redesignada para Junkers Ju 388L. Entre 1944 e o fim da guerra terão sido construídos entre 64 a 176 Ju 388 (os numeros existentes não são precisos), a maioria dos quais da versão Ju 388L de reconhecimento (esta informação também varia consoante a fonte). O Junkers Ju 388 distinguia-se do Ju 188 fundamentalmente por dispor de uma cabina pressurizada e motores radiais BMW 801J de 14 cilindros, desenvolvendo 1810cv.

O Ju 188 apareceu tarde demais para ter qualquer impacto significativo na guerra. Da produção total, 283 aeronaves foram construídas em 1943 e 793 em 1944, altura em que a força de bombardeiros alemã estava praticamente inoperacional, tendo no verão de 1944, desaparecido quase completamente devido à a escassez de combustível causada pelos bombardeamentos aliados e à concentração da Luftwaffe no esforço final de defesa da Alemanha na qual não havia lugar para bombardeiros. Como avião de reconhecimento o Ju 188 teve uma atividade também reduzida pois quando entrou ao serviço as forças Aliadas tinham já o domínio absoluto dos céus da Europa o que deixou a Luftwaffe praticamente “cega” até a efémera entrada ao serviço do jato Arado Ar 234.

No final da guerra a força aérea francesa e o seu braço naval utilizariam um numero indeterminado de Ju 188, capturados e reequipados com motores Arsenal 12H (variante pós-guerra do Jumo 213A), os mesmos do avião anfíbio Nord Aviation 1402 Noroit .


EM PORTUGAL
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FONTES
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