Aeronaves militares portuguesas (Atualidade)

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Decorridos cem anos, a aviação militar em portuguesa vive agora um novo paradigma. Os meio aéreos de que dispõe foram adquiridos em função dos requisitos nacionais e não em função da disponibilidade de países aliados, como aconteceu em muitos momentos do passado. As capacidades existentes encontram-se num patamar nivelado às dos parceiros, embora, obviamente, adequado à dimensão e capacidade económica do país, e com áreas com necessidade de evolução e melhoria. Está interiorizada a necessidade de manter uma força aérea moderna, capaz de proporcionar opções de natureza política válidas no âmbito da defesa militar do país, e como parte integrante da NATO. 
Será, talvez, o momento adequado para repensar a participação da força aérea nas atividades da proteção civil colocando-a num papel mais ativo e interventivo na gestão, por exemplo, dos meios aéreos de combate aos incêndios onde, poderá, e deverá, ter um papel mais relevante dando uso ao conhecimento e capacidades de que já dispõe, e adquirindo novas capacidades uteis nesta área que assume cada vez mais uma importância estratégica para Portugal.

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Aeronave: Aerospatiale Epsilon-TB 30
Período: 1989 - 
Unidade: Força Aérea
Quantidade:18




Percurso em Portugal
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Aeronave: Marcel-Dassault Falcon 50
Período: 1989 - 
Unidade: Força Aérea
Quantidade: 3




Entre 1989 e 1991 a Força Aérea Portuguesa (FAP) recebeu três aviões Dassault-Breguet Falcon 50, atribuindo-lhes atribuiu-lhes as matrículas de 7401 a 7403, modificadas a partir de 1993 para 17401 a 17403.
As aeronaves foram colocados na Esquadra 504, designada por “Linces”, afeta à Base Aérea Nº 6 (BA6), do Montijo, mas, para facilidade das Entidades Governamentais, que são os principais utentes dos Falcon 50, ficou baseada no Aeródromo de Trânsito Nº 1 (AT1), situado no Aeroporto da Portela, em regime de destacamento permanente. 
A sua missão primária, é efectuar o transporte de altas individualidades para os mais variados destinos e para além disso realizar ações humanitárias, transporte de doentes e feridos em estado grave e transporte de órgãos para transplante, missão que exige rapidez e flexibilidade de ação. 
Os Falcon 50 estão inteiramente pintados em branco, com duas linhas paralelas em azul, uma larga e outra estreita, ao longo da fuselagem e também ao longo dos motores. A insígnia da Cruz de Cristo, circunscrita por coroa circular em azul com 60 cm de diâmetro, está colocado no extra-dorso da asa esquerda, no intradorso da asa direita e nos motores laterais. Os rectângulos com as cores nacionais encontram-se nos lados do estabilizador vertical. Os números de matrícula estão inscritos nas asas, com 60 cm de altura, alternando com a insígnia e sobre os retângulos com as cores nacionais, com 15 cm de altura, em algarismos pretos.Por cima das janelas da cabina de passageiros está pintado em azul “Força Aérea Portuguesa”, com letras de 15 cm de altura e uma pequena parte do nariz, em frente da cabina de pilotagem, está pintada em preto anti-reflexo. 
Recentemente, de forma a aumentar a segurança em voo, foram feitas algumas modernizações consideradas vitais no âmbito da aviação do século XXI. Assim, procedeu-se à instalação de diversos sistemas, nomeadamente, TCAS (Traffic Collision Avoidance System), EGPWS (Enhanced Ground Proximity Warning System), CVR (Cockpit Voice Recorder), FDR (Flight Data Recorder) e Transponder com Modo S.

Texto adaptado de "Aeronaves Militares Portuguesas no Século XX" - Adelino Cardoso - Edição ESSENCIAL, Lisboa, 2000.
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Aeronave: Dassault-Dornier Alpha-Jet
Período: 1993 – 2018
Unidade: Força Aérea
Quantidade: 50

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Os 50 Alpha-Jet da Força Aérea Portuguesa (FAP) foram fornecidos pela Força Aérea Alemã, como uma das contrapartidas pela utilização da Base aérea de Beja, sendo provenientes das Bases de Furstenfeldbruck e Oldenburg. Foram recebidos de uma forma faseada, num processo que decorreu entre Setembro e Dezembro de 1993. Da frota recebida, apenas 40 aviões estavam em condição de voo, sendo os restantes 10 destinados ao fornecimento de peças sobressalentes. 
A cerimónia de entrega oficial decorreu em 16 de Dezembro de 1993 com a presença dos Ministros da Defesa de Portugal e Alemanha, na Base Aérea Nº 11 (BA11), em Beja, a partir de onde estava previsto que as aeronaves operassem. Para o efeito as aeronaves integraram duas esquadras, a Esquadra 103 de instrução e a Esquadra 301 de ataque
A Esquadra 103 fora transferida da Base Aérea Nº 5 (BA5), de Monte Real, para a BA11 em Janeiro de 1987, então equipada com os Lockheed T-33 e os Northrop T-38, tendo os primeiros sido desativados em 1990 e os segundos em Junho de 1993, passando a esquadra a operar os Alpha-Jet a partir de Outubro de 1993, tendo como missão a instrução complementar de pilotagem em aviões de combate e conversão operacional, que assentava essencialmente em cinco cursos:
  • Curso de Instrução Complementar de Pilotagem em Aviões de Combate;
  • Programa de Qualificação no Avião;
  • Programa de Conversão Operacional;
  • Programa de Adaptação ao Avião;
  • Curso de Instrutores de Combate.
A Esquadra 103 era a sucessora da Esquadra de Instrução Complementar de Pilotagem em Aviões de Caça (EICPAC), formada na Base Aérea Nº 2 (BA2), Ota, em 1955, enquanto que a Esquadra 301 «Jaguares», estivera colocada na Base Aérea Nº 6 (BA6), no Montijo, até Junho de 1993, operando os Fiat G-91, tendo como missão o apoio aéreo ofensivo. A Esquadra 301 é a representante portuguesa nos NATO Tiger Meet, a reunião anual das esquadras de apoio tático atribuídas à NATO que têm o tigre como símbolo comum.
A FAP atribuiu aos Alpha-Jet as matrículas de 15201 a 15250, inaugurando o sistema de matrículas implementado em 1993, tendo as aeronaves sido sujeitas a diversos melhoramentos, no sentido de as dotar de equipamentos eletrónicos modernos que lhes permitissem atuar com eficiência.
Os Alpha-Jet foram recebidos com dois tipos de pintura camuflada, uns, com as superfícies superiores em verde-azeitona e cinzento-escuro, separadas por retas quebradas, e as superfícies inferiores em cinzento claro, e outros inteiramente em dois tons de verde-azeitona, com as linhas de contacto irregulares.
Estas pinturas foram mantidas até se proceder à uniformização segundo o padrão da FAP, inteiramente camuflados (wrap-around) em castanho (FS 30.129) e dois tons de verde (FS 34.079 e FS 34.102). A Cruz de Cristo, em dimensões reduzidas, sobre círculo branco, foi colocada nos lados da fuselagem e a bandeira nacional, sem escudo, foi colocada em ambos os lados do estabilizador vertical, com os números da matrícula por cima em algarismos pretos.
Ao serviço da Esquadra 301 Jaguares os Alpha-Jet atingiram, em Setembro de 2005, 20.000 horas de voo realizando em Novembro, o último voo operacional em missões de apoio aéreo próximo, interdiçã e reconhecimento aéreo tático, sendo substituídos na missão de apoio aéreo ofensivo pelos General Dynamics F-16 que integraram a Esquadra 301, entretanto transferida para a Base Aérea Nº 5 (BA5), em Monte Real. 
Em 2012 apena seis Alpha-Jet, atribuídos à Esquadra 103, estavam em operação, limitados às funções de instrução, tendo a frota atingido em setembro as 50.000 horas de voo ao serviço da FAP.
Em janeiro de 2018 os últimos Alpha-Jet da FAP ainda operacionais foram retirados de serviço, pondo fim a uma atividade operacional que se prolongou por 24 anos. 
Para a história, o Alpha-Jet deixa um legado, não só em missões de apoio aéreo próximo mas, acima de tudo nas missões de instrução avançada de pilotagem e conversão operacional para aviões de combate, bem como demonstrações aéreas com as patrulhas acrobáticas Parelha da Cruz de Cristo e Asas de Portugal.

Texto parcialmente adaptado de "Aeronaves Militares Portuguesas no Século XX" - Adelino Cardoso - Edição ESSENCIAL, Lisboa, 2000.
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Aeronave: Westland Mk 95 Super Lynx
Período: 1993 - 
Unidade: Força Aérea
Quantidade: 5



Percurso em Portugal
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Período: 1994 -
Unidade: Força Aérea
Quantidade: 45

F-16A OCU
F-16B OCU
F-16AM


A entrega oficial dos 20 primeiros F-16 à FAP aconteceu em 21 de Fevereiro de 1995, na Base Aérea Nº 5. Tratavam-se de 17 F-16A Block 15 OCU (monolugares) e 3 F-16B Block 15 OCU. Os níveis operacionais atingidos permitiram a participação portuguesa no âmbito da NATO no conflito da ex-Jugoslavia, ainda em 1999.
A rápida evolução dos requisitos operacionais dos teatros de operações emergentes implicaram a aquisição de novos aviões F-16, integrados no programa Mid-Life Update (MLU).Entre 12 de Maio de 1999 e 15 de Junho de 1999 foram recebidos mais 21 F-16A Block15 e 4 F-16B Block15 usados e respectivos Kits de modernização MLU. Para manter a capacidade de combate na dupla vertente de defesa aérea e ataque, a Força Aérea, em colaboração com a OGMA-Indústria Aeronáutica de Portugal, procedeu igualmente à modernização das aeronaves recebidas inicialmente, garantindo ao mesmo tempo a existência de armamento ar-ar e ar-solo apropriado e qualidade nos vários sensores.
O nível tecnológico das aeronaves e equipamentos e o desempenho operacional das tripulações ficou internacionalmente reconhecido nas inúmeras missões efetuadas no estrangeiro, caso do Policiamento Aéreo nos países Bálticos em 2007 e 2014 assim como na Islândia em 2012.
Em 2015 estimava-se que a FAP dispunha de 33 aeronaves F-16AM e 8 F-16BM, de acordo com o “Flight International Special Report World Air Forces 2015”, no entanto nem todos se estariam operacionais.
Neste efetivo estão certamente incluídas as nove aeronaves que iriam ser cedidas à Roménia, em conformidade com o contrato assinado em 2013. A essas nove juntam-se outra três adquiridas pela EMPORDEF, também em 2013 dos excedentes da USAF e destinadas a esses efeito totalizando um total de 12 F-16 (9 F-16A e 3 F-16B) para a Roménia. Todas as aeronaves cedidas foram convertidas para o padrão MLU, nas OGMA o adaptadas para a Força Aérea Romena, sendo as primeiras seis unidades entregues em Setembro de 2016 e as restantes durante o decorres do ano de 2017. O negocio no valor total de 186 milhões de euros incluía não só a modernização das aeronaves mas também a formação de pilotos e técnicos romenos a ocorrer na Base Aérea Nº5 em Monte Real até 2017.Desde 2016 a Força Aérea Portuguesa tem ao seu dispor uma força operacional de 30 aeronaves F-16A/B todas modernizadas para o padrão MLU (F-16AM/BM), a operar a partir da Base Aérea nº5 em Monte Real, divididas em duas Esquadras:
Esquadra 201 - Falcões (Operações de luta aérea defensiva; Operações de luta aérea ofensiva;Operações de apoio a forças terrestres e marítimas), e
Esquadra 301 - Jaguares (Operações de luta aérea defensiva; Operações de luta aérea ofensiva; Operações de âmbito ASFAO- luta aérea anti superfície).
Em 2017 Portugal terá realizado uma oferta à Bulgária para o fornecimento de oito F-16 MLU, que viriam dos EUA e seriam modernizados pelas OGMA em Portugal, para depois seguirem para a Bulgária. Este será eventualmente o molde de um eventual novo negócio com a Roménia que tera em 2018 manifestado o interresse na compra de mais cinco F-16 a Portugal.
Em 2018 a frota de F-16 ao serviço da Força Aérea Portuguesa, mantem-se  estabelecida em 30 aeronaves, três das quais estão ainda (no segundo semestre de 2018) a ser sujeitos ao programa de modernização MLU nas OGMA depois da saída dos doze aviões para a Força Aérea Romena.
Quer a venda à Roménia, quer à Bulgária, permitiriam às OGMA manter a linha de modernização de F-16 em aberto, por mais alguns anos.
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Aeronave: L-23 Super Blanik
Período: 1996 - 
Unidade: Força Aérea
Quantidade: 3


Percurso em Portugal
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Aeronave: Agusta-Westland EH-101 Merlin
Período: 2005 - 
Unidade: Força Aérea
Quantidade:






Em 29 de Novembro de 2001 o Governo Português seleccionou o EH-101, efectuando um contrato para fornecimento de 12 aeronaves. A selecção do EH-101 para a Força Aérea Portuguesa (FAP) aconteceu após uma completa e extensa avaliação, de três aeronaves concorrentes o EH-101, o Sikorsky S-92 e o Eurocopter Cougar Mk2 +.
Da avaliação efectuada destacou-se a capacidade superior do EH-101 para satisfazer os requisitos extremamente exigentes de missões SAR (Search And Rescue) em combate, bem como o seu desempenho já comprovado no papel de transporte marítimo. Foram encomendadas 12 aeronaves em três diferentes configurações:
  • 6 unidades  Mk.514 SAR - Busca e Salvamento; 
  • 4 unidades Mk.516 CSAR - Busca e Salvamento em Combate; e
  • 2 unidades Mk.515 SIFICAP - Sistema de Fiscalização das Pescas.
A construção dos EH-101 para FAP teve início em 15 de Janeiro de 2003 nas instalações da Agusta-Westland, em Vergiate, Itália, tendo o primeiro voo de ensaio ocorrido em 30 de Novembro de 2003, e a entrega formal da primeira aeronave sido feita em 22 de Dezembro de 2004 em, Itália.
Em 11 de Fevereiro de 2005, os primeiros dois helicópteros Agusta-Westland EH-101 Merlin aterraram na Base Aérea Nº 6 (BA6), Montijo, realizando em 17 de Fevereiro o primeiro voo operacional no território nacional.
Os helicópteros Mk.514 - SAR receberam as matriculas de 19601 a 19606, os  Mk.515 - SIFICAP, as 19607 e 19608, e os Mk.516 - CSAR, as 19619 a 19612, tendo sido integrados na Esquadra 751 da BA6, cuja missão primária é a busca e salvamento cujo lema é «Para que outros vivam». A Esquadra 751, que já dispunha de uma tripulação e uma aeronave em alerta permanente na BA6 e uma tripulação e aeronave no Aeródromo de Manobra Nº 3 (AM3), no Porto Santo, passou a ter também a seu cargo, desde 30 de Novembro de 2005, duas tripulações e dois helicópteros na Base Aérea Nº 4 (BA4), nas Lajes, Açores.
Embora se trate de um helicóptero naval, (característica identificável pela capacidade de dobrar os rotores e a cauda para facilmente caber num hangar) ele terá tanto utilização sobre o mar, para operações de busca e salvamento, como servirá de helicóptero de transporte para o exército.
Possui flutuadores de emergência, 2 barcos internos de 20 pessoas, 1 guincho primário e um guincho secundário, NITESUN e FLIR. É equipado com um RADAR de busca da GALILEO com capacidade de identificar e monitorizar 32 alvos de superfície em simultâneo, um farol de busca e uma câmara de infra-vermelhos. Todas as aeronaves têm a capacidade para operarem em ambiente NVG (Night Vision Goggles).
A variante CSAR está equipada com “Defensive Aids Suite” (DAS), que consiste num sistema integrado de auto-protecção electrónica, formado pelos seguintes subsistemas:
  • Sistema de Alerta de Radar (RWR-“Radar Warning Receiver”);
  • Sistema de Alerta de Mísseis Guiados (MWS - “Missile Warning System”);
  • Sistema de Contra-Medidas Electrónicas (CMDS -“Counter Measures Dispensing System”). 
  • Tem a capacidade para reabastecimento “Hovering In Flight Refueling” (HIRF) e “Air to Air Refueling” (AAR).
Os EH-101 portugueses têm a característica de serem as únicas aeronaves deste modelo pintadas com uma camuflagem táctica (verde e castanha) e são utilizados primariamente em missões de Busca e Salvamento, mantendo-se dois em alerta permanente de 30 minutos (a partir da Base Aérea do Montijo e da Base Aérea das Lajes) e um em alerta permanente de 45 minutos (a partir do Aeroporto de Porto Santo).
Desde 2005 que os PUMA foram substituídos pelos helicópteros Agusta-Westland EH-101 Merlin. O que então se anunciava como o último voo, verificou-se em Fevereiro de 2006. Contudo, alguns problemas que surgiram nos anos seguintes, quanto à manutenção dos novos helicópteros, de fabrico italiano, levou a FAP a reactivar os velhos aparelhos SA-330 Puma em 2008, já com mais de 40 anos de serviço, e a colocá-los novamente em alerta e operação, na BA6 (Montijo) e na BA4 (Lajes, ilha Terceira - Açores).Logo que o problema foi ultrapassado, os PUMA deslocados regressaram novamente a Portugal continental e foram deslocados para a Base Aérea Nº 11 (BA11), em Beja, onde ficaram armazenados.
Desde então, os 12 helicópteros EH-101 Merlin substituíram, totalmente, os PUMA.
Em 2010, a FAP alcançou a marca de 10.000 horas de voo com sua frota AW-101 (renomeados a partir de Julho de 2007 pela Agusta-Westland) realizando a fiscalização e protecção das pescas, assim como variadas missões de busca e salvamento, efectuando o resgate e salvamento de mais de 630 vidas desde que entrou ao serviço da FAP, no final de 2004. 
Em 28 Abril de 2013 a Esquadra 751 celebrou os seus 35 anos de história (1978-2013).
Até Fevereiro de 2014, a Esquadra 751 já tinha executado mais de 51.000 horas de voo (mais de 16.000 horas com a aeronave EH-101 Merlin) e salvando mais de 3.000 vidas desde a sua criação. A introdução do AW-101 permitiu à Esquadra 751 ficar dotada de tecnologia de ponta e também aumentar a sua capacidade de operação.
Em 12 de Janeiro de 2015 a Esquadra 751 recebeu o Prémio “Sikorsky Humanitarian Service Award”, equivalente aos "Oscares" dos Helicópteros.Este reconhecimento provém da Helicopter Association International, que concedeu o prémio à Esquadra 751 pelo trabalho que tem sido desenvolvido ao longo dos anos nas missões de Busca e Salvamento. Esta entidade destaca os resgates de longo alcance, referindo a missão mais longa da história da Esquadra em que foi percorrida a distância de 1.344 km, e os salvamentos no mar e junto à costa.
O AW-101 Merlin mantém a pintura de origem em camuflado: castanho (FS 30219) e dois tons de verde (FS 34072 e FS 34079). As superfícies inferiores apresentam-se com uma pintura contínua em cinzento claro (FS 36622). A insígnia da Cruz de Cristo, sobre círculo branco encontra-se em cada um dos lados da fuselagem no seguimento da janela traseira e também na parte exterior da porta de carga.

Texto adaptado de "Aeronaves Militares Portuguesas no Século XX" - Adelino Cardoso - Edição ESSENCIAL, Lisboa, 2000.
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Aeronave: EADS C-295 Persuader
Período: 2009 - 
Unidade: Força Aérea
Quantidade:





A 17 de Fevereiro de 2006 o Governo português assinou um contrato em regime de Leasing Operational para aquisição de 12 aeronaves EADS C-295, em três versões distintas destinadas a substituir os CASA C-212 Aviocar, mas que conjugassem uma série de valências exigidas em missões de vigilância marítima (VIMAR). Este tipo de missão inclui tipologias tão diversas como fiscalização de actividades ilícitas (imigração ilegal, tráfico de droga), controlo de pescas e monitorização de poluição.
Das 12 aeronaves adquiridas, sete seriam na versão base PG01, adaptáveis a missões de Busca e Salvamento (SAR), Transporte VIP, Evacuações Médicas (MEDEVAC) e Carga Aérea Geral, entre outras, três na versão PG02 com capacidade acrescida para realizar missões de Vigilância e duas na versão PG03 com capacidade para executar missões de fotografia aérea (RFOT).
Por outras palavras, do total das 12 aeronaves, todas com capacidade SAR (Search And Rescue) e TA (Transporte Aéreo), 7 são da versão de Transporte Táctico (Versão C-295M PG01) e as restantes 5 estariam vocacionados para missões de Vigilância Marítima (C-295MPA Persuader PG02), sendo que deste grupo, 2 estarão equipadas com o Sistema de Reconhecimento Fotográfico (C-295MPA Persuader PG03). 
O primeiro voo em território nacional e a apresentação em solo português realizou-se por ocasião das comemorações do 56º aniversário da Força Aérea, na Base Aérea nº 4 (BA4), Lajes, Açores, em Julho de 2008. No entanto a entrega das primeiras duas aeronaves à Esquadra 502 ocorreria, apenas a 26 de Fevereiro de 2009, na Base Aérea nº 6 (BA6), Montijo, para onde, na mesma data, foi transferida a Esquadra 502 Elefantes à qual ficarão adstritas as 12 aeronaves, para missões de Transporte Aéreo, Transporte Aéreo-táctico, Apoio Logístico, Vigilância Marítima, Busca e Salvamento, Evacuações Aero-médicas, Lançamento de Tropas Aerotransportadas, lançamento de carga aérea e Transporte de Altas Entidades. 
Função das missões atribuídas à esquadra 502, algumas aeronaves encontram-se destacadas para vários pontos do território nacional nomeadamente na Base Aérea nº 4 (BA4) Lajes- Açores (2 aeronaves), e no Aeródromo de Manobra nº3 (AM3), Porto Santo, Madeira.
Em 19 de Abril de 2011, na BA6, foi declarado o início da capacidade operacional do C-295M VIMAR (versão Vigilância Marítima ).
Em 5 de Dezembro de 2012, a menos de quatro anos de operações, o EADS C-295M comemorou as 10.000 horas de voo, comprovando o acerto da decisão da aquisição da aeronave, que se transformou num dos programas com maior sucesso da Força Aérea Portuguesa.

Texto adaptado de "Aeronaves Militares Portuguesas no Século XX" - Adelino Cardoso - Edição ESSENCIAL, Lisboa, 2000.
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Aeronave: ANTEX-M (Aeronave Não Tripulada Experimental Militar - protótipo)
Período: 2008 - 
Unidade: Força Aérea
Quantidade: 

ANTEX-M X03


Os ANTEX-M são protótipos de Aeronaves Não Tripuladas Experimentais para uso Militar, desenvolvidos em parceria com a Academia da Força Aérea, o IST (Instituto Superior Técnico e a FEUP (Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto). Até agora foram desenvolvidos três protótipos no âmbito deste programa com o objectivo de demonstrar as principais tecnologias utilizadas neste tipo de aeronaves. 
Algumas dessas tecnologias são:

  • Sistemas de controle para UAVs; 
  • Sistemas inteligentes de diagnostico em aeronaves; 
  • Sistema de navegação GNSS com base em sinais do Galileo para UAVs; 
  • Iniciativa mista para controle de veículos da equipe autónomas;
  • Tem-se também como objectivo demonstrar que este tipo de aeronaves é capaz de executar determinados tipos de missão nomeadamente:
  • Vigilância costeira; 
  • Controle de poluição do mar; 
  • Fotografias aérea; 
  • Perímetros vigilância; 
  • Seguimento de alvos móveis;
Em agosto de 2012 no âmbito do projeto PITVANT, a Academia da Força Aérea (AFA) e a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) concentraram, o esforço das suas atividades no sentido de converter uma das plataformas Antex de 150 kg de peso máximo à descolagem (X03), em veículo aéreo não-tripulado (UAV).
«O projeto PITVANT utrapassou, recentemente, a realização de 700 voos autónomos, com um total acumulado de mais de 300 horas de voo, sendo considerado o projeto de investigação europeu, na área dos UAV, com maior atividade neste domínio.»
FAP, novembro de 2012  
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