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O Fokker D.VII foi um caça criado pela Fokker Flugzeugwerke para o Império Alemão durante a Primeira Guerra Mundial.
Projetado por Reinhold Platz, dispunha de uma estrutura robusta, excelente manobrabilidade e era de fácil controlo até por pilotos menos experientes o Fokker D.VII é ainda hoje considerado um dos melhores caças da sua época com um sucesso que se prolongaria pela década de 1920.
A importância atribuída a este caça pelas forças Aliadas, era de tal forma significativa que o documento do Armistício, na sua secção quatro indica expressamente os Fokker D.VII como tendo que ser entregues às forças vencedoras, sendo a única arma expressamente identificada no documento.
Após a Guerra, Anthony Fokker conseguiu concluir e vender um grande numero de aeronaves que contrabandeara para a Holanda, apesar do Armistício. | |||||
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Ano
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1918
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Pais de Origem
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Império Alemão
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Função
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Caça
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Variante
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Tripulação
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1
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Motor
| 1 x motor Mercedes D.III de 160cv | |||||
Peso (Kg)
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Vazio
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670
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Máximo
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906
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Dimensões (m)
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Comprimento
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6,95
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Envergadura
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8,90
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Altura
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2,75
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Performance (Km)
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Velocidade Máxima
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189
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Teto Máximo (m)
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6000
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Raio de ação
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Armamento
| 2 x metralhadoras LMG08/15 "Spandau" de 7,92 mm | |||||
Países operadores
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Império Alemão, Austrália, Bélgica, Bulgária, Canadá, Hungria, Checoslováquia, Dinamarca, Reino Unido, Finlândia, França, Lituânia, Holanda, Polónia, União Soviética, Suíça, Suécia, Turquia, EUA
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Fontes
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GALERIA
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HISTÓRIA
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Fundada em 22 de fevereiro de 1912 por Anthony Fokker,
Holandês de nacionalidade, a Fokker Aviatik GmbH construía aviões para o
Império Alemão na sua fábrica em Schwerin desde
essa data.
Até 1917 vários foram os tipos construído pela Fokker entre
os quais o mais notável, fora o monoplano Fokker
Eindecker (416 unidades construidas), que devido ao seu armamento
revolucionário, se tornaria um dos aviões mais temidos na frente ocidental,
responsável pela superioridade aérea alemã desde a sua introdução em julho de
2015 até ao inicio de 2016 quando foi superado pelos franceses Nieuport
11 e britânicos Airco Dh.2.
Fokker V.11, protótipo |
É perante este cenário que em dezembro de 1917, em Schwerin
é iniciada a construção do protótipo do que viria a ser o Fokker D.VII. O
projeto elaborado por Reinhold Platz, designer da Fokker, designado por V.11 (Versuchsmachine 11), incluía uma série de inovações como um
radiador semelhante ao dos veículo automóveis à frente, entre o motor e a
hélice e asas cantilever sem necessidade de cabos externos de suporte, que lhe davam uma
aparência limpa. As asas cantilever tinham resultado de uma curta cooperação entre a Fokker e a Junkers, que fora dissolvida por fricções entre Hugo Junkers e Anthony Fokker, mas por essa altura já Reinhold Platz adotara vários conceitos de design da Junkers, entre eles as asas do Junkers J1.
No final de janeiro de 1918, realizou-se a primeira
competição do para aeronaves do tipo D (Biplano monolugar armado) no Adlershof,
onde os pilotos alemães da frente voaram
em novas aeronaves propostas por construtores ao Idflieg, para
testá-las e escolher qual delas seria produzido para a frente de combate.
Fokker D.VIIF, Jasta 4, de Ernst Udet |
Anthony Fokker diria posteriormente na sua autobiografia
"The Flying Dutchman" que tinha voado no V.11 antes do concurso e que
percebera que a aeronave tinha que ser modificada. Trabalhara então durante dia
e noite no fim de semana antes da competição com mecânicos da Fokker alongando
a fuselagem e ampliando o estabilizador vertical.
Ao pilota-lo depois das modificações verificou que se tinha
tornado muito mais sensível aos controlos e que tinha um voo perfeito.
A aeronave era leve e estável, extremamente ágil em manobras
e oferecia ao piloto visibilidade muito boa, além de ter características gerais
de voo que permitiam um fácil controlo mesmo por pilotos pouco experientes.
Fokker D.VII (OAW) |
Até final da Guerra
as três fabricas produziriam cerca de 2000 Fokker D.VII que diferiam entre eles
na forma de construção consoante a fabrica de onde eram originários, e muitas
das peças utilizadas não eram compatíveis entre as aeronaves de diferentes
fabricas. Eram por isso identificados como Fokker D.VII os produzidos em
Schwerin, como Fokker D.VII (Alb.) os produzidos em Johannisthal e como Fokker. D.VII(OAW) os produzidos em
Schneidemühl.
Fokker D.VII do futuro Reichsmarshall Herman Göring, comandante do JG1 após a morte de Von Richthofen |
Os primeiros D.VII de produção foram equipados com motores
Mercedes D.IIIa de 180 cv, mas rapidamente o motor padrão passou a ser o Mercedes D.IIIaü de 200cv com maior taxa de
compressão.
Porém a produção do motor BMW IIIa era
limitada e por isso a aeronave continuou paralelamente a ser produzida com o
Mercedes Mercedes D.IIIaü. No total terão sido produzidos 750
Fokker D.VII com este novo motor.
Fokker D.VII, construido para a LA-KNIL (Exercito Holandes das Indias Orientais) com motor Siddeley Puma |
Dizia-se que o Fokket D.VII tornava os pilotos medíocres em ases,
e na verdade um grande número dos
melhores pilotos alemães alcançaram as suas vitórias aos seus comandos apesar
de ter entrado ao serviço apenas no último semestre da guerra. Um dos pilotos
com inúmeras vitórias no D.VII foi Ernst Udet.
Fokker D.VII USAAS com motor Hall-Scott L-6 (Liberty L-6) |
Em setembro de 1918 o império alemão dispunha de cerca de 800 Fokker D.VII repartidos por 48 Jastas, número esse que terá atingido as 1000 unidades (800 D.VII e 200 D.VIIF) por altura do Armistício em 11 de novembro de 1918.
Os aliados confiscaram um grande número de aeronaves Fokker D.VII
após o Armistício, cuja importância atribuída é comprovada pelo facto de ser a
única arma especificamente referida no Armistício:
“Surrender in good condition by the German Armies of the
following equipment:
- 5000 guns (2500 heavy, 2500 field).
- 3000 machine guns.
- 3000 Minenwerfer.
- 2000 airplanes (fighters and bombers, first D7’s and night bombing machines).”
A França, a Grã-Bretanha e o Canadá receberam um numero
indeterminado de D.VII como despojos de
guerra, e para os EUA seguiram 142 exemplares, alguns das quais seriam
reequipadas com motor Liberty L-6 , muito semelhante em aparência aos
motores alemães originais.
Fokker D.VII produzido para a Força Aérea Suiça |
As forças aéreas holandesas, suíças, e belgas operariam também os Fokker D.VII, após
o final da Guerra.
No pós guerra o Fokker D.VII, tornou-se tão popular que
Fokker conseguiu concluir e vender um grande numero de aeronaves que
contrabandeara para a Holanda após o Armistício. Anthony Fokker mudou-se da
Alemanha para a Holanda no inicio de 1919, contrabandeando seis comboios com
sessenta vagões cada cheios de maquinaria e aviões entre os quais estavam a 117
Fokker D.VII, a base para a instalação da sua nova empresa a Vliegtuigenfabriek
(Fabrica Holandesa de Aviões), perto de Amesterdão.
A popularidade da aeronave manteve-se durante toda a década
de 1920, ao ponto de em 1929, a empresa suiça de Alfred
Comte ter ainda fabricado oito novas células do Fokker D.VII sob
licença para a Fliegertruppe (força aérea Suíça).
DESENHOS
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PERFIL
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FONTES
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VER TAMBÉM
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Réplica do Fokker D.VII da Vintage Aviator Ltd no festival aéreo Tauranga City Classics Of The Sky na Nova Zelândia em janeiro de 2014