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Durante a curta história da aviação e em particular da aviação militar foram construídos inúmeros tipos de aeronaves muitos dos quais não são, aparentemente, dignos de uma nota de rodapé. Digo aparentemente, porque em muitos casos encontramos ainda assim razões para que essas aeronaves sejam objeto de referência.
Uma dessas aeronaves é o Breguet 27/270, construído em pequenas quantidades no início dos anos de 1930 para o Armée de l'Air (Força Aérea Francesa), como um avião de reconhecimento de dois lugares, mesmo depois do seu protótipo ter demonstrado um desempenho medíocre durante os testes de avaliação.
Seria no entanto esse avião a realizar alguns dos marcos históricos da aviação francesa, entre os quais o primeiro voo de ida e volta entre Paris e Hanói, em 1932 pilotado por Paul Codos e Henri Robida. | |||||
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Ano
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1929
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Pais de Origem
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França
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Função
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Reconhecimento
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Variante
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270
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Tripulação
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2
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Motor
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1 x Hispano-Suiza 12HB de 500cv.
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Peso (Kg)
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Vazio
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1756
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Máximo
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2393
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Dimensões (m)
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Comprimento
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9,76
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Envergadura
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17,01
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Altura
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3,55
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Performance (Km)
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Velocidade Máxima
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236
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Teto Máximo (m)
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7900
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Raio de ação
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1000
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Armamento
| 1 x metralhadora frontal Vickers de 7,7mm 2 x metralhadoras Lewis de 7,7mm à retaguarda operadas pelo observador | |||||
Países operadores
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França, China, Venezuela
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Fontes
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GALERIA
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HISTÓRIA
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O Breguet 27/270 tem suas origens num pedido de 1928 do Armée de l'Air, para uma aeronave de reconhecimento de dois lugares.
A aeronave foi encomendada apesar do mau desempenho como resultado da política conduzida pelo Ministério da Aeronáutica Francês, em apoiar projetos nacionais considerados inovadores. O Breguet 27 era inovador pelo facto de ter uma fuselagem totalmente metálica construída inteiramente em aço e duralumínio, embora lento era particularmente robusto e o seu designe pouco convencional proporcionava uma excelente visão para a retaguarda e um campo de tiro limpo.
No inicio da Segunda Guerra Mundial os Breguet 271 equipavam três grupos de reconhecimento do Armée de l'Air (cerca de 27 aeronaves sem contar com as de reserva), porém a aeronave era completamente obsoleta e amplamente ultrapassada pelos caças alemães, e por isso em setembro de 1939 foi rapidamente removido de operação após ter sofrido pesadas perdas.
O Breguet 274 foi em protótipo construído em 1931 (na linha do mal sucedido Breguet 272, um protótipo com motor radial Gnome-Rhône 9K), com motor radial Gnome-Rhône 14K Mistral Major de 800cv, destinado às funções de bombardeiro ligeiro, para a qual podia transportar 500 Kg de bombas em suportes nas asas inferiores. De todos os Breguet 27, este foi o que apresentou um melhor desempenho porém, por esta altura o Armée de l'Air, já tinha concluído que os biplanos estavam condenados, e a aeronave não passou da fase de protótipo.
Esses protótipos fariam no entanto história ao realizarem dois dos marcos históricos da aviação francesa.
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| Breguet 27 (Protótipo) |
A Breguet Aviation (Société des Ateliers d'Aviation Louis Bréguet) apresentou um grande sesquiplano desenhado por uma equipa liderada por Marcel Vuillerme, de fuselagem totalmente metálica, de forma pouco convencional, que terminava abruptamente na popa após os dois cockpits abertos. A empenagem era montada numa lança que saía da parte inferior da popa da fuselagem. A estrutura era maioritariamente composta por tubos de aço com revestimento em chapa de alumínio na fuselagem e tecido nas asas e empenagem. O trem de aterragem era fixo e a aeronave era alimentada por um único motor Hispano-Suiza 12HB de 500cv.
O voo do primeiro protótipo realizou-se em 1929, demonstrando um desempenho medíocre, porém e apesar disso o Armée de l'Air encomendou 85 aeronaves num lote inicial designado por Breguet 270.
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| Breguet 270 |
Seria armado com três metralhadoras, uma Vickers de 7,7mm fixa de disparo fontal, e duas metralhadoras Lewis de 7,7 mm à retaguarda operadas pelo observador e teria capacidada para transportar até 120 Kg de bombas.
Em 1932 o Armée de l'Air realizou uma nova encomenda para um segundo lote de 45 Breguet 27, que seriam designados por Breguet 271, equipados com um motor mais potente, Hispano-Suiza 12Y de 650cv.
Alguns dos antigos Breguet 270 seriam posteriormente modificados para transportar VIP em voos de ligação.
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| Breguet 274 com motor Gnome Rhone 14K (Mistral Major) de 900cv |
Com a encomenda para o Armée de l'Air, a Breguet não desistira do desenvolvimento da aeronave, construindo diversos protótipos, a maioria dos quais não passaria à fase de produção.
O Breguet 272 foi equipado com um motor radial Gnome-Rhone 9K, mas demonstrou um desempenho sofrível, insuficiente para ser aceite para produção mas que em 1936 faria um voo de longa distância entre França e o Madagáscar.
O Breguet 273 foi a versão de bombardeiro de reconhecimento construído para exportação, com capacidade para transportar duas bombas de 100 ou 200 kg. Cerca de 10 unidades foram produzidas para a China com motor Hispano-Suiza 12Ydrs e 13 para a Venezuela, com motor Hispano-Suiza 12Ybrs.
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| Breguet 330 de Paul Codos e Henri Robida |
Mais tarde em 1936, Maryse Hilsz, ganharia a Hélène Boucher Cup (competição aérea para pilotos femininos), pilotando o único Breguet 274 construído, a uma velocidade média de 277 km/h.
A Breguet construiu também em 1931 dois protótipos otimizados para reconhecimento em alta altitude, equipados com motor Hispano-Suiza 12Nb, e designados por Breguet 33, mas que também não passariam à fase de produção, sendo os dois protótipos utilizados para realizar voos de longa distância.
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| Paul Codos e Henri Robida |
Uma das aeronaves foi utilizada para realizar em janeiro 1932 o primeiro voo de ida e volta entre Paris e Hanói, pilotada por Paul Codos e Henri Robida, realizando o voo de ida em 7 dias, 9 horas e 50 minutos, e o de regresso em 3 dias 4 horas e 17 minutos.
A segunda aeronave, batizada de Joe III, pilotada por Maryse Hilsz, voaria numa viagem pela Ásia, visitando Calcutá , Saigão , Hanói e Tóquio antes de voltar a Paris via Saigão num percurso total de cerca de 35 000 km.
DESENHOS
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PERFIL
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FONTES
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VER TAMBÉM
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