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O Blackburn B-24 Skua foi um caça-bombardeiro naval, monoplano, de asa baixa, com um cockpit totalmente fechado, anterior ao inicio da 2ª Guerra Mundial, mas que entrou ainda em combate na fase inicial da guerra.
Foi a primeira aeronave do Braço Aéreo da Marinha Real Britânica (Fleet Air Arm) totalmente construída em metal, significando uma mudança radical para uma força até aí equipada com biplanos de cockpit aberto, como o Fairey Swordfish. Foi também o primeiro caça-bombardeiro naval, a dispor de um trem de aterragem retrátil e uma hélice de passo variável. Apesar de representar uma grande evolução para a FAA, o Skua, originalmente destinado também à função de caça de escolta dois lugares, mostrou-se inadequado para essa função, incapaz de fazer frente aos caças seus contemporâneos. | |||||
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Ano
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1937
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Pais de Origem
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Reino Unido
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Função
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Caça-bombardeiro naval
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Variante
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Mk II
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Tripulação
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2
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Motor
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1 x Motor radial Bristol Perseus XII
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Peso (Kg)
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Vazio
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2498
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Máximo
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3740
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Dimensões (m)
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Comprimento
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10,85
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Envergadura
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14,08
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Altura
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3,81
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Performance (Km)
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Velocidade Máxima
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362
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Teto Máximo (m)
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6160
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Raio de ação
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700
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Armamento
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4 x metralhadoras frontais fixas Browning de 7.7 mm
1 x metralhadora móvel, Lewis ou Vickers de 7.7 mm no cockpit trazeiro 1 x Bomba de 227 kg sob a fuselagem, e 8 x Bombas de 9 kg sob as asas, ou 4 x Bombas de 20 kg | |||||
Países operadores
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Reino Unido
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Fontes
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HISTÓRIA
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Até a data todas as aeronaves da FAA eram biplanos de cabina aberta, trem de aterragem fixo e com velocidades muito baixas, o que tornava claro a grande exigência do projeto e ao mesmo tempo a sua complexidade. Apesar disso todos os principais construtores de aeronaves do Reino Unido, Avro, Blackburn, Boulton Paul, Hawker e Vickers apresentaram projetos a concurso.
O trem de aterragem retrátil, com a absorção de choque pneumática, tinha cada uma das unidades ligadas à secção central recolhendo para nichos do lado externo nas asas por um mecanismo hidráulico.
Após o fim do programa de teste no A&AEE o K5178 embarcou no porta-aviões HMS Pegasus para testes de aterragem, descolagem e operação a partir do convés de porta aviões da FAA. Os testes foram tão intensos que quando foram dados como concluídos, em março de 1939, o K5178, entretanto apelidado de Skua estava tão desgastado que foi considerado irreparável e por isso descrito como sucata.
Estas aeronaves iriam divergir do protótipo apenas no motor, que seria um Bristol Perseus XII de 890cv), que era no entanto inferior ao Mercury em quase todos os indicadores excepto na potência nominal. Esta substituição foi forçada por toda a produção de motores Mercury estar reservada para os programas do bombardeiro Bristol Blenheim e do caça Gloster Gladiator.
Em 1934, o Ministério do Ar Britânico emitiu a especificação O.27/34 para uma aeronave multi-função para a Fleet Air Arm (FAA), o braço aéreo da Royal Navy à época ainda dependente da Royal Air Force (RAF). Os requisitos exigidos eram particularmente ambiciosos para a época. Pretendia-se uma aeronave monoplano de construção totalmente metálica, rápida, bem armada, trem de aterragem retrátil, e um cockpit totalmente fechado capaz de operar a partir dos porta aviões da FAA, como bombardeiro de mergulho e caça de escolta.
Skua, 1º prototipo (K5178) |
O vencedor do concurso acabaria por ser a Blackburn, com um projeto desenhado por uma equipa liderada pelo seu Vice-Chefe Designer Dzh.E.Petti (GEPetty), que em abril de 1935 recebeu um contrato (Nº 400778/35) para a construção de dois protótipos a designar por Blackburn Tipo B.24
O primeiros dos dois protótipos (K5178) com motor Bristol Mercury IX (Blackburn Skua Mk I) voou em Brough, em 9 de fevereiro de 1937.
A aeronave era um monoplano cantilever, fuselagem semi-monocoque, totalmente metálica, com revestimento em folhas de duralumínio, excetuando os ailerons e lemes, cujo revestimento era de tecido.
As asas eram formadas por três secções, o centro ligado por rebites à fuselagem e duas consolas ligadas à parte central por um sistema articular que permitia dobrar totalmente as asas quando a bordo do convés dos porta-aviões. Na posição de estacionamento a asa era manualmente dobrada para trás girando 90 graus em torno de seu eixo.
Skua, K5178 com as asas dobradas |
A parte central da fuselagem abrigava dois tanques de 282 litros de combustível cada um e outro de 177 litros entre o motor e o cockpit espaçoso e bem equipado, para dois tripulantes, piloto à frente e navegador/artilheiro à retaguarda.
A secção central tinha um compartimento para uma bomba de 227 kg, que em mergulho era lançada por um sistema em trapézio e em ambos os lados da havia mais de dois compartimento para bombas de pequena dimensão (quatro de 20 kg ou oito de 9kg)
O motor Bristol Mercury IX movia uma hélice metálica de 3,5 metros de diâmetro com três pás de passo variável De Havilland.
Em 17 de junho 1937, foi enviado para testes no Centro Experimental de Aviões e Armamentos (Aeroplane and Armament Experimental Establishment (A&AEE)) e a 26 de junho na mostra de aviação em Hendon realizou a sua primeira demonstração pública.
Skua, 2º prototipo (K5179) |
O segundo protótipo do Skua (K5179) foi concluídos quase um ano depois do primeiros realizando o voo inaugural em maio de 1938. O avião tinha o mesmo motor, diferindo do primeiro protótipo em ligeiras modificações, a maior e mais importante das quais foi um aumento bastante significativo, cerca de 73 cm, no comprimentos da fuselagem dianteira, realizadas a fim de mudar o alinhamento da aeronave. Após um mês de testes, em 30 de junho, a unidade voltou à empresa para fazer as ultimas afinações e em agosto retornou à A&AEE, que em outubro daria por concluído o programa de testes. O K5179 seria integrado 800º Esquadrão da FAA, onde permaneceria até à sua desativação.
O aumento da tensão política na Europa, e a necessidade de um novo caça-bombardeiro para a Royal Navy, haviam forçado o Ministério do Ar a realizar uma primeira encomenda de 190 Skua bastante cedo, em julho de 1936, ainda antes do voo do primeiro prototipo.
Skua Mk II em voo |
Com este novo motor a aeronave ficou conhecido como Blackburn Skua Mk II.
A primeira aeronave de produção voou a 28 de agosto de 1938 e, entre outubro de 1938 e março 1940, as 190 aeronaves Blackburn Skua Mk II, encomendadas entraram ao serviço da Fleet Air Arm.
A primeira unidade operacional, o 800º esquadrão do HMS Ark Royal começou a ser equipada com o Skua que a partir de outubro de 1938.
O armamento do Skua, composto por quatro metralhadoras Browning de 7,7 mm nas asas e uma metralhadora Vickers K flexível montada no cockpit traseiro operada pelo segundo tripulante, era bastante eficaz para a época. Porém rapidamente se verificou que o Skua Mk II tinha um desempenho sofrível para a função de caça, comprometido pela massa da aeronave e principalmente pela falta de potência do motor Perseus, resultando numa velocidade relativamente baixa quando comparada com a dos seus contemporâneos (o Messerschmitt Bf 109 atingia 467 km/h ao nível do mar enquanto o Skua não ultrapassava os 362 km/h).
Skua Mk II em voo |
Embora se tenham saído razoavelmente bem contra o Eixo em operações sobre a Noruega e no Mediterrâneo, os Skua sofreram pesadas perdas quando confrontado com caças mais modernos, especialmente o Messerschmitt Bf 109.
A aeronave foi em grande parte substituída por outra semelhante mas mais recente e com maior desempenho, o Fairey Fulmar.
O último Skua serviu no 776º esquadrão até março 1945.
# Revisto em 2016-10-31 #
# Publicado em 2015-05-12 #
# Publicado em 2015-05-12 #
DESENHOS
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PERFIL
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FONTES
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